A cantora e compositora Ana Rodrigues acaba de lançar “Chama”, single em parceria com o cantor, compositor, arranjador e instrumentista Augusto Cordeiro. Além do parceiro de composição, Ana contou com um time de peso nas gravações: Aloízio Horta, no baixo; Marcelo Dai, na bateria; Daniel Guedes, na percussão, e o dream team de metais que a acompanha nos seus shows. No trompete, Pedro Mota, que já dividiu o palco com ícones como Gal Costa e Elba Ramalho; no trombone, Pedro Aristides, e no sax, Vinícius Augustus, ambos reconhecidos por acompanhar a banda Skank e que agora, seguem juntos, o trio, com Samuel Rosa.
O trio de sopristas integra, pela primeira vez, um lançamento autoral da cantora, mas a parceria é de longa data pelos palcos da capital mineira. O dream team, como ela se refere a eles, é parte de grandes projetos que Ana lidera em BH: o tradicional baile de carnaval Bem te Viu, Bem te Vê, com mais de dez anos de história, e o show Coisas da Rita, que virou bloco de carnaval em 2024, arrastando uma multidão pela Avenida Bernardo Monteiro por mais de quatro horas.
“Chama” é mais uma canção que futuramente irá integrar o álbum “Muda”, sendo gravado majoritariamente na Ilha do Corvo, estúdio do músico, engenheiro de som e produtor musical, ganhador do Grammy Latino 2022, Leonardo Marques. O público está a acompanhar o lançamento do disco aos poucos: já foram lançadas as faixas “Muda”, “Autobiografia” e “Viva mi Revolución”.
Segundo Augusto Cordeiro, “Chama” é um Ijexá – ritmo de origem Iorubá, trazido ao Brasil pelos africanos escravizados. O artista foi o responsável por musicar a letra, atravessada por uma relação amorosa complicada, em que o eu-lírico se entrega, se aninha e expõe suas vulnerabilidades, enquanto o parceiro recua. O vai e vem, de entrega e recuo, também vai para melodia. Augusto trouxe um ritmo contagiante, que traz movimento e convida a dançar, entre versos por vezes doloridos.
“Eu costumo gostar bastante das coisas que a Ana escreve, acho que ela consegue colocar no papel, com bastante sensibilidade, o que ela está sentindo, o que ela está vivendo. Ela tem o coração à flor da pele. Isso me cativa na hora da leitura da escrita dela. Me identifico e consigo acolher, porque muitas das coisas eu já senti e já vivi”, comenta Augusto Cordeiro.
Sobre a parceria, Ana Rodrigues completa: “Foi impressionante a rapidez que ele deu o ritmo ao que eu tinha idealizado para ‘Chama’, além da maestria na elaboração dos arranjos e da condução das gravações. Augusto é um artista gigante, mas o que mais me encanta é que a pessoa dele é do mesmo tamanho. A parceria ainda contou com a participação da Mariana Guimarães, parceira de vida de Augusto, outra pessoa extraordinária, que foi fundamental para selar a junção de música e letra, consolidando a poesia que eu gosto tanto”.
SERVIÇO
Chama – Ana Rodrigues
Disponível em todas as plataformas digitais