Celebrando 55 anos de história e sabor, o restaurante Padre Toledo, o mais tradicional de Tiradentes, prepara uma homenagem especial a esse legado que une tradição, cultura e gastronomia. Fundado em 1970, o restaurante está enraizado na história da cidade, situado em uma antiga casa colonial que remete às memórias da Inconfidência Mineira e do espírito de resistência de Tiradentes. 

Localizado na Rua Direita, o restaurante leva o nome do inconfidente Padre Carlos Correia de Toledo e Melo, e ocupa um casarão barroco do século XVIII. Mas foi a partir de suas panelas e fogões que se começou a escrever uma nova narrativa de valorização da cozinha mineira como patrimônio cultural vivo.

O restaurante não é apenas uma referência histórica, mas também um espaço de preservação e inovação na gastronomia local. Para a fundadora, Josefina Fonseca, “a missão da família é manter viva a tradição da cozinha mineira por meio dos pratos clássicos que homenageiam nossas raízes”. Ela reforça que o aniversário é uma celebração não só de anos, mas de um patrimônio cultural que se perpetua à mesa, unindo sabores tradicionais e criações contemporâneas que dialogam com o tempo.

A história do restaurante revela também a importância de sua fundação como um marco na gastronomia de Tiradentes. Antes mesmo da cidade se consolidar como destino turístico, o Padre Toledo já trazia à tona a riqueza de sabores e tradições locais, estabelecendo um padrão identidade que perdura até hoje.

No dia 1º de agosto, às 20h, será realizado no restaurante um jantar comemorativo para convidados e público externo. A celebração é uma oportunidade de relembrar os 55 anos de trajetória desse símbolo da culinária mineira, que nasceu entre pedras coloniais e a história de um personagem emblemático, o padre Toledo.

O cardápio do jantar de celebração vai apresentar pratos clássicos da culinária mineira. Inicia-se com uma Terrine de Porco com Ora-pro-nóbis e Limão-rosa sobre telha de pão de queijo. A seguir, um Velouté de Taioba, uma combinação de caldo espesso de batata com taioba, crocante de torresmo e azeite de azedinha. O prato principal traz Filé Mignon suíno com molho de rapadura, acompanhado de purê de banana da terra e quiabos tostados com flor de sal. Finalizando, a sobremesa Mil Broas. 

O jantar acontece com a presença de grandes parceiros, com grande tradição na gastronomia mineira, como a vinícola mineira Stella Valentino, de Andradas,  a Real Alimentos, que completa 55 anos de história em 2025 e a Krug Bier, parceira de longa data. 

A comemoração deste 55º aniversário é marcada por um encontro inédito entre três renomadas cozinheiras brasileiras, todas conectadas pelo território mineiro e pela paixão de transformar ingredientes em memória viva. Cidinha Santiago, com sua alma afro-brasileira, traz sabores ancestrais que remetem às raízes populares. Mariana Gontijo valoriza a cozinha de reinado e ingredientes esquecidos do cerrado, enquanto Fernanda Fonseca, com sua liberdade criativa, reinventa a mineiridade com estética contemporânea. Juntas, elas criaram um menu poético e simbólico, que celebra os encontros, saberes e sabores da gastronomia mineira, como uma verdadeira resistência cultural.

A proposta do evento é convidar os participantes a refletirem sobre a importância de preservar e valorizar a gastronomia local como parte fundamental da nossa cultura e história. 

Os interessados em adquirir o ingresso para o jantar, podem entrar em contato pelo whatsapp 31 9959-1183.

O BH Soul Blues Festival – maior e mais tradicional festival de Blues de Belo Horizonte, entra em sua XVII edição em 2025, a Edição das Américas, trazendo para a cidade músicos renomados, shows imperdíveis e muita comida boa. Um dos pontos altos é o Circuito Gastronômico, que, até 07 de agosto, leva a alguns bares e restaurantes de BH shows de Blues, Soul e Jazz. Cada um dos participantes apresenta um prato que será julgado e escolhido como “o melhor petisco do BH Soul Blues Festival”, por votação na internet e um júri especialmente convidado pelo Festival.

