22.5 C
Belo Horizonte
seg, 17 novembro 25

Calor requer cuidado redobrado com as marmitas

Brasileiros que levam comida caseira para o trabalho precisam de atenção com a qualidade dos alimentos e a limpeza das quentinhas; biomédica explica como melhorar a segurança alimentar

Levar marmita para o trabalho virou hábito entre os brasileiros. Desde a pandemia, o número de trabalhadores que prefere consumir refeição caseira vem crescendo. A pesquisa Panorama da Alimentação no Trabalho, realizada pelo Instituto QualiBest, mostra que 42% de quem trabalha fora já aderiu a essa prática.

O levantamento da Galunion, consultoria especializada no setor de alimentação fora do lar, traz números ainda mais expressivos: 71% dos trabalhadores brasileiros optam pela marmita. Destes, 78% são mulheres.

O hábito de levar comida para o trabalho tem diferentes motivações. As principais são a escolha de alimentos mais saudáveis e a economia de tempo ou dinheiro. Seja qual for o caso, é essencial ter atenção ao tipo de alimento transportado e fazer a limpeza correta da marmita para evitar riscos à saúde.

De acordo com a biomédica Yasmin Carla Ribeiro, as altas temperaturas registradas neste verão favorecem a multiplicação de microrganismos como Salmonella, Escherichia coli e Staphylococcus aureus – bactérias responsáveis por intoxicações alimentares que podem causar diarreia, vômitos e dor abdominal

“Além do cuidado com a qualidade, a preparação e a refrigeração dos alimentos, os recipientes usados para levar a comida ao trabalho precisam ser higienizados corretamente”, alerta a professora do curso de Biomedicina do UniCuritiba – instituição que integra a Ânima Educação.

Pesquisadora nas áreas de Nanotecnologia, Cultivo Celular, Microscopia e Biologia Molecular, Yasmin explica que a combinação de calor, restos de alimentos, umidade ou contato da marmita com superfícies contaminadas pode colocar a saúde dos usuários em risco.

Entre as boas práticas de higiene estão: lavar a marmita com água quente e detergente neutro; usar uma escovinha se o recipiente tiver muitas frestas ou cantos que podem armazenar restos de comida e higienizar a marmita com álcool 70% ou uma solução de água sanitária (uma colher de sopa em um litro de água).

A professora de Biomedicina do UniCuritiba lembra que separar ou desmontar todas as partes da marmita facilita a higienização. “Depois de lavar cada peça é importante secar tudo com um pano limpo, já que a umidade residual pode favorecer o crescimento de microrganismos. Para guardar a marmita vazia, escolha um local protegido de poeira e insetos”, ensina a mestre e doutoranda em Biologia Celular e Molecular.

Segundo a biomédica, a segurança alimentar das marmitas feitas em casa depende de um conjunto de cuidados básicos par reduzir o risco de contaminação, como: higiene da cozinha, dos utensílios, das mãos e dos próprios alimentos; escolha dos ingredientes; prazo de validade dos produtos; processos de cozimento e preparo correto dos alimentos; resfriamento das refeições antes de colocá-las na marmita; armazenamento em temperatura adequada e transporte das refeições em bolsas térmicas, dependendo da distância entre a residência e o local de trabalho.

Posts Relacionados

Confraria VIVA realiza 3ª edição inspirada na Argentina em BH

A Confraria VIVA, projeto idealizado por Cibele Faria para...

Policial militar reformado vira réu por feminicídio

Crime aconteceu em outubro deste ano no bairro Carlos...

Bolsa Família chega a mais de 1,3 milhão de beneficiários

Valor médio do benefício no estado é de R$...

Justiça mantém Programa de Transferência de Renda em Brumadinho

Mineradora deve manter pagamento a atingidos por rompimento de...

Engenharias da Uniube estão entre as melhores de Minas

Cursos se destacaram na avaliação anual do ensino superior,...

Novidades

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui