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seg, 16 setembro 24

Estudo apresenta tratamento do câncer de mama

Bárbara Pace, presidente da Sociedade Brasileira de Mastologia apresenta estudos

Um estudo apresentado mostra que existe uma possibilidade de impedir o desenvolvimento de um câncer de mama metastático. Publicação recente pela revista científica Nature, conduzido pelo Instituto de Pesquisa do Câncer no Reino Unido, indicou que essa situação  pode, sim, se tornar uma realidade e, em breve.

O câncer de mama metastático decorre do tumor que, anteriormente, só estava nos seios, se espalhando para outros órgãos do corpo, afetando, por exemplo, o cérebro, pulmão, fígado e, até mesmo, os ossos.

A estimativa é que mesmo identificados de maneira precoce, 30% dos casos se desenvolvem  para uma metástase, podendo levar meses ou anos para ocorrer.  Assim como muitas coisas referentes à patologia, a medicina ainda não possui uma confirmação exata das causas do problema, porém, alguns motivos são indicados como principais.

O primeiro é a presença do excesso de linfonodos,  pequenos nódulos espalhados pelo corpo, em locais como virilha, axilas e pescoço, servindo como filtros para substâncias nocivas. Quando eles ocorrem em grande número ou inchados, indicam um problema, como o próprio câncer, infecções ou lesões.

Outro motivo é a descoberta tardia do primeiro tumor, inviabilizando o tratamento mais acelerado e, consequentemente, dificultando uma cura rápida e possibilitando espalhar pela corrente sanguínea ou linfática.

O estudo apresentou um resultado animador, indicando ser possível bloquear a LIF, uma proteína do pulmão,  reguladora da ação das células, impedindo o crescimento e a proliferação das células tumorais e desativando o alarme do sistema imunológico. O medicamento é desenvolvido por um hospital em Barcelona, na Espanha, sendo chamado de MSC-1, já utilizado para tratar leucemia mieloide crônica, um tipo de câncer raro comprometedor das células sanguíneas.

Apesar de os resultados serem promissores, o método ainda está no primeiro nível da fase de testagem. Ou seja, ainda levará muitos anos, até que seja comprovada a eficácia em humanos. Apenas após esse processo, será possível encontrar um fármaco disponível para comercialização.

Ainda assim, o estudo promove esperança, uma vez que o câncer de mama é o segundo tipo mais comum, atrás apenas do câncer de pele, porém, possui taxas muito mais letais. Afinal, nos últimos anos, com a pandemia, muitas mulheres deixaram de fazer a mamografia anual, após os 40 anos, provocando um aumento no número de diagnósticos de casos mais avançados, inclusive, entre jovens, que, tecnicamente, tem menos riscos que pessoas com acima dos 40 anos.

É muito importante manter a regularidade das consultas médicas e exames. A recomendação ainda inclui conhecer as características do corpo e, apesar de a doença ser silenciosa, é possível identificar mudanças, como nódulos, retração de mamilo, alterações na pele, assimetria e a saída de secreção. A atenção e prevenção ainda devem ser cuidados essenciais diários.

Cenario Minas
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