Em 2025, participam o Clã Espaço e Cultura – com o “Clã Mix Festival”: mini porção de iscas de frango, mini porção de carne de panela, mini porção de chips de batata e pãozinho. O Soul Jazz Burguer entra com a “Bombinha de linguiça”: crocante de queijo canastra, recheado de linguiça e geleia de pimenta dedo de moça.

O Why American Pub apresenta um combinado variado com Uramaki Filadélfia, Maki de Salmão, Sashimis de Salmão, Sashimis de Atum, Niguiris de Salmão, Niguiris de Camarão, Joe Ebi (camarão) e Joe Salmão.  Já o XBK Rock Pub vai oferecer burger 150g, pão brioche, molho barbecue Jack Daniels, jalapeno, cole slaw e bacon granulado.

O Chopprehead Garage apresenta o “Nacho Palooza” – chilli mexicano com queijo derretido, molho ranch e pico de gallo – acompanhado de tortilhas. Gumbo Soul Food vai oferecer a “Red Jambalaya” – a paella de New Orleans com arroz molhadinho refogado na Holy Trinity (aipo, cebola e pimentão), linguiça e lombo defumados, frango, quiabo e camarão, temperados com Creole Seasoning; finalmente no Posto do Lanche, o petisco será o “Queijo na verdade”.

Além da comida, esses locais vão receber shows de nomes como Auder Jr, Ivan Resende e Jazz Trio, Doctor Ray Blues Band, Led III – Lado Blues do Led Zeppelin, Nanda Rocha, Osmar e o Blues e Thunder Blues.

O Clã Espaço e Cultura recebeu Auder Jr e Blues Friends no dia 19 de julho; depois, no dia 24/07, o Gumbo Soul recebeu a banda Dr. Rey Blues Band.

Festa de Encerramento ___________________________
A grande festa do BH Soul Blues acontece nos dias 9 e 10 de agosto na Praça de Eventos da Filarmônica de Minas Gerais, com uma programação especialmente pensada para essa Edição das Américas, com músicos renomados de sete países. Além de músicos locais e brasileiros, o Festival recebe grandes nomes da Bolívia, México, Equador, Estados Unidos, Chile e Uruguai.

É um evento pet friendly e com espaço kids. A curadoria é do Auder Jr e o evento é uma realização da Cristie Produções e da You Rock Produtora. O evento é realizado com patrocínio da Belotur por meio da Prefeitura Municipal de Belo Horizonte.

O palco vai receber no sábado, dia 09/10 Gogo Blues (Bolívia); Lvise (Brasil); Emiliano Juarez (México); Negra Brunner (Equador); Alma Thomas (USA); e no domingo, dia 10/08 se apresentam Gonzalo Araya (Chile); Beth Suzacq (Uruguai); Audergang (Brasil) e um Encontro das Guitarras Blues de Minas (Brasil).

Serviço ___________________________________
Circuito Gastronômico BH Soul Blues Festival
A entrada nos bares do Circuito varia até R$25,00 (alguns cobram couvert artístico e outros não)

PROGRAMAÇÃO COMPLETA:
31/07, quinta
Show: Led III Lado Blues
Local: Why American Pub
Av. Francisco Sá, 66, Prado

01/08, sexta
Show: Fernanda Rocha & Blues Friends
Local: Posto do Lanche
Av. Waldyr Soeiro Emrich, 3441 – Santa Helena
Rua Conselheiro Rocha, 2809, Santa Tereza

02/08, sábado
Show: Osmar e o Blues
Local: XBK Rock Pub
Rua Vitório Marçola, 184, Anchieta

03/08, domingo
Show: Ivan Resende Trio
Local: Soul Jazz burguer

07/08, quinta
Show: Thunder Blues
Local: Choporehead Garage
Rua Cássia, 26, Prado

A Krug Zero é a resposta da cervejaria uma tendência clara que vendemos no mercado. É uma lager dourada, sem glúten, baixíssima em calorias e carboidratos, com amargor moderado e aquelas suaves notas suaves de malta. O mais importante: ela traz toda a refrescância de um Krug tradicional, mas agora você pode tomar literalmente a qualquer hora e em qualquer lugar.

O mercado de cervejas sem álcool está crescendo forte no Brasil. Os números são impressionantes: saltamos de 197,8 milhões para 649,9 milhões de litros entre 2020 e 2023 – um crescimento de 228% segundo a Euromonitor. As projeções indicam que chegaremos perto de 1 bilhão de litros em 2025. É uma parcela que não poderíamos ignorar.

E faz todo sentido. A galera da Geração Z, os esportistas, quem dirige, quem tem restrições de saúde ou religiosas – todo mundo quer participar do momento cerveja sem abrir mão do bem-estar. Mais da metade dos brasileiros prejudicou o consumo de álcool no último ano, mas não quer perder a experiência social que a cerveja proporciona.

A Krug Zero resolve essa descoberta. Café da manhã de domingo com os amigos? Pode ser. Almoço de negócios? Perfeito. Academia? Depois da praia? Dirigindo? Em qualquer situação ela se encaixa naturalmente, sem constrangimento, sem explicação.

Nossa produção segue uma filosofia que aplicamos há 28 anos: ingredientes nobres combinados com tecnologia de ponta. Usamos água de pureza controlada, maltes premium e lúpulos aromáticos de produtores locais e importados. O diferencial é nosso processo de fermentação mais demorado que as cervejas tradicionais, onde utilizamos leveduras especiais e controlamos temperatura e tempo para gerar teor alcoólico mínimo desde a origem – evitamos processos invasivos de remoção que comprometem o sabor.

Enquanto isso, nosso laboratório valida cada lote antes do envase e depois do envase. A nossa filtragem e os ajustes de receita reduzem o consumo de resíduos, mantendo o corpo leve sem perder a personalidade. A Krug Zero complementa nosso portfólio principal, permitindo que nossos consumidores tenham uma opção Krug para literalmente todos os momentos. Mantemos toda a tradição artesanal que construímos desde 1997, mas acompanhamos as tendências do mercado para continuar sendo relevantes para nossos clientes em qualquer ocasião.

Fotos de Victor Schwaner

Fechando as festividades juninas, o Bebedouro Bar e Fogo promove a churrascada Julina com 500 quilos de costela servidos nos dias 26 e 27 de julho, sábado de domingo, nas duas unidades Pampulha e 356. A costela será servida no almoço dos dois dias e acompanha farofa vinagrete maionese de batatas e legumes por 180 reais.

Bebedouro e Tramontina trazem novidades para BH : A Tramontina, marca mais famosa do mundo do churrasco, e o Bebedouro, que tem fogo até no seu sobrenome, se uniram e vão fazer uma ação inédita. Agora, os clientes podem gravar o osso do seu Tomahawk com um nome ou mensagem e ainda levar um canivete exclusivo da Tramontina para casa. O Bebedouro está inovando e terá uma impressora a laser para gravar o texto por encomenda. Assim, a mensagem desejada será impressa no osso de um dos cortes mais cobiçados o Tomahawk que é corte de carne bovina retirada da costela, conhecido por ter um osso longo que se assemelha a um machado. É um corte saboroso e visualmente impressionante, frequentemente servido em restaurantes sofisticados. Basta comprar o prato e solicitar uma gravação, que é paga a parte, e o cliente ganha um canivete da marca. A novidade estará disponível no mês de julho na unidade 356 e em setembro na unidade Pampulha.

O rooftop do Espaço 356 ganhou uma grande novidade gastronômica. É a segunda unidade do Bebedouro em BH, instalada no Olhos D’água, com todo o conceito de barra de fogo que conquistou BH. O primeiro Bebedouro chegou à capital mineira em 2023, depois de marcar época em Curitiba, e rapidamente conquistou o coração dos amantes da boa gastronomia. No 356, o bar foi construído sobre uma estrutura feita de contêineres, com teto retrátil e lareiras espalhadas pelo ambiente, bem rústico e aconchegante. O letreiro Belori Hills, que na Pampulha tem como cenário de fundo a igrejinha São Francisco, na nova casa tem as montanhas e o bairro Belvedere e Vila da Serra e seu imponente Sky Line.

O conceito de bar e fogo veio com cada detalhe. Um caminhonete antigo será adaptado como uma churrasqueira para costelas, num carrossel que vai girar e assar as carnes no estilo fogo de chão. O primeiro Bebedouro é um sucesso e os números provam isso. Foram 240 mil pessoas atendidas nesses dois anos. Mais que a população de muita cidade de Minas. São 50 toneladas de carne, mais de 300 mil copos de chope e 130 mil bebidas servidas. Outro número que impressiona são as 220 mil porções preparadas na cozinha da casa. Esses números impressionantes estimularam a segunda unidade.

A gastronomia e a decoração são destaques da proposta principal. Uma parrilla foi idealizada por Diogo Manfredini, proprietário da casa, também para o 356.

No cardápio, entre as opções bovinas, tem picanha, fraldinha com mostarda, mignon com gorgonzola, T-Bone, tomahawk com manteiga de ervas são as opções feitas neste equipamento. Há ainda ostras, trazidas de Santa Catarina, gratinadas clássicas e também com bacon. Uma mistura estranha. Outro destaque é o pernil de cordeiro e a tulipa de frango à moda italiana. Nas grelhas ainda é preparado o salmão. A linguiça artesanal é servida em formato caracol e tem e a panceta clássica também é uma aposta. O Bacon é destaque. Ele é preparado com açúcar mascavo, que deixa ele crocante e realça o sabor.

Nas entradas têm como tostadas, torradas de salmão e também de tomate. Tem o croquete de carne, o camarão à romana, que vem empanados com parmesão. Outras opções são o bolinho de bacalhau e as batatas rústicas e a servida com carne de porco desfiada. Esta última estrela um sanduíche com mozarela e sour cream. Tem um sanduíche de peito com queijo canastra e vinagrete defumado. E o cheese burguer com costela e bacon.

O local é todo exclusivo, com móveis feitos por Diogo Manfredini, que também desenhou e executou vários projetos em bares da cidade e do Brasil. O destaque da decoração são objetos antigos, como televisões da década de 70, caixa registradora e rádios retro.

No bar, chopes artesanais de Minas Gerais e linhas Premium da AmBev. E muitas bebidas exclusivas. São seis a base de gin, incluindo o Bebedouro, com xarope de granadina, tônica, espuma de gengibre e pimenta rosa. Outros clássicos como o Kir Royale e Aperol Spritiz, mais quatro opções a base de vodca e outras a base de Jack Daniel’s e suas versões e mais caipis. Tem ainda o Tóquio Mule, com saque e espuma de +1. Pra fechar, mais duas opções não escolhidas. Ainda haverá vinho aberto em dias específicos.

O Bebedouro de BH é inspirado no homônimo de Curitiba, que foi inaugurado em 1977 no Largo de mesmo nome, no Largo da Ordem, local histórico da capital do Paraná. Um dos destaques da casa eram os camarões que também integram o cardápio que vai chegar aos mineiros agora. O estabelecimento lá ficou ao lado do teatro e era frequentado por artistas e famosos. Dona Ângela, que além de comandar a cozinha e a gestão da casa, fazia questão de ir a cada mesa e cantar uma música para alegrar os clientes. O bar funcionou até 1983 e marcou a história da cidade.

Bebedouro Bar e Fogo

https://www.instagram.com/bebedourobarefogo/

Otacílio Negrão de Lima 1835 – São Luiz

Bebedouro 356

https://www.instagram.com/bebedouro356/

Rua Adriano Chaves de Matos, 100 – Espaço 356 – Rooftop

Crédito: Vapor Comunicação

A unidade mais antiga da Tradicional Limonada, que está fechada desde 21 de abril para reforma, será reinaugurada na segunda-feira, dia 28 de julho. Além disso, será batizada de Unidade Vô Gabriel, em homenagem ao criador da marca. Popularmente conhecido pelos clientes, se consagrou por vender a melhor limonada da cidade, tornando-se um ícone da capital mineira e uma referência no País no segmento de bebidas artesanais. A unidade está instalada no corredor da avenida Augusto de Lima, na loja 45, local considerado um dos principais corredores do Mercado Central, não muito longe da entrada.

A empresa foi fundada em 1938 e a unidade Vô Gabriel está há 45 anos no local passou por uma modernização para atender à demanda crescente. Foram instalados novos equipamentos, houve adequações para agilizar o atendimento, melhorar a exposição e organizar o estoque. Contudo, foi mantido o conforto e o sabor excepcional dos produtos e o mesmo mix: limonadas em copos, garrafas e vendas de souvenirs.

As homenagens ao Vô Gabriel se devem ao fato de que os novos investidores, o trio de sobrenomes Amorim Rodolfo, Raí e Raíssa, não esqueceram seu legado. Apesar de ter chegado com muita garra e vontade de fazer a empresa crescer, expandir, fortalecer e dar os novos passos, ainda assim sem o respeito pela tradição ao olhar para o futuro. “Temos o compromisso de manter a essência da Tradicional Limonada que está diretamente ligada à história do nosso avô que administrou por 67 anos”, completa Raí Amorim.

Rodolfo também entende que a expansão atual se deve principalmente ao trabalho de seus antecessores. “A gente cresceu muito nos últimos nove anos, cerca de 10 vezes. O que estamos construindo agora é algo muito notório, mas o que o vô Gabriel e o Tio Tonho fizeram foi grandioso. Construir uma marca, sem ter uma marca, uma identidade visual por 67 anos, é algo mais impactante ainda”, reforça.

Brindes – A reinauguração do ponto de venda está marcada para acontecer a partir das 9h e quando serão distribuídas gratuitamente 120 limonadas grátis e 100 botões da marca para os primeiros clientes

Conheça a história – Com 87 anos de história, a Tradicional Limonada é um ícone da capital mineira e uma referência no País no segmento de bebidas artesanais. Criada em 1938, pelo imigrante português Américo Lira Batista, também conhecido como Sr. Américo, a empresa se consagrou por vender a melhor limonada da cidade.

Gabriel Amorim de Souza, carinhosamente chamado de Vô Gabriel, nasceu na cidade de Malhada de Pedras, na Bahia e se mudou para Belo Horizonte no final da década de 1940. Em seguida, começou a trabalhar como carregador no Mercado Central e seu Américo o encontrou para trabalhar na Limonada, O baiano se interessou pela ideia e logo depois passou a tocar o negócio como sócio e na sequência comprou a loja. A receita da limonada, que até então era portuguesa, foi adaptada, em 1948, ao paladar mineiro.

Em 1978, quando o Mercado Central começou a ser construído, a Tradicional Limonada que era instalada no corredor da Rua Santa Catarina, mudou para a rampa da rua Amazonas. Ficou neste local apenas dois anos, e em 1980 instalou-se no corredor da avenida Augusto de Lima, na loja 45, onde permanece até hoje, considerado um dos principais corredores do Mercado Central, não muito longe da entrada. Na loja havia um balcão pequeno de pouco mais de um metrô, paredes decoradas em verde e branco e sempre estava cheia. Devido à simplicidade e ao atendimento amigável, possui clientes fiéis, unindo avós e netos, mas também atrai novos públicos que visitam o mercado em busca de conhecer as tradições de Belo Horizonte.

Gabriel acompanhou todas as mudanças da cidade, desde quando o mercado era municipal e depois começou a ser administrado pela associação dos comerciantes. Passou por várias crises, como a sociedade passou e ainda passa, mas sempre contínua firme. Sempre trabalhado de camisa social e com expressão séria e era considerado muito educado por todos. A Tradicional Limonada faz parte do legado da família Amorim, com gerações de membros que trabalham para manter a tradição viva. Vô Gabriel teve dois filhos e uma filha, um deles foi servir ao exército e Antônio Amorim ficou cuidando da loja com o pai.

Na década de 1980, o bolinho de feijão passou a integrar o mix de produtos da empresa, e a limonada ganhou seu par perfeito para acompanhá-la. Atualmente, os sabores de bolinho incluem camarão, carne de sol e frango com bacon.

Em 2015, Gabriel teve um AVC, que agravou os sintomas de Alzheimer, que ficou mais intenso e ele teve que se guardar da loja. Mas continue ajudando a administrar o negócio, mesmo à distância. Nos últimos cinco meses antes de sua morte, a doença comprometeu sua mobilidade, e, com isso, ficou mais difícil gerenciar os negócios como sempre fez. O comerciante morreu no dia 7 de julho de 2022, aos 94 anos. Foi também nesse período que seu filho Antônio teve problemas de saúde, ficou internado e foi necessário que os netos ficassem mais tempo na loja. Eles se desdobraram para cuidar da empresa, pois, até então, trabalharam em outros lugares, e/ou ainda estudavam.

Sucessão – Em fevereiro de 2016, os netos do Avô Gabriel, Rodolfo Alcântara e Raí Amorim passaram a comandar a gestão do negócio da família, trazendo algumas mudanças que ajudaram a estabelecer ainda mais o legado da Tradicional Limonada, porém, sempre mantiveram o mesmo espírito familiar e tradicional.

Raí Amorim – Em 2012, começou a ir à loja ajudando o tio Tonho e o Vô aos sábados, gostou bastante e já percebeu que uma limonada era valiosa na vida de muitos clientes, como um patrimônio próprio. Nesse tempo estudava o Sistemas de Informação na UFMG, mas não tinha certeza se seu futuro estava nesse curso. Em 2014, teve a oportunidade de fazer um intercâmbio, pelo Ciências sem Fronteiras, na Irlanda. Lá verá a valorização de negócios antigos como a cerveja Guinness e os pubs do século IXX, sentindo saudade do balcão da Limonada. Lá mesmo decidiu que aquele balcão seria seu futuro. Voltou para o Brasil, em 2015, e passou a trabalhar mais vezes por semana na loja e em 2016. Nesta mesma época, por problemas de saúde, seu tio precisou se ausentar. Ali, ele e Rodolfo começaram a gerenciar a loja. Desde então os dois honram o legado deixado pelo avô Gabriel. E ele sabe que a decisão tomada lá em 2014 naquele inverno gelado, foi uma das mais refrescantes da sua vida!

Rodolfo Alcantara – Formado em Designer desde 2012, Relações Públicas pela PUC Minas e especialista em Gestão de Negócios pela mesma instituição. Desde o início da sua jornada na tradicional Limonada em 2016, busca aplicar conhecimentos adquiridos ao longo desses anos como designer e comunicador. A partir da nova gestão em 2016 conseguiu modernizar o negócio e desenvolver o empreendimento, do marketing à administração. Ele conhecia bem a loja, pois, desde 2013 ajudava o seu avô nos momentos de folga da Escola. Foi o responsável pela criação de uma nova identidade visual para a empresa, nova placa, investiu nas redes sociais e fez parceria com influenciador.

Raissa Amorim – Formada em Ciências Contábeis, atua nos bastidores da Tradicional Limonada, principalmente na organização, participa das decisões estratégicas e está sempre buscando novas ideias para contribuição no crescimento do negócio. Acreditar que a combinação de organização, criatividade e trabalho em equipe é a chave para transformar ideias em resultados concretos no nosso dia a dia

O comércio passou por algumas adaptações de cardápio, buscando atender à realidade do negócio e também da cidade. A limonada segue sendo o produto principal, mas a experimentação sempre fez parte da rotina para assim incorporar novos produtos e, quem sabe, criar novas tradições. A empresa ampliou seus produtos, sendo eles: a limonada em copos e garrafas, com sabores variados como limonada com hibisco, com groselha, com mate, com mais e uma novidade no cardápio: a Caip do Vô, em homenagem ao patriarca da família, Amorim, que faleceu aos 94 anos em julho de 2022. Para os apreciadores de bebidas alcoólicas, agora a limonada tradicional também comercializa a boa e velha caipirinha. Uma bebida refrescante, do gosto do povo e em uma loja com grande validação na cidade, agora carrega um importante legado.

