A voz macia do cantor e compositor Luã Yvys e o dedilhado suave no violão que abrem a faixa-título ‘Deixei meu coração na Bahia’ traduzem a essência e o clima do álbum do artista, que chega às plataformas digitais no próximo dia 11 de abril. Com 10 faixas autorais, sendo quatro inéditas, uma regravação e cinco lançadas recentemente no formato de single, o disco fala de amor, saudade e leveza. É uma viagem sonora que deixa o ouvinte com a sensação de estar à beira-mar.
Nas palavras de Luã, ‘Deixei meu coração na Bahia’ é um mergulho profundo nas emoções de um amor que ficou gravado na memória, como a brisa das praias baianas e o canto das sereias. A faixa, composta em 2014 (em parceria com Jorge Nova) e que intitula o álbum ganhou a participação especial de seu padrinho, Caetano Veloso, é uma homenagem a Caymmi, Bonfim e à essência da Bahia, que permeia todo o projeto.
Deixei meu coração na Bahia
Terra de Caymmi e Bonfim
Guardei aquela fita benzida
Que um dia você deu pra mim
(verso)
Desde o primeiro momento em que compus essa canção, ouvia a voz do meu padrinho cantando. Achava a cara dele, afinal ele sempre foi uma inspiração pra mim. Quando pensamos em colocar um samba neste álbum, logo me lembrei dela. Tomei coragem para fazer o convite, entrando em contato primeiramente com Paula Lavigne. Quando recebi a resposta de Caetano (“Luã, acabo de ouvir seu gostoso samba e senti orgulho. Quero, sim, gravá-lo com você”), foi uma emoção indescritível, como a realização de um sonho. E a sensação de vê-lo gravando no estúdio com tanto cuidado e carinho foi ainda mais surpreendente pra mim, lembra o artista.
Outro destaque do disco é ‘Ainda Tenho Asas’, primeira e única parceria de Luã Yvys com sua mãe, Elba Ramalho. A canção foi composta no verão de 2019/2020 sob encomenda da artista, que na época pediu um xote romântico, e foi gravada pela primeira vez para o álbum “Eu e vocês”, de Elba.
Por sugestão do produtor musical Filipe Soares, Luã fez uma nova roupagem, mais animada, para encaixar na proposta do disco. Elba comenta sobre a nova versão: A canção ganhou um toque menos regional e mais universal. Por si, a música já é muito atraente, mas o canto e o balanço do Luã nos leva a voos mais altos, ficou linda!.
A faixa celebra a liberdade e o poder de seguir em frente, mesmo quando o amor parece ter chegado ao fim. Mistura introspecção e esperança, com uma melodia que convida à reflexão sobre a importância de viver o presente e deixar a vida acontecer sem pressões. Apesar de falar de um amor que acabou, a letra transmite uma mensagem de confiança e leveza, reforçando a ideia de que a alma sempre tem asas para voar, destaca o artista.
Produzido por Luã Yvys (que além de cantar também toca violões e sintetizadores em algumas faixas), em parceria com Filipe Soares, integram à ficha técnica do álbum nomes de músicos consagrados como Dirceu Leite, considerado um dos mais importantes instrumentistas de sopro do Brasil, Rafael dos Anjos, violonista, Marlon Sette, trombonista, Federico Puppi, violoncelista e outros.
Entre as músicas inéditas do novo disco estão ‘Fica aqui’, que carrega melodia suave e envolvente, com versos que falam de desejos profundos e momentos de cumplicidade. Uma canção que transporta o ouvinte para o instante perfeito, onde o lugar do coração é, sem dúvida, ao lado de quem amamos.
‘Pra acalmar seu coração’, música recheada de carinho e delicadeza, que deixa transbordar em cada verso o desejo de trazer paz e alegria ao outro. Na faixa o artista se entrega ao amor com promessas de aconchego, risos e momentos simples de felicidade. A canção é como um abraço sonoro, um convite para deixar para trás as preocupações e se entregar ao prazer da companhia de quem se ama, afirma o cantor.
‘E se a vida’ fala sobre a saudade e o desejo de um recomeço. A canção traz uma reflexão sincera sobre os momentos que ficaram para trás e a chance de reconquistar o que se foi. Com um refrão envolvente e um arranjo cheio de reviravoltas, o artista expressa o anseio de ter novamente ao seu lado a pessoa amada. Um convite à segunda chance, cheio de emoção e vulnerabilidade.
Também fazem parte do álbum as faixas ‘Ao seu dispor’, ‘Filha de Iemanjá’, ‘Duvidei’, ‘Me Beija’, feat com Mariana Volker, e Onde For Me Leva. As músicas foram lançadas no formato de single entre novembro de 2024 e março de 2025.
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Luã Yvys (Foto Christian Bittencourt)
LUÃ YVYS
Nascido em berço musical, Luã Yvys carrega consigo uma busca incessante pela música que transcende rótulos e limitações. Formou-se em 2012 na Berklee College of Music, em Boston, nos Estados Unidos, e iniciou a carreira como produtor, tendo produzido em seu próprio estúdio álbuns de Elba Ramalho e recebido no mesmo espaço projetos com artistas como Luísa Sonza, Xande de Pilares, Dudu Nobre e Casuarina, entre outros.
Em 2019, Luã lançou seu primeiro álbum, ‘Essenímico’. Autoral, o disco apresentou uma jornada interior e conceitual do artista, que canta, toca, compõe, arranja e produz todas as faixas. No novo projeto, ‘Deixei meu coração na Bahia’, o artista se apresenta novamente ao público, trazendo uma sonoridade mais pop e bem brasileira.
O meu novo álbum inaugura uma nova fase da minha carreira. É a primeira vez que produzo um disco em parceria e isso me fez aprender muito. Filipe Soares, que produziu o álbum comigo, sugeriu alguns nomes que eu nunca tinha trabalhado e foi uma experiência muito positiva, eles deram uma personalidade única para cada música. Pensei em um repertório mais pop, com referências que o público vai se identificar. É um disco para curtir o pôr-do-sol, ouvir com um amor, a família, os amigos e todo mundo cantar junto, revela Luã.
