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Visita ao projeto da ONG Planeta de TODOS em Bogotá

A "Casa Feliz" está localizada na capital colombiana, Bogotá e abriga refugiados LGBTQIAPN+ do país e da Venezuela

Após 7 anos de ações internacionais nos países europeus que recebem refugiados, a ONG brasileira Planeta de TODOS marcou o Dia Mundial da Pessoa Refugiada (20/06) com a apresentação da Casa Feliz, em Bogotá, Colômbia.

O Presidente do Grupo Cartão de TODOS, Altair Vilar e sua esposa Mara Vilar, Vice-Presidente Social da empresa, visitaram na última sexta-feira, dia 24 de junho, a “Casa Feliz”, um espaço de acolhimento na capital colombiana que tem o propósito de oferecer não só abrigo, mas também capacitação profissional e educacional como forma de apoio aos refugiados venezuelanos integrantes da comunidade LGBTQIAPN+, assim como à população local da Colômbia afetada pelos ainda inúmeros casos de conflitos armados pelo país.

Inaugurada, oficialmente, em 20 de junho, no Dia Mundial do Refugiado — data criada pela Organização das Nações Unidas (ONU) — a Casa Feliz é uma iniciativa da organização não governamental (ONG) brasileira Planeta de TODOS, braço social mantido pelo Grupo Cartão de TODOS.

Com sete anos de experiência em ações voluntárias internacionais de acolhimento e apoio a refugiados, a ONG Planeta de TODOS já contribuiu para que mais de 140 imigrantes de 26 diferentes nacionalidades em situação de vulnerabilidade se inserissem na dinâmica dos países que escolheram como asilo, entre eles a Grécia — onde a ONG mantém sua principal unidade — e na Itália. Em Bogotá, na Colômbia, a abertura da Casa Feliz surgiu em resposta à crescente crise migratória da região e à necessidade de proteger e promover os direitos humanos de indivíduos em situação de extrema vulnerabilidade.

Em sua visita ao projeto, Altair e Mara Vilar se reuniram com os integrantes da Casa Feliz e presenciaram o processo de acolhimento oferecido aos refugiados. “Foi um momento extremamente gratificante, podemos ver de perto como a atuação do Planeta de TODOS pode mudar a realidade de pessoas tão desamparadas. Esta é a essência do nosso Grupo: causar impacto social e atender às necessidades das pessoas nas localidades em que mais precisam”, aponta Altair Vilar, Presidente do Grupo Cartão de TODOS.

Processo de abertura da Casa Feliz 

Para a abertura da Casa Feliz, na Colômbia, o Diretor do Planeta de TODOS, André Naddeo, explica que, desde 2022, estão se preparando para prestar assistência no local. “Nós do Planeta de TODOS temos estudado a vinda da ONG para a Colômbia há um ano e abrimos as portas da ‘Casa Feliz’ há dois meses, depois de identificar essa comunidade como a mais vulnerável. Desde então, temos atuado recebendo exclusivamente refugiados venezuelanos que integram a comunidade LGBTQIAPN+, além dos próprios colombianos que também integram essa comunidade e que têm que se deslocar de suas casas para não se tornarem vítimas dos ainda existentes conflitos armados pelo país. Na ‘Casa Feliz’, oferecemos a essas pessoas abrigo, alimento, capacitações profissionais, aulas de idiomas [em língua inglesa e portuguesa] e oportunidades de empregabilidade junto à nossa empresa mantenedora que está em expansão no país, o Cartão de TODOS”, destaca Naddeo.

Desde o ano de 2013, a Venezuela tem enfrentado uma grave crise de ordem econômica, política e social motivada, inicialmente, pela queda nos preços do petróleo, mas que evoluiu para um patamar em que a população do país, atualmente, sofre com a hiperinflação e a falta de alimentos. A Colômbia, país vizinho à Venezuela, tem sido um destino comum para os refugiados que fogem da crise, abrigando mais de 1,8 milhões de venezuelanos até o momento e tornando-se o segundo país que mais recebe refugiados no mundo, de acordo com o Museu da Imigração.

Segundo a Agência da ONU para Refugiados – ACNUR, fugir de casa para escapar de perseguições, conflitos ou guerras, como o que a população da Venezuela tem feito, é uma tarefa árdua para a maioria dos refugiados e solicitantes de refúgio, mas a comunidade LGBTQIAPN+ enfrenta riscos adicionais, já que pode ser perseguida por sua orientação sexual, identidade de gênero ou outras características sexuais e ser forçada a fugir mesmo nos países nos quais busca refúgio. A situação descrita pela ACNUR foi identificada pelos membros do Planeta de TODOS e motivou a criação da Casa Feliz, um marco importante na luta pelos direitos humanos e pela inclusão da comunidade LGBTQIAPN+ na América Latina. “Quando pensamos em abrir uma unidade na América Latina, para além da que temos na Grécia, a gente tinha em mente a questão dos venezuelanos, mas acabamos indo um pouco além, porque identificamos a vulnerabilidade de uma comunidade que não é muito vista. Os venezuelanos que vinham para a Colômbia tinham a ideia de poder ser um pouco mais livres, mas, na verdade, eles ficavam num limbo. E muitos dos colombianos que são LGBTQIAPN+ acabam na mesma situação, sendo inclusive perseguidos por grupos paramilitares no país. Por isso, a Casa Feliz se tornou um espaço que une Venezuela e Colômbia à liberdade de que as pessoas possam ser quem são sem medo”, explica Naddeo.

Para acolher os refugiados, a ONG Planeta de TODOS mantém parcerias com instituições de apoio colombianas, que realizam uma triagem dos candidatos a integrar o projeto e os encaminham para a Casa Feliz. Quando passam a fazer parte da iniciativa, os beneficiários têm acesso a abrigo, capacitações, apoio em diferentes esferas e acesso facilitado ao mercado de trabalho colombiano. Além do apoio aos refugiados e aos colombianos em situação de vulnerabilidade, o Cartão de TODOS tem possibilitado que seus colaboradores brasileiros realizem intercâmbios de trabalho voluntário para cooperar com a iniciativa e ganhar experiência internacional.

Para saber mais sobre a iniciativa, acesse: https://planetadetodos.com.br/

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