Expansão – A empresa está em franco crescimento na administração dos irmãos Amorim, nesses nove anos. Nesse tempo, eles se adaptaram à loja nessa expansão. A estrutura que a unidade do Mercado Central tem hoje foi pensada para atender 150 pessoas por dia, mas no sábado, atendem mais de mil. Por isso houve a necessidade de ampliação nos negócios. O foco dos novos gestores é sempre atender bem o cliente, coisa que aprenderam com Tio Antônio e Vô Gabriel.

Já a loja nova no Mercado Central, Loja 1313, segue na mesma linha da antiga: com limonadas em copos, garrafas e vendas de souvenirs. “Com as duas lojas funcionando, esperamos atender melhor e mais tranquilamente os clientes com menores filas”, reforça, Raí.

SERVIÇO:

Inauguração da loja mais antiga da Tradicional Limonada (Unidade Vô Gabriel)

Data: 28 de julho- segunda-feira

Horário: a partir das 9h (brindes para os 100 primeiros clientes)

Endereço: Mercado Central de Belo Horizonte, loja 45 – Av. Augusto de Lima, 744, BH/MG

O bairro de Santa Tereza, na região Leste de Belo Horizonte, recebe o 1º Festival de Inverno neste fim de semana, nos dias 11 e 12 de julho, sexta e sábado, respectivamente. O evento será na Praça Duque de Caxias, aproveitando o clima frio da capital mineira.

O festival reunirá dezenas de produtores locais. Dezenas de barracas vão oferecer vinhos, queijos, doces, lanches e artesanato. Uma ampla área de alimentação e um espaço para shows de artistas locais serão montados para receber uma extensa programação cultural. Segundo a produtora cultural do evento, Raquel Bicalho, a iniciativa compreende o fomento do empreendedorismo social, por meio da economia criativa entre os produtores regionais, que dependem de eventos de bairro para gerar receita.

Com a entrada franca, na sexta-feira, o evento tem início às 17h e se estende até às 22h. Já no sábado, o horário será das 12h às 22h. “O Festival de Inverno oferece um ambiente direto para que feirantes, artesãos e famílias produtoras apresentem seus produtos e serviços. Dentro do setor de entretenimento, muitas dessas pessoas buscam em feiras de bairro a oportunidade de geração de renda”, pontua Raquel Bicalho.

A programação cultural inclui: na sexta-feira, o Grupo Caramelo Blues que se apresenta no palco de Inverno. No sábado, será a vez dos shows de Beto Rock Blues e Banda Barafunda. O destaque musical do dia será a apresentação de “Os Sonhos Não Envelhecem”, um tributo ao Clube da Esquina, interpretado pela Banda Quarteto Travessia.

O café, que por séculos esteve intrinsecamente ligado à história e à economia do Brasil, segue firmemente enraizado no cotidiano dos brasileiros, mantendo seu peso tanto nas exportações quanto no consumo interno. Em Minas Gerais, essa paixão se traduz em um mercado de cafeterias que não apenas prospera, mas se consolida como um espaço vibrante de convivência e interação social.

Após um período desafiador, o setor de lanchonetes demonstra uma recuperação notável. Em 2023, 51% dos brasileiros voltaram a frequentar esses estabelecimentos, um salto significativo em relação aos 9% registrados em 2021. Essa retomada reforça a relevância das cafeterias no hábito de consumo da bebida, posicionando-as como o terceiro principal local de consumo de café. Os dados são da Pesquisa de Hábitos e Preferências do Consumidor de Café – 2023, do Instituto Axxus e da Associação Brasileira da Indústria de Café (ABIC). “As cafetarias são hoje muito mais do que apenas um local para tomar café”, afirma o economista Henrique Monteiro Braga. “Elas se tornaram verdadeiros pontos de encontro, onde as pessoas buscam não só a qualidade da bebida, mas também o ambiente agradável, o modo de preparo diferenciado, a possibilidade de interação social e comodidades como Wi-Fi e energia. Essa busca por uma experiência completa impulsionando o crescimento do setor”, completa.

