A advocacia brasileira se reuniu em peso em Belo Horizonte, Minas Gerais, que se transformou, por decisão do Conselho Federal da OAB, na capital nacional da advocacia, para a 24ª Conferência Nacional da Advocacia Brasileira, a CNAB.
É fundamental salientar que o Guinness World Records (Livro dos Recordes) reconheceu a 24ª Conferência Nacional da Advocacia Brasileira como o maior congresso da área jurídica do mundo.
Responsável pela palestra magna, Alexandre Arnone, chairman do Instituto Global, frisou a importância do aspecto social na implementação das diretrizes ESG nas empresas.
O especialista ressaltou que a sustentabilidade, especialmente no contexto do acrônimo ESG, permanece em evidência, afirmando que as empresas que não se atentarem e não se adequarem a esta visão, não conseguirão sobreviver no mercado contemporâneo.
Ainda nesse sentido, Arnone reforçou a necessidade de uma metodologia capaz de traçar os principais aspectos avaliados dentre todos os 1555 índices e objetivos do conceito. “A norma vem trazer de ensinamento que o ESG nasceu para a parte social. Em muito se tem vontade de aplicar as questões de diversidade.
Contudo, as empresas, por falta de conhecimento na empregabilidade do “S” e da norma, não conseguem fazer a execução desses trabalhos”. Ao ceder entrevista para o IAB (Instituto dos Advogados Brasileiros), o chairman ressaltou que a governança e os aspectos ambientais são cruciais, mas sem a dimensão social e o cuidado com as pessoas, não haverá futuro e nem sociedade.
O empresário e operador do direito enfatizou a relevância da humanização no tratamento dos colaboradores e como a implementação efetiva do ESG nas empresas pode promover essa abordagem mais empática.
Para Arnone a humanização precisa ser praticada e reintegrada aos padrões, oferecendo às pessoas o cuidado e respeito que elas merecem.
Outro destaque foi a orientação técnica especializada para a implementação efetiva do ESG nas empresas, visto que o ESG já possui regulamentação no Brasil, com 868 indicadores dentro da Norma Brasileira de Contabilidade T-15 (NBC T-15), desconhecida por muitos, bem como os 1555 índices exigidos pelo ESG.
A norma T-15 traz uma metrificação para avaliar o cumprimento dessas normas, já que os relatórios de sustentabilidade são subjetivos.
Nesse sentido, Arnone observa que a cadeia se torna mais seletiva, do topo para a base, com cobranças de procedimentos dos stakeholders, desde multinacionais até fornecedores.
Ele acrescenta que falta profissionais qualificados para orientar efetivamente as empresas na implementação do ESG e, em conclusão, ressalta que o estudo das normas prepara e capacita os profissionais, em especial os advogados, a atender à alta demanda e à escassez de especialistas qualificados nesse mercado.
É possivel acompanhar a entrevista, por meio do link: