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Queijo Minas Artesanal: uma das riquezas gastronômicas históricas

Além do contato com a natureza, a imersão cultural e espiritual, é possível se deliciar com as maravilhas gastronômicas do destino turístico, que tem como destaque o laticínio com o selo "Entre Serras da Piedade ao Caraça", cujo processo de produção existe há mais de 200 anos

O Santuário do Caraça é um dos lugares mais encantadores de Minas Gerais. O destino turístico, situado entre os municípios de Catas Altas e Santa Bárbara, oferece possibilita o turismo ecológico, histórico, cultural e religioso. A gastronomia no local é outro grande chamariz, que promove uma deliciosa experiência aos visitantes, com destaque ao Queijo Minas Artesanal.

O gerente do Santuário do Caraça, Pablo Azevedo, destaca que no local é possível desfrutar do Queijo Minas Artesanal com dois tipos de maturação. “Temos o meia cura e o curado, produzidos com leite cru, coalho, pingo (fermento lácteo natural) e sal. O que muda é o processo de maturação, ou seja, o tempo de envelhecimento do queijo. É importante elucidar que ‘cura’ é o processo em que as bactérias ‘boas’ consomem as ‘ruins’, deixando o queijo saudável e adequado para o consumo.  Podemos afirmar que se trata de uma das maiores riquezas gastronômicas que temos por aqui e pessoas de todo o mundo chegam curiosas querendo saborear o nosso queijo”, conta.

O Queijo Minas Artesanal, popularmente mais conhecido como “queijo canastra”, que carrega a chancela da microrregião “Entre Serras da Piedade ao Caraça”, existe há mais de 200 anos, mas sua fabricação ficou extinta por 70 anos. A fabricação artesanal, feita por queijeiros locais, foi resgatada no ano de 2015 por meio do projeto Primórdios da Cozinha Mineira, fruto da parceria do Santuário do Caraça com o Senac, que tem o objetivo de resgatar e dar novos usos a hábitos, técnicas e produtos alimentares dos primeiros habitantes de Minas Gerais, com foco no desenvolvimento regional.

Atualmente, o queijo do Santuário do Caraça é matéria prima de vários pratos da região do “Entre Serras”, principalmente em concursos e festivais gastronômicos. Quem quiser conhecer o processo de fabricação e provar as delícias gastronômicas que só o Caraça tem, pode fazer uma visita.

Variedade

Além do queijo, o visitante tem a oportunidade de comer outras iguarias que também encantam paladares. A experiência de comer no refeitório histórico, com toda a simplicidade e variedade de sabores da comida mineira, gera um clima aconchegante.  Há também a padaria, que fabrica pães, bolos e biscoitos, e a doçaria, para doces, geleias e compotas.

Fonte de conhecimento

O complexo Santuário do Caraça é tombado como Patrimônio Histórico e Artístico Nacional e Estadual. Foi escolhido como uma das Sete Maravilhas da Estrada Real. Conta com um amplo Conjunto Arquitetônico onde estão a primeira igreja de estilo neogótico do Brasil, o prédio do antigo Colégio (hoje Museu e Biblioteca), o hotel com 57 apartamentos e quartos, com capacidade para até 230 pessoas, e a Fazenda do Engenho, com 26 apartamentos. O Complexo do Caraça possui enorme diversidade de fauna e flora, com raridades de animais e plantas no meio ambiente. Na ampla diversidade de sua fauna, há 386 espécies de aves, 42 espécies de répteis, 12 espécies de peixes e 76 espécies de mamíferos.

A Reserva Particular do Patrimônio Natural do Santuário do Caraça faz parte de duas importantes reservas ecológicas, as Reservas da Biosfera da Serra do Espinhaço Sul e a da Mata Atlântica, onde há diversas espécies de flora e fauna, algumas encontradas somente no Complexo do Santuário do Caraça, que fica na transição entre Mata Atlântica e Cerrado, onde também há campos rupestres. Em suas serras há nascentes, ribeirões e lagos que possuem águas de coloração escura, que carreiam material orgânico em suspensão.

Seu solo é rico em minérios, explorados nos séculos anteriores, e com grande concentração de quartzito ou rocha metamórfica. Desde 2011, passou a ser preservado contra exploração comercial. O clima tem baixas temperaturas e elevada umidade do ar, comuns em ambientes de mata. O território do Complexo do Caraça integra a Área de Proteção Ambiental ao Sul da Região Metropolitana de BH, onde começam duas grandes bacias hidrográficas, a do rio São Francisco e a do rio Doce, que abastecem aproximadamente 70% da população de Belo Horizonte e 50% da população de sua região metropolitana.

Biblioteca

A Biblioteca hoje está instalada no prédio onde funcionava o célebre Colégio, que hoje abriga também o Museu, o Arquivo e um Centro de Convenções. Para conhecer a biblioteca é necessário agendamento prévio.

Museu

O museu, montado a partir de mobiliário e artefatos diversos de uso diário, pertencentes ao próprio Caraça e com algumas peças remanescentes de séculos passados, constitui um interessante lugar de visitação, diariamente procurado pelos hóspedes e visitantes, através de percursos guiados pelos monitores.

Igreja Neogótica

O Santuário do Caraça é a primeira igreja neogótica do Brasil, construída com material regional: pedra-sabão (retirada de perto da Cascatona), mármore (das proximidades de Mariana e Itabirito, Gandarela) e quartzito (da região do Caraça e vizinhanças), unidas com produtos de base de cal, pó de pedra e óleo.

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