Em Belo Horizonte, essa tendência é ainda mais evidente. Em 2024, segundo dados da Relação Anual de Informações Sociais – Rais, do Ministério do Trabalho e Emprego sobre o ano de 2024, a capital mineira já conta com uma ampla e variada rede de cafeterias, acompanhada de perto essa onda de valorização. Com 7.582 estabelecimentos registrados e ligados ao setor, as cafeterias estão na Classificação Nacional de Atividades Econômicas (CNAE) como “lanchonetes, casas de chá, sucos” ou “restaurantes e similares”. Com base nessas categorias, é possível analisar informações sobre a remuneração média, o número de vínculos formais de trabalho e a quantidade de estabelecimentos. A força do mercado de cafeterias mineiro se manifesta também na geração de empregos. O setor empregando uma quantidade relevante de pessoas, tendo experimentado um aumento consistente de vagas formais nos últimos anos, com destaque para o período de 2021 e 2022, que marca a retomada das atividades pós-pandemia. A remuneração média no setor de Belo Horizonte também tem crescido consistentemente, com um pico em 2022, ano da retomada, seguido de um ajuste no ano e seguinte novo crescimento no último ano, atingindo R$ 1.565,55 em 2024, demonstrando a valorização dos profissionais da área.

No cenário nacional, o consumo de café continua forte. Em 2024, o Brasil bateu 21,9 milhões de sacas consumidas internamente, um crescimento de 1% em relação ao ano anterior. Desde 1996, o consumo total praticamente dobrou, com alta de quase 97%, e o consumo por pessoa também aumentou, em cerca de 50% no mesmo período. Isso demonstra que o café continua sendo um hábito cada vez mais presente e relevante na cultura brasileira. “Minas Gerais, como maior produtor de café do país, tem um papel fundamental nesse cenário”, destaca Mário Arthur Brandão de Sousa, presidente do Sindicato de Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares de Belo Horizonte.

“O estado se destaca na produção nacional, sendo o maior produtor, com mais de 28,1 milhões de sacas produzidas no ano de 2024, segundo dados do IBGE. Minas Gerais possui uma liderança absoluta na produção de café, impulsionada por fatores como condições climáticas climáticas, altitudes elevadas, tradição, conhecimento técnico-científico e investimento em tecnologia. A rica tradição mineira do café com o tradicional pão de queijo mineiro se une à diversidade de grãos e ao conhecimento técnico-científico dos produtores, impulsionando a qualidade e a variedade de cafeterias que encontramos por aqui.” – Mário Arthur Brandão de Sousa, presidente do Sindicato de Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares de Belo Horizonte.

Minas Gerais é seguido pelo estado do Espírito Santo (14,8 milhões de sacas), São Paulo (5,6 milhões de sacas), Bahia (4,1 milhões de sacas) e Rondônia (2,8 milhões de sacas) como os maiores produtores de café do Brasil. O sucesso do Brasil em relação ao café não se restringe apenas ao consumo interno. O país se consolida como líder absoluto na produção e exportação do grão no cenário global. Em 2024, o Brasil bateu recorde, exportando cerca de 50,6 milhões de sacas e movimentando mais de R$ 12,5 bilhões entre janeiro e novembro. Isso confirma o Brasil como referência mundial tanto em volume quanto em valor. Os Estados Unidos, Alemanha, Bélgica, Itália e Japão são os cinco maiores importadores de café brasileiro.

Analisando as exportações mensais de café no Brasil em 2024, é possível observar que em determinado período houve um crescimento da receita de maneira desproporcional ao aumento das exportações. Esse aumento da receita corresponde a um aumento significativo no preço do café. Apesar de a maioria dos consumidores ainda adquirir cafés em supermercados (63%) e atacarejos (25%) para consumo em casa, a valorização das cafeterias é um movimento claro. Os mineiros, e os turistas que visitam o estado em busca da rica gastronomia local, encontram nas cafeterias um espaço que celebra a cultura do café e a experiência de consumo.

O mercado de cafeterias em Minas Gerais está em plena efervescência, com um futuro promissor impulsionado pela paixão do brasileiro pelo café, pela busca por novas experiências e pela consolidação da cultura cafeeira como parte indissociável da vida social e econômica do estado.