Revista Cenário Minas

Conheça os pratos típicos da Amazônia peruana

Você não pode deixar de perceber estes requintados e incomuns sabores.

No Peru, come-se bem tanto na costa, quanto na serra e na floresta. Nas margens do território incaico se pode desfrutar da culinária marinha mais famosa do planeta e nos andes pode saborear pratos deliciosos, intensos e milenares. E a gastronomia do oriente peruano? Tenha certeza de que, como no litoral e na altura, a floresta também pode oferecer-lhe suculentos pratos que aqui lhe apresentaremos.

Tacacho com cecina

O prato bandeira da culinária oriental peruana, tanto pela sua popularidade quanto pelo seu sabor incomparável. Mas, o que é o tacacho e a cecina? Bem, vamos por partes. Tacacho é o acompanhamento perfeito para a carne seca (cecina). Cozinham-se as bananas verdes para depois moê-las. Estas são preenchidas com torresmo (ou carne seca) e combinadas com gordura de porco, para dar-lhe formas esféricas.

Agora, a cecina é o que mais chama a atenção pelo seu intenso sabor. E não é que sua preparação tenha muita ciência: é uma porção (tipo de filete) de carne de porco defumada e seca ao sol, para em seguida, dar-lhe um toque de cor assando-a à grelha.

Juane

É um dos símbolos da gastronomia amazônica. Considerado também um prato místico, pois é relacionado com a Festa de São João, onde a cada 24 de junho rende-se homenagem a seu santo patrão. O que simboliza o Juane? Segundo os antigos moradores, a forma redonda que adquire este prato representa a cabeça de São João.

O arroz cozido, uma parte da galinha ou do frango, juntamente com a gema de ovo e os condimentos da localidade são cobertos pelas folhas de “bijao”. Depois, o juane é cozinhado em água fervente. Além da tradicional forma redonda, também é armado em forma retangular, como se fosse um tamal.

Patarashca

´Dobrar, colar ou envolver’ seria a tradução em quechua do nome deste prato. E tem muita relação com a preparação deste delicioso prato: o peixe (de rio) é envolvido em folhas de “bijao” juntamente com especiarias e condimentos oriundos da floresta, antes de ser assado em carvão ou à grelha. O peixe ao estar encerrado durante seu cozimento obtém um aroma fumado que atrai grandes e pequenos comensais. Para acompanhar o prato, ele é geralmente servido com mandioca ou banana cozida.

Inchicapi

As sopas também têm que ter um representante na gastronomia da floresta. Os moradores têm a crença que esta sopa é “recuperadora” e recebe seu nome pelos vocábulos quechuas inchik (amendoim) e api (sopa). São cortados pedaços de galinha (de capoeira), de amendoim liquefeito ou moído (também conhecido como amendoim descascado), farinha de milho, coentro, mandioca e cebola picada. É acompanhada com arroz ou mandioca cozida. A sua textura é um pouco espessa, mas o sabor é espetacular.

Salada de chonta ou palmito

Se quiser comer algo mais leve (mas igualmente delicioso) também pode inclinar-se pela salada de chonta ou palmito. Este prato refrescante é dos mais pedidos na região San Martín, especialmente durante a Semana Santa. A chonta que é utilizada como insumo é a parte interior da palmeira que só cresce nesta zona do Peru. As finas tiras brancas são cortadas em pequenos pedaços e lavadas duas a três vezes, pelo forte cheiro que emana. Acompanha-se com alface, tomate, abacate, limão e sal, mas o resto dos ingredientes pode variar de acordo com o gosto do comensal.

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