Música tem videoclipe gravado com imagens da filha de Rubah e chega como o segundo single do álbum “Origem”, o primeiro disco autoral do artista mineiro, previsto para maio do ano que vem Com mais de duas décadas de carreira, Rubah, nunca havia escrito uma música endereçada a uma pessoa específica. “Minhas músicas falam mais sobre a sociedade de forma geral, política, desigualdade social, questões que vêm do movimento punk”, justifica. Apesar desse padrão, a veia rock n’ roll de crítica social agora também convive com um brilho mais pueril do segundo single do seu próximo disco, “Ana Laura”, música escrita por Rubah em homenagem à filha de sete anos. Acompanhada de videoclipe, a faixa, que mantém os bons riffs de guitarra no talo, foi lançada neste mês e vai integrar o primeiro disco autoral de Rubah, “Origem”. Assista ao videoclipe do single “Ana Laura” De maneira despretensiosa, a homenagem de Rubah à filha foi composta apenas para a pequena, de modo privado e afetivo, mas ganhou o mundo e entrou para o disco por seguir a mesma linha que norteia as novas canções do álbum: uma reflexão sobre os medos e as perdas atreladas à pandemia que assolou o mundo nos últimos dois anos. “O disco tem vários conceitos, mas um dos principais é a reflexão sobre a vida e a morte. Para mim e outras pessoas que têm filhos, veio à tona a cruel possibilidade de você de repente não poder acompanhar o crescimento do seu filho por causa desse vírus. Essas coisas me sensibilizaram bastante e me motivaram a fazer a música para minha filha. Ela é pequena, mas já gosta muito de rock, tem bateria e guitarra, toca um pouquinho e curte bastante”, diz Rubah. Embora a letra remeta à uma sensibilidade quase lúdica, como os versos que dizem: “podemos um velho blues dançar, me abraça com sua graça, vamos o mundo girar”, o single tem uma pegada punk, influenciada por audições de Sonic Youth e pelas guitarras oitentistas repletas de distorções e efeitos. O clipe da faixa, sob a direção de Emanuel Kaauara, recupera a estética simples e poderosa dos anos 90, concentrado nas clássicas imagens da banda em ação, executando a música como se estivesse em estúdio, sem grandes invenções visuais. O brilho do videoclipe ficou por conta das imagens caseiras da pequena Ana Laura, inseridas entre as filmagens da banda formada por Gisele Caetano (bateria), Talita Cordeiro (baixo) e Rone DMZ (guitarra). “A ideia inicial era fazer um clipe com imagens reais da minha filha, sem muita produção, algo mais íntimo mesmo. Não queria produzir um clipe todo montado e artificial com ela. Por isso, escolhi uma série de filmagens caseiras, simples, e muito afetivas dela. A única edição elaborada que temos são referências aos quadrinhos nas imagens dela, porque é um universo que minha filha adora, foi uma homenagem para ela”, explica Rubah. “Origem” Primeiro disco cheio de Rubah, “Origem” é composto por nove músicas, incluindo os singles “Dinossauro” e “Ana Laura”, e tem previsão de lançamento para maio de 2023. O disco teve tratamento de primeira linha, gravado no estúdio Full Time, em Juiz de Fora, na Zona da Mata mineira, onde nomes como Milton Nascimento e Djavan também registraram suas vozes. A masterização foi realizada em Barcelona, na Espanha, por Fernando Delgado, que assina produções de Djonga, Baianasystem, Francisco, el Hombre e Zeca Baleiro. A produção é toda de Rubah, com arranjos, principalmente as criações de cordas, sob condução de Rone DMZ, explorando não apenas a tradicional veia punk de seu som, mas também influências do jazz, da música africana e até da música popular brasileira. A banda de apoio do álbum conta com Rone DMZ (guitarra), Cazão Drum (bateria) e Hiago Fernandes (baixo). Sobre Rubah Edgard Leite de Oliveira, o Rubah, vem se consolidando na cena do rock nacional, tendo passagens por diferentes projetos e bandas. Foi vocalista e fundador da banda MISERICORE (1999), com a qual gravou os discos “Cidadão Perfeito” (2001) e “Misericore” (2004); vocalista e fundador da banda Meka (2007); e baixista da banda Dops (2012). Com identidade musical que resgata a tradição dos bluesman e uma sonoridade única de rock do interior, longe dos vícios das capitais, Rubah vem conquistando cada dia mais público. Em carreira solo, lançou o EP “Encruzilhada” (2020), gravado no Estúdio Delírio Graba, em Buenos Aires, assinado pelo renomado produtor argentino Ivan Caplan. O segundo EP, “Libertad” (2021), foi lançado simultaneamente no Brasil, Cuba, Argentina, México e Itália, sob a produção de Jorge Guerrero (Elza Soares, Sepultura, Pitty, Cachorro Grande, Matanza, Dead Fish). Os 12 clipes lançados atraíram mais de 500 mil pessoas, confira neste link.
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