A sessão final de Freud, vista por mais de 45 mil pessoas, foi realizada por Marc Saint-Germain e chegou ao Centro Cultural Unimed BH Minas, em Belo Horizonte.
Dirigido por Elias Andreato e estrelado por Odilon Wagner (que foi indicado aos Prêmios Shell e APCA 2022 por esta obra) e Claudio Fontana, o espetáculo é o pai da psicanálise e autor C.S. Lewis.
Sobre a peça “A Sessão Final de Freud”
A peça “A Sessão Final de Freud”, dirigida por Elias Andreato e com textos do premiado autor americano Marc Saint-Germain, é um grande sucesso no teatro brasileiro desde 2022. Com mais de 45 mil espectadores, a produção terá novas apresentações nos dias 26 e 27 de maio no Centro Cultural Unimed-BH Minas, localizado no Minas Tênis Clube em Belo Horizonte (Rua da Bahia, 2244, Lourdes).
A trama, que conta com a atuação de Odilon Wagner (indicado ao Prêmio Shell e Prêmio APCA 2022 por sua performance) como Sigmund Freud e Claudio Fontana como o escritor, poeta e crítico literário C.S. Lewis, é uma ficcionalização do encontro entre esses dois grandes pensadores do século XX, cujas ideias influenciaram a filosofia e a ciência da época.
Durante o diálogo no escritório de Freud, o renomado professor de Oxford e crítico literário C.S. Lewis e o crítico implacável da crença religiosa Sigmund Freud debatem o dilema entre o ateísmo e a crença em Deus, em uma discussão apaixonada que aborda temas como o significado da vida, a natureza humana, o sexo, a morte e os relacionamentos. O texto de Mark St. Germain é baseado no livro “Deus em Questão”, escrito pelo professor clínico de psiquiatria da Harvard Medical School, Dr. Armand M. Nicholi Jr.
Durante o debate, Freud questiona a escolha de C.S. Lewis de se tornar um cristão convicto, afirmando que um ex-ateu e intelectual brilhante como ele poderia “abrir mão da verdade por causa de uma mentira insidiosa”. A discussão é marcada pelo uso de ferramentas como escuta, sagacidade e economia para criar uma audiência envolvida e interessada. A ironia permeia toda a conversa e as ideias francas propostas deixam perplexos até mesmo os mais convictos ateus ou crentes.
O cenário da peça, assinado por Fabio Namatame (indicado ao Prêmio Shell de Melhor Cenário), retrata o consultório de psicanálise e pesquisa de Freud. Durante a Segunda Guerra Mundial, Freud teve que fugir da perseguição nazista na Áustria, e acabou se exilando na Inglaterra em 1939.
“Isso é uma armadilha e eu não queria que o show fosse uma discussão. São dois homens nervosos que sabem que Hitler pode bombardear Londres a qualquer momento.”
O diretor Elias Andreato escolheu a linguagem e encenação para que o texto seja o centro das atenções e a ideia esteja em evidência:
“O teatro é uma forma de arte na qual os atores encenam histórias específicas que evocam diferentes emoções no público.”
Sinopse da peça
No consultório de psicanálise de Freud, localizado na Inglaterra, o pai da psicanálise e o escritor C.S. Lewis debatem sobre a existência de Deus, mas a discussão verbal se expande para outros temas, como o sentido da vida, a natureza humana, o sexo e as relações interpessoais. O espetáculo, que utiliza ferramentas como o humor, a sagacidade e a escuta atenta como ponto de partida para boas conversas, consegue se conectar profundamente com o público. A ironia e o sarcasmo permeiam todo o diálogo, deixando-nos perplexos diante das ideias contundentes propostas pelos personagens, independentemente de nossas crenças.
