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Polarização política prejudica o varejo e o país

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O Inova Varejo BH, realizado pelo Sistema Fecomércio MG nesta sexta-feira (03), no Minascentro, reúne cerca de 2 mil pessoas no dia de hoje. A terceira edição do evento tem o objetivo de trazer conteúdo de relevância para