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Micropeça “Saci”, do Grupo Trama, em nova temporada

A micropeça “Saci”, protagonizada pelo ator e diretor Carlos Henrique, do Grupo Trama de Teatro, faz com que o público tenha um outro olhar sobre o lendário personagem do folclore brasileiro. Com direção de Elisa Santana, a montagem, em exatos 15 minutos, desmistifica a figura travessa e brincalhona, fazendo com que as suas múltiplas representações sejam identificadas na sociedade contemporânea. Com entrada gratuita, as apresentações poderão ser conferidas no Centro Cultural Lindeia Regina (19/10), no Centro Cultural Zilah Spósito (22/11), no Centro Cultural Vila Marçola (28/11) e no Centro Cultural Bairro das Indústrias (14/12).

“O Saci não é apenas um símbolo de travessuras, mas também um guardião dos saberes da floresta e das nossas tradições. Interpretar esse personagem é uma oportunidade de mostrar um outro lado desse mito tão presente no nosso imaginário”, destaca o ator e diretor Carlos Henrique, bastante animado em retornar aos palcos na pele do lendário Saci. A micropeça, a propósito, estreou no ano de 2018, no projeto La Movida InBox.

Realizada por meio do Fundo Municipal de Cultura de Belo Horizonte (Edital Descentra 2023 – Projeto 1620), a circulação tem como missão recuperar e fortalecer a memória sobre o Saci, personagem que, segundo Carlos Henrique, tem sido esquecido em meio à valorização de tradições importadas, como o Halloween, por exemplo. “A gente se lembra mais de influências estrangeiras, enquanto a nossa própria identidade cultural está sendo esquecida”, destaca o artista, que traz no currículo grandes trabalhos, como “Os Três Patéticos”.

Com um viés sensorial, “Saci” explora a atmosfera e o habitat natural do personagem-tema, trazendo aromas, objetos e elementos que remetem ao ambiente das florestas. “Esse resgate vem de uma forma muito natural, porque não é a representação do Saci em si, tem mais a ver com a memória dele, e a micropeça fala um pouco disso, de dar vida novamente para esse personagem, de trazer ele novamente para a memória coletiva das crianças e de pessoas que, hoje, talvez, se lembrem pouco de nosso folclore”, resume o artista.

Os poucos minutos e o formato solo tornam “Saci” intimista, oferecendo uma experiência próxima e imersiva. Para Carlos, o maior desafio foi transportar a figura do Saci — geralmente associada a espaços abertos — para um ambiente reduzido, mantendo a essência mística e protetora do personagem. “Esse Saci é muito mais imagético. As pessoas vão ter mais imagens desses locais que ele habita e das suas características marcantes, como o gorro, o cachimbo e a garrafa, que trazem a memória desse personagem tão simbólico”, explica.

SERVIÇO

  • 19/10 – Centro Cultural Lindeia Regina (rua Aristolino Basílio de Oliveira, 445, Regina) – Sessões às 14h, 14h45 e 15h30 – Entrada gratuita (ingressos distribuídos 1h antes de cada exibição)
  • 22/11 – Centro Cultural Zilah Spósito (rua Carnaúba, 286 – Zilah Spósito) – Sessões às 16h, 16h45 e 17h30 – Entrada gratuita (ingressos distribuídos 1h antes de cada exibição)
  • 28/11 – Centro Cultural Vila Marçola (rua Mangabeira da Serra, 320, Marçola) – Sessões às 16h, 16h45 e 17h30 – Entrada gratuita (ingressos distribuídos 1h antes de cada exibição)
  • 14/12 – Centro Cultural Bairro das Indústrias (rua dos Industriários, 289, Indústrias I – Barreiro) – Sessões às 14h, 14h45 e 15h30 – Entrada gratuita (ingressos distribuídos 1h antes de cada exibição)

Mais detalhes: @tramadeteatro

SINOPSE. O Saci Pererê faz parte do folclore brasileira. E diz a lenda que ele não é apenas brincalhão e dono de um espírito endiabrado, mas que seria um exímio conhecedor das propriedades medicinais das ervas e raízes das nossas florestas. Se alguém precisa entrar na mata e pegar algo, portanto, tem que pedir autorização ao Saci, pois, se entrar sem a permissão dele, fatalmente será alvo de suas travessuras. O Saci trazido pelo Grupo Trama é lúdico e delicado, o que traz um novo olhar para a criatura lendária.

ARTISTA. Carlos Henrique é ator, produtor e diretor. Ele está no universo teatral há 30 anos, tendo atuado em inúmeros espetáculos. Em 1998, ajudou a fundar o Grupo Trama de Teatro, coletivo que já tem 25 anos de existência e resistência. Atualmente, o artista reside em Contagem, onde realiza diversas ações teatrais.

FOTO ANDREIA CARVALHO/DIVULGAÇÃO

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