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Volta às aulas sem espirros: como proteger crianças

Com o início do ano letivo, muitas crianças e adolescentes enfrentam desafios que vão além da adaptação acadêmica. Para quem sofre de rinite alérgica ou asma, o retorno ao ambiente escolar pode trazer uma série de gatilhos para crises respiratórias, como mochilas e materiais escolares acumulando poeira, salas de aula climatizadas inadequadamente e até a maior circulação de vírus respiratórios entre as crianças e adolescentes. Segundo o Dr. Mauro Gomes, médico pneumologista, professor da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de S. Paulo e consultor da farmacêutica Glenmark, pequenos cuidados podem fazer toda a diferença para garantir o bem-estar e o desempenho dos estudantes.

Um dos primeiros passos é higienizar mochilas, cadernos e livros antes do uso. Esses itens, muitas vezes esquecidos ou armazenados em locais empoeirados durante as férias, podem ser grandes acumuladores de ácaros, principais desencadeadores de crises alérgicas. “Antes do início das aulas, é essencial limpar as mochilas e verificar se os materiais escolares estão livres de poeira. Isso ajuda a reduzir os riscos de irritação nas vias aéreas e melhora o conforto respiratório dos estudantes”, explica o Dr. Mauro.

Além disso, o ambiente escolar em si pode apresentar desafios. Salas de aula com ar-condicionado, por exemplo, precisam de manutenção constante. Quando malconservados, os sistemas de climatização podem acumular fungos e bactérias, que são prejudiciais para crianças e adolescentes com condições respiratórias sensíveis. Já os ventiladores, comuns em muitas escolas, também requerem atenção, pois podem espalhar partículas de poeira pelo ambiente. “A limpeza regular do ar-condicionado e a higiene do espaço escolar são fundamentais para criar um ambiente saudável. Isso é especialmente importante no caso de alunos alérgicos ou asmáticos, que são mais frágeis a esses fatores”, reforça o médico.

Outro ponto de atenção está relacionado aos uniformes e roupas que, muitas vezes, ficam armazenados por meses no fundo dos armários. Antes do uso, é importante lavar essas peças para eliminar poeira e mofo acumulados, preferencialmente utilizando produtos que não causem irritação na pele.

O especialista também destaca a importância de um planejamento cuidadoso, que envolva não apenas os pais, mas também os professores e a equipe escolar. Estar atento aos sinais de desconforto respiratório nos primeiros dias de aula e comunicar qualquer necessidade especial à escola pode ajudar a prevenir problemas maiores. “Um ambiente escolar saudável depende de uma abordagem integrada, que considere tanto a manutenção dos espaços físicos quanto o diálogo aberto entre pais, alunos e educadores”, ressalta o médico.

Com medidas simples, é possível garantir uma volta às aulas tranquila e produtiva para crianças e adolescentes com rinite e asma. Assim, elas podem se concentrar no aprendizado sem interrupções, vivendo plenamente a experiência escolar.

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