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dom, 28 abril 24

Clube para troca de figurinhas do álbum da Copa América

Fundada em 1988, a banca República do Líbano, na região centro-sul de Belo Horizonte, é considerada a sede dos colecionadores de figurinhas

A troca de figurinhas da Copa América 2024, já virou febre entre muitos garotos e até marmanjos, na busca de completar o álbum com os cards das principais estrelas que devem figurar na Copa neste ano. A empolgação é tão grande que muitos colecionadores marcam encontros pelas redes sociais e até comunidades destinadas ao hobbie. E em Belo Horizonte não tem sido diferente, completar o álbum da copa é uma tradição que passa de geração em geração.

Fundada em 1988, a banca República do Líbano, na região centro-sul de Belo Horizonte, é considerada a sede dos colecionadores de figurinhas. Especialmente em anos de Copa América, a praça fica cheia de fãs do colecionismo. No local, centenas de pessoas, de idades diversas, se encontraram para trocar as figurinhas repetidas.

Ryan Barros, de 56 anos, conta que tem lembranças da infância, de vir com os pais na banca para trocar figurinhas. Agora, ele vem com o filho Marquinhos, de 5 anos. ‘Eu já fazia desde que me lembro como criança e trocava exatamente nessa pracinha. Eu fiquei muito tempo sem fazer e, agora que estou com o filhotão com 5 anos, ele já entende um pouquinho de futebol, já entende um pouquinho do que é a coleção, eu resolvi comprar o álbum pra ele e estou fazendo junto’, disse.

Também é o caso do publicitário Pedro Henrique Milanezes. Ele trouxe o filho Matheus, de 9 anos. Pra ele, essa é uma boa oportunidade para fazer amigos e desconectar do mundo digital: ‘Consegui completar várias edições e estamos aqui firmes tentando a deste ano. Dá pra fazer amizade, dá pra brincar, as crianças saem da tela’.

O Matheus, filho do Pedro, diz que tem lembranças da última Copa. Ele explicou como funciona a troca de figurinhas e que existe um sistema de marcações dos cromos repetidos, pra organizar a brincadeira com uma cartela, fornecida pela Banca República do Líbano. É importante ter a cartela e trazer ela, para a troca.

“Como todo passatempo, o ato de colecionar precisa ser prazeroso e trazer algum aprendizado. Você aprende a ser mais organizado, a respeitar seus objetos. Elias Patrick Júnior, colecionador

Além de ser uma forma divertida de colecionar, fazendo amigos e interagindo, a troca das figurinhas também é uma ótima estratégia financeira. No último mês, a reportagem do Portal Cenário Minas mostrou a partir de um levantamento de um matemático que, caso uma pessoa quisesse colecionar sozinha, gastaria incríveis R$ 4.460,00 reais. Com as trocas, o valor pode cair pra cerca de R$ 1.200 reais, dica valiosa pra completar o álbum gastando o menor valor possível.

Panini apresenta álbum oficial

A Copa América 2024 agora tem um novo e exclusivo álbum oficial de figurinhas colecionáveis desenvolvido pela Panini. O torneio, que acontece em sua nova edição nos Estados Unidos entre 20 de junho e 14 de julho, contará, além das seleções sul-americanas, com seis classificados da Concacaf como convidados, que inclui os times das Américas Central, Caribe e América do Norte.

O álbum de figurinhas apresenta os principais craques da Copa América, como o Lionel Messi, Vinicius Jr. e Rodrygo, o uruguaio Darwin Nuñez, além de, pela primeira vez, trazer todos os detalhes de 16 seleções participantes, incluindo as norte-americanas, Caribe e da América Central, que somadas às equipes sul-americanas farão desta edição do torneio uma das maiores de sua história, em uma coleção que conta com 430 figurinhas, sendo delas 30 especiais.

O lançamento ainda leva os torcedores a percorrem todos os estádios que receberão o torneio de seleções, além de trazer o histórico de outras edições do torneio, curiosidades da Copa América 2024 e as estatísticas essenciais.

“A Panini tem como uma de suas principais responsabilidades e características contar as melhores histórias do esporte de uma forma que cativa os colecionadores. Não temos dúvida que esta edição da Copa América 2024 será histórica, e queremos ajudar a todos os torcedores a registrarem suas emoções e memórias para sempre com esse grande álbum”, disse Martina Limoni, diretora de marketing da Panini na América Latina.

Além disso, a coleção oferece outros benefícios, como os apps MyPanini (com o qual os colecionadores poderão criar sua própria figurinha), Panini Collectors (um serviço para o checklist e organização do álbum) e Panini Digital Collections (álbum digital oficial da Copa América 2024), disponíveis tanto para iOS quanto para Android.

Com 16 seleções em disputa, (sendo os representantes sul-americanos Argentina, Brasil, Chile, Colômbia, Equador, Peru, Paraguai, Uruguai, Bolívia e Venezuela), a 48ª edição da Copa América, pela segunda vez disputada nos Estados Unidos, dividirá as equipes em quatro grupos de quatro, com as duas melhores equipes de cada grupo avançando para as quartas de final. As quartas de final, semifinais e final serão disputadas em um sistema de mata-mata.

O álbum de figurinhas chega em versão capa brochura por R$ 15,00, e também na versão capa dura por R$ 54,90, com os envelopes, contendo 5 figurinhas, sendo vendidos ao preço de R$ 5,00 cada.

Banca República do Líbano

Av. Arthur Bernardes, 317 – Santa Lúcia, Belo Horizonte – MG

Telefone(31) 3566-6162

Colecionador desde a infância

Mesmo sem novidades esperadas para o álbum da Copa América, os colecionadores nem pensam em deixar de adquirir o item. É o caso de Hamilton Albino Ribas de Andrade Filho, de 37 anos e colecionador do bairro São Bento. “Com certeza vou colecionar as figurinhas do álbum da Copa desse ano, não tenha dúvida”, enfatiza.

Hamilton tem em seu acervo cerca de 200 álbuns de figurinhas, grande parte deles de futebol, com um carinho especial pelos de Copa do Mundo. Colecionador desde a infância, começou com as figurinhas que vinham em chicletes e chocolates, além de latinhas e maços de cigarro, estas duas últimas logo proibidas pela sua mãe.

Elias Patrick Júnior, colecionador de álbuns da copa

“Meu primeiro de Copa do Mundo foi o de 1990, quando colecionei sozinho, por minha vontade própria. O da edição de 1994, dos Estados Unidos, quando eu tinha 10 anos, é o mais marcante. Ele, porém, foi estragando com o tempo e hoje eu tenho um outro, em bom estado, porém comprado de terceiros”, explica Hamilton.

Comprar álbuns de décadas anteriores, em e-commerces, também se tornou um costume do colecionador. Nessas plataformas ele encontrou álbuns do Campeonato Brasileiro, cards antigos da Champions League, além claro, de edições antigas das Copas. “O da Copa de 1978, da Panini, é um dos mais raros. Ele está em estado praticamente novo, somente com ferrugens no grampo. Deve valer uns R$ 6 mil”, explica.

 

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