Nesta quarta-feira, dia 15 de novembro, acontece, na casa de shows Autêntica, em BH, a comemoração dos 15 anos do espetáculo “Não sou nenhum Roberto”, do cantor e ator Marcelo Veronez, sucesso absoluto em cartaz desde 2008. Estreando o formato pista com mesas e cadeiras na Autêntica.
Famoso nas noites belo-horizontinas, o espetáculo “Não sou nenhum Roberto” traz clássicos de Roberto e Erasmo Carlos com uma abordagem roqueira, sexy e dançante, sob a voz potente e performance teatral de Marcelo Veronez.
Nesses 15 anos de estrada, Marcelo já passou por capitais como Rio e São Paulo e cidades do interior de Minas como Ouro Preto, Itabira, Juiz de Fora, João Monlevade, entre outras, sempre com grande sucesso. Na capital mineira, integrou a mostra CineBH e realizou shows em espaços como SESC Palladium, Teatro Sesiminas, Praça da Liberdade, Parque Lagoa do Nado e o inferninho Gruta (sua casa oficial) e a Virada Cultural, tendo a participação de Odair José como convidado especial, na rua Guaicurus em noite histórica.
“Para mim é um orgulho e ao mesmo tempo um espanto. Um show que nasceu para uma ocasião especial, pra ser realizado apenas uma noite, comemorar 15 anos de apresentações ininterruptas. No teatro a gente costuma ver a mesma peça sendo encenada por 5, 10 e até 20 anos. Em música popular, é raríssimo”, diz Veronez.
Com uma enorme receptividade e agradando pessoas de todas as idades, o espetáculo mexe com a memória emotiva do público que sempre tem alguma história para contar sobre o repertório e a experiência vivida ali naquele momento, independentemente do nível de intimidade com a obra dos homenageados. Não raro, pessoas mais jovens relatam ter dificuldade de ouvir a obra original, mas dizem adorar a proposta do show.
Veronez acredita que a dramaturgia das canções e a oferta de drama que só esses clássicos conseguem entregar, aliadas à performance e à teatralidade levadas para a cena contribuem para trazer um refresco para esse repertório muitas vezes considerado cafona, antigo e brega. “Não sou nenhum Roberto” trata a obra com o respeito devido, sem jamais classificar as músicas com esses adjetivos tão inadequados. Mas também não abre mão do deboche, do humor e do erotismo contido nas entrelinhas das canções.
Para quem ainda tem dúvidas sobre o que se trata o show, Marcelo ressalta: “Sou um intérprete. As pessoas não vão encontrar ali uma cópia de Roberto e nem de Erasmo, o nome do show evidencia isso. O que eu faço é trazer essa obra pra dentro dos aspectos que me formam como artista de teatro, como pessoa LGBT, como alguém que começou a entender essa obra ainda adolescente nos anos 90 na periferia, junto com o bullyng e com os hormônios fervendo. Procuro, a partir disso, expor uma visão muito particular e que dialogue com o mundo atual, que possa evocar lembranças, mas que também possa apontar para o futuro, para novas perspectivas sobre essas lembranças. “O espetáculo ‘Não sou nenhum Roberto’ é um show de clássicos reinventados, de rock melodramático com camadas de glitter, purpurina e pitadas de memórias guardadas lá no fundo da alma de todos nós”, explica Veronez.
Sobre Marcelo Veronez
Marcelo Veronez é cantor, ator, diretor de teatro e de shows, formado pelo Teatro Universitário da UFMG (2003), com passagens pela Anthonio Escola de Canto e Primeiro Ato Centro de Dança. Em 2017, lançou o seu disco de estreia: “Narciso deu um grito”. Atuou nos espetáculos “Os Saltimbancos” de Chico Buarque, onde recebeu o Prêmio Sinparc como melhor ator coadjuvante em 2011. Veronez também é pesquisador do encontro entre teatro e música popular através do projeto “Rampa: treinamento cênico para artistas da música” e foi, por muitos anos, gestor da Gruta!, um dos espaços mais importantes da cultura underground e LGBTQIA+ de Belo Horizonte. Dirigiu shows de Déa Trancoso, Lamparina e Dolores 602, além de espetáculos de teatro sendo o mais recente a montagem de formatura dos alunos do CEFART, Palácio das Artes.
Atualmente Marcelo Veronez está no elenco de duas montagens de “Auto da Compadecida” de Ariano Suassuna. Uma sob direção de Gabriel Vilela junto do Grupo Maria Cutia de Teatro e outra sob direção de Chico Pelucio, em formato operístico, com a Orquestra Ouro Preto. Seus shows mais conhecidos são a versão erotizada e punk das músicas de Roberto, Erasmo e congêneres “Não sou nenhum Roberto”, sucesso absoluto em cartaz há 15 anos, desde 2008 em BH, e o show do disco “Narciso deu um grito” que ficou três anos em cartaz, percorrendo espaços como os teatros Sesiminas e Brasil, Cine OP, Praça da Estação, Virada Cultural, Festival Transborda, entre outros. O trabalho musical mais recente do artista é o show-discurso “Como se não tivesse acontecido nada”, apresentado no teatro do Galpão Cine Horto, no Festival Música Mundo, La Movida Micro Teatro, Teatro Sesiminas, Teatro Raul Belém Machado, A Autêntica e Virada Cultural, em BH. Marcelo também fez duas apresentações na SP Escola de Teatro, em São Paulo. Todos os shows citados estão gravados pela Rede Minas e disponibilizados no YouTube como especiais de TV da emissora.
Em mais de 20 anos de palco e 15 anos de música, Veronez já teve a sorte e a alegria de dividir o palco, cantar junto e de trabalhar com pessoas que admira profundamente, como Suely Machado, Babaya, Maria Alcina, Otto, Iconili, Julia Branco, Sérgio Pererê, Odair José, Zezé Motta, Maurício Tizumba e Elza Soares.
SERVIÇO
Espetáculo “Não sou nenhum Roberto”, do cantor e ator Marcelo Veronez,
comemora 15 anos em cartaz
Data: 15 de novembro, quarta-feira
Local: Autêntica: Rua Álvares Maciel, 312, Santa Efigênia – www.aautentica.com.br
Horário: A casa abre às 20h e o show começa às 21h
Ingressos em pé: R$ 40,00 antecipados
Ingressos para mesas esgotados.
Instagram:
@veronezcanta
YouTube:
Marcelo Veronez – Festival Somos Comunidade (Hypershow especial Rede Minas)
https://www.youtube.com/watch?v=Tx3zLSBWEyo&t=132s