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sex, 26 abril 24

Ana Luiza Novis usará sua técnica “Literatura Que Cura”

em atividades na arena para crianças na Fliti

A psicóloga, terapeuta de família e idealizadora e coordenadora do  projeto pedagógico “Papo com Zero”, focado em estudantes do ensino fundamental I, Ana Luiza Novis, já confirmou participação no Arena 2, dedicada a autores infantojuvenis, na Feira Literária de Tiradentes (Fliti), de 25 a 29 de outubro, na cidade histórica de Tiradentes.

Ana acredita que a literatura cura e abre possibilidades para a imaginação, criatividade e boas conversas. A relação com os livros ao longo dos anos e as experiências vivenciadas em seu projeto Social “Papo com Zero” sedimentaram sua visão. Ela conta que o projeto é resultado de seu lado mais literário.

A ideia nasceu a partir do conto “A Fuga do Zero”, publicado na coletânea de contos em seu livro “O que os Olhos leem o Coração sente”. A proposta é ampliar o diálogo, através da contação da história, proporcionando um espaço para conversas preciosas

De acordo com a autora, o projeto tem o Zero no nome, pois na convivência com o redondo amigo, ela compreendeu que é o número mais colaborativo e generoso de todos, ou seja, quando está do lado esquerdo, respeita o outro e, quando está do lado direito, aumenta o valor de todo mundo. O livro “Os Olhos Leem o Coração Sente” tem 106 páginas e foi publicado pela editora Jaguatirica, em 2017.

Desde então, a psicóloga encantada pela potência da literatura, trabalha em escolas, bibliotecas e comunidades, incluindo outras histórias da sua autoria, favorecendo o diálogo, a empatia e o socioemocional. Nesses seis anos de trabalho, Zero já foi bater papo com mais de mil crianças em 36 escolas.

Zero já esteve na Escola Municipal Darcy Ribeiro, em Maricá, na Grande Rio. A professora de história, Michele de Lima, 42 anos, diz que conheceu a escritora num curso de contação de histórias. “Ana me contou sobre o projeto que estava começando. Conversamos bastante sobre educação e a convidei para ir à escola, no Inoa, bairro mais pobre da região e com crianças em realidade mais desafiadora. Ela foi voluntariamente, sem cobrar nada e, mudou a  turma. Acionou uma potência interna aos alunos, que se sentiram incentivados a escreverem um para outro. Várias reverberações positivas foram sentidas. Ela já voltou algumas vezes e, atualmente, também faço parte do time das Zeretes. Incentivo e participo sempre que possível, pois acredito muito na abordagem sócio-emocional para criar uma relação mais empática na escola”, conta.

Aproveitando-se de toda essa experiência e contato com professores, psicólogas e contadores de história, Ana LUiza escreveu “Dando asas às narrativas”, com 276 páginas, publicado pela editora Jaguatirica, em 2019. A obra apresenta um compilado das conversas com professores, psicólogas e contadores de histórias, analisando como é poderoso o livro nas escolas. O último título foi lançado no ano passado, “De Onde te Vejo”, abordando o olhar do filho para a mãe e dela para o filho, relação essencial para o desenvolvimento da vida. O livro tem 54 páginas e foi publicado pela Jaguatirica.

Ana tem 56 anos, mora no Rio de Janeiro, especialista em terapia de família, acredita na literatura como catalisadora de cura, ou seja, na associação da psicologia com os livros como instrumento para ajudar nos mais diversos processos para lidar com a saúde mental. Ela organizou em 2019, o livro “Dando Asas às Narrativas”, relatando as experiências de profissionais da área da saúde mental e da educação com a literatura nas atividades cotidianas.

A obra reconhece a literatura como um recurso precioso para a criatividade que inspira novas ideias, caminhos. O livro tem 276 páginas e foi o terceiro de sua carreira como escritora. “A literatura cura, sendo o momento em que nos autorizamos a entrar em contato com o que nos é mais genuíno”, afirma.

CONVERSA COM A MORTE – A criatividade de Ana Luiza Novis vai além e, para escrever alguns contos, ela conversou até com a morte. Ela teve esse conto e o “Brilhou” publicados pela Amazon, em 2020. Em “Quando a morte parou para me escutar”,  apresenta um pouco mais sobre o processo de morrer.  A escritora conta que acordou de madrugada e encontrou a morte sentada no sofá da sala, querendo saber mais sobre ela. Afinal, se considerava um reles ponto final, sendo que não é qualquer encerramento. Quando a morte começa a chorar sobre não saber o lugar dela no mundo, tem início um diálogo muito interessante.

O outro conto “Brilhou” é uma biografia ficcional sobre uma pessoa presa que revela a capacidade do ser humano em ser resiliente num contexto de grande privação. A narrativa compartilha as habilidades, recursos e criatividade do personagem para sobreviver num contexto complexo e desafiador.

LIVROS DE ANA

2014 – Escreveu “Visita inesperada”, em coautoria com Lúcia Helena Abdalla, abordando como lidar com doenças crônicas, sendo publicado pela editora Jaguatirica.

2018 – Escreveu “Mania de bilhetes” sobre a história de uma mochila que queria começar a carreira de mochila escolar, mas não estava feliz com seu primeiro dono até que foi doada para uma menina que gostava de escrever bilhetes para não esquecer das coisas e se tornou feliz.

2017 – Escreveu o livro de contos “Os olhos leem e o coração sente” que inclui os textos “A Fuga do Zero”, o “Plantador de Sonhos” e “Travesseiro amigo”, entre outros que fazem parte da coletânea e são usados no projeto papo com Zero ”.

 

Ana Luiza Novis está entre os mais de 80 autores que já confirmaram presença na Fliti, no período de 25 a 29 de outubro, na histórica Tiradentes. A programação diversificada é gratuita e acontecerá nos seguintes espaços:

– Praça da Rodoviária – Principais atividades da feira com os 35 estandes das editoras, lançamentos e bate-papo com os autores;

– Largo das Mercês – Ônibus biblioteca e promoção de atividades artísticas e lúdicas, como contação de histórias;

– Centro Cultural Yves Alves – Exposição sobre o escritor mineiro Fernando Sabino e sessões gratuitas de filmes para todas as idades;

– Largo das Forras – Onde será exposta a escultura monumental Galinha Fernanda, personagem principal do conto “Galinha ao Molho Pardo” de Fernando Sabino, escritor homenageado dessa edição da FLITI. O Largo das Forras receberá também um espaço instagramável para interação com o público.

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