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Natureza morta: Rita Clemente estreia solo

Teatro de Bolso do Sesc Palladium em Belo Horizonte, nos dias 23, 24 e 25 de junho, sexta a domingo

Com texto de Mário Viana, a peça tem concepção geral e atuação de Rita Clemente e interlocução artística de Júlio Maciel, integrante do Grupo Galpão.

Fala sobre o fim do amor e do desejo – e, a partir daí, o início de uma nova jornada. Em “Natureza Morta”, uma mulher de meia-idade se encontra no ponto de ruptura definitiva: ela mata o marido para fazer uma viagem que planejava há anos. A ideia da viagem dispara questões no relacionamento dos dois e conduz a uma inevitável conclusão.

“Gosto do tema arquetípico do final de um relacionamento e o autor vai fundo nessa questão. Nas entrelinhas, vemos muita contradição e dúvidas por baixo das certezas e vontades dessa mulher”, diz Rita. “Quero muito que as pessoas sejam tocadas por esse trabalho. Reforço que é uma mulher de 55 anos falando de si e dessas mulheres também, de como chegamos numa idade em que gostaríamos de mudar tudo. Essa personagem está fazendo um esforço real para quebrar essa linha que nos separa de uma renovação, de uma vida nova, o que é sempre um esforço maior para nós, mulheres.”

O espetáculo se fundamenta na pesquisa de Rita intitulada “Solo, Sim: Estudo de Cena”, que tem como foco o deslocamento de uma narrativa direta e monológica em direção a um solo, admitindo interlocuções, mesmo que haja apenas um ator em cena. Para “Natureza Morta”, a artista estabelece como elemento primário a interlocução da personagem/atriz com o pintor do quadro.

Na peça, a mulher mata o marido e é surpreendida pela presença do próprio pintor. Tratando dos anseios de mulheres que já não são tão jovens e que tiveram os seus sonhos subjugados, o espetáculo transpassa as relações afetivas e o arrefecimento da paixão entre um casal para trazer à tona questões da vida de uma mulher em processo de enfrentamento de seus sonhos e desejos.

Para escrever “Natureza Morta”, Mário Viana se inspirou na tela “A Assassina” (1906), do pintor norueguês Edvard Munch (1863-1944), que conheceu em uma edição da Bienal de São Paulo. Na época, ele integrava um grupo de jovens dramaturgos, e ali foi convidado a escrever um texto curto sobre heroínas. A tela de Munch foi ponto de partida para essa história. “Para mim, a força do texto é a mistura de sentimentos da personagem. Ela ainda ama aquele cara? Amou mesmo? Tem medo? Está mesmo decidida a fugir?”, indaga Mário.

Para assistir a peça, os ingressos custam R$30,00 (inteira) e R$15,00 (meia entrada) e podem ser comprados na bilheteria do teatro ou pelo site do Sympla.

Rita Clemente

Destacada atriz, diretora e dramaturga mineira, tem vasta experiência em teatro e incursões em televisão e cinema, sendo reconhecida por sua pesquisa acerca das possibilidades de diálogo entre teatro e música. Na televisão, estreou como atriz no seriado “A Cura” (2010) e fez parte do elenco das novelas “A Vida da Gente” (2011-2012), “Amor à Vida” (2013), “Liberdade, Liberdade” (2016), todas pela TV Globo. No cinema, atuou nos longas-metragens “Pequenas Histórias” e “Batismo de Sangue”, do diretor Helvécio Ratton; protagonista do Especial de Natal COMADRES da Rede Globo em 2022. Rita é mestre em Artes e graduada em Música pela Universidade do Estado de Minas Gerais (UEMG), formando-se, também, pelo curso de profissionalização de atores da Fundação Clóvis Salgado (CEFART/FCS).

Sinopse:

O que fazer quando o que une duas pessoas está por instantes? “Natureza Morta” é um solo que dialoga, através do texto de Mário Viana, com a cena polifônica da atriz e diretora Rita Clemente.

Natureza Morta com Rita Clemente

Data: 23, 24 e 25 de junho

Horário: 20h

Local: Teatro de Bolso do Sesc Palladium

Rua Rio de Janeiro, 1046, Centro, Belo Horizonte/MG

Ingressos: R$30,00 inteira | R$15,00 meia

Vendas: bilheteria do teatro ou pelo site do Sympla

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