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sex, 26 abril 24

Programação cultural enriquece Carnaval da PBH

e atrai milhares de foliões

Após 23 dias de celebração intensa em todos os territórios da cidade, o Carnaval de BH chegou ao fim neste domingo (18). A capital mineira registrou números históricos em seus principais indicadores, com um total de 5,5 milhões de foliões, incluindo 262 mil visitantes, e uma movimentação econômica de R$ 943 milhões. A avaliação média da festa foi de 8,7, com 78,8% dos participantes relatando que suas expectativas foram atendidas ou até mesmo superadas, de acordo com uma pesquisa conduzida pelo Observatório do Turismo de Belo Horizonte.

A Secretaria Municipal de Cultura (SMC) e a Fundação Municipal de Cultura (FMC) desempenharam um papel fundamental na promoção do Carnaval 2024, investindo recursos e esforços para oferecer uma programação cultural descentralizada e inclusiva. A Cultura fez um investimento direto de R$ 1,1 milhão, realizando cerca de 70 atividades em diversos equipamentos culturais públicos, como Centros Culturais, Museus, Bibliotecas, Cinema e Teatro, proporcionando uma experiência única para mais de 10 mil participantes. O investimento também inclui ações como o Inventário sobre o Carnaval e o Inventário do Samba como Patrimônio Cultural de Belo Horizonte.

Os Centros Culturais distribuídos por toda a capital obtiveram um público de 4,8 mil pessoas em atividades pré-carnavalescas, que incluíram oficinas de adereços e instrumentos, exposições de artes visuais, bailes, saraus, contação de histórias e atividades especiais como a ação BH é Bamba, realizada em celebração ao Dia Nacional do Samba. Ensaios realizados ao longo do ano nos Centros Culturais aqueceram os foliões e fortaleceram o vínculo da comunidade com essas manifestações culturais tão importantes para a identidade da cidade. A cessão de infraestrutura nos equipamentos públicos demonstra o compromisso da Prefeitura de Belo Horizonte em apoiar a cultura local. Também foram destinados recursos para melhora da estruturação de espaços, fornecimento de insumos e contratação de profissionais para atividades de formação ligadas ao Carnaval, fortalecendo a capacitação dos agentes culturais envolvidos e proporcionando um impacto significativo na economia local.

Os Museus Municipais também ofertaram diversas atividades, incluindo, para além de suas exposições, visitas educativas, oficinas e bailes. O sucesso da exposição “Clara Nunes – Eu Sou a Tal Mineira”, no Museu da Moda (MUMO), proporcionou aos visitantes uma imersão nos aspectos marcantes da trajetória da icônica cantora Clara Nunes, explorando sua relação com a moda e o Carnaval, recebendo, inclusive,  visita da Corte Momesca e da Velha Guarda do Samba. Até o momento, 4,5 mil pessoas já visitaram a mostra.

Na Casa do Baile – Centro de Referência de Arquitetura, Urbanismo e Design, o Baile do Pitangomangolotango, uma matinê pré-carnavalesca com o tema “Jardim Brasileiro”, relembrou marchinhas e sambas inesquecíveis do passado. O Museu da Imagem e do Som de Belo Horizonte disponibilizou um vídeo marcante sobre o Carnaval de Belo Horizonte na década de 1990, que já conta com inúmeras visualizações. No Museu Casa Kubitschek (MCK), o Carnaval também ganhou vida com uma oficina de máscaras carnavalescas inspiradas na fauna da Pampulha. No dia 24/02, uma visita mediada à exposição “Trama: Processos Educativos na Pampulha” explora a relação entre o Carnaval, as festas populares e a memória afetiva da cidade, com uma oficina de desenho criativo.

O Cine Santa Tereza celebrou o pré-carnaval com a realização da Mostra Curta o Samba, concebida a partir de acervo próprio e composta por nove sessões que cativaram o público. Várias atividades também foram realizadas pelo Circuito Municipal de Cultura, nos Centros Culturais e no Teatro Raul Belém Machado, totalizando 11 ações que contaram com a participação de 65 artistas. Dentre os eventos mais marcantes, destacam-se o Baile de Carnaval do Centro Cultural Lindeia Regina, que recebeu o show da Velha Guarda Baluartes do Samba, e a apresentação do Bloco Magnólia, dentro do projeto Quinta no Raul, no Espaço Cênico Yoshifumi Yagi/Teatro Raul Belém Machado.

A Prefeitura investiu ainda, por meio da Lei Municipal de Incentivo à Cultura (Modalidades Fundo e Incentivo Fiscal), mais de R$2 milhões, destinados a cerca de 25 projetos, abrangendo apresentações, festivais, mostras, criações artísticas e atividades formativas que interagem com a cultura carnavalesca da cidade. Destaca-se ainda o impacto positivo dos Editais da Lei Paulo Gustavo, que possibilitaram a participação de Blocos, Escolas de Samba e outros projetos da cultura no Carnaval. Os resultados do Edital LPG em curso estão em processo e gerarão apoio aos agentes culturais ao longo de 2024. Além disso, será lançada a Política Nacional Aldir Blanc, que também beneficiará esses grupos e contribuirá para o fortalecimento da cena cultural carnavalesca em Belo Horizonte.

Iniciativas como o Inventário sobre o Carnaval e o Inventário do Samba como Patrimônio Cultural de Belo Horizonte também demonstram o compromisso das autoridades locais em preservar e promover a tradição do Carnaval, garantindo que elas continuem a fazer parte da vida e da história da cidade por muitos anos.

O Carnaval de Belo Horizonte brindou mais uma vez seu público com uma manifestação cultural que refletiu a identidade vibrante e diversa da cidade. Com uma programação rica e inclusiva, o evento deixou um legado duradouro para a cidade e seus habitantes, reafirmando Belo Horizonte como um dos principais centros culturais do país e deixando um legado duradouro para a comunidade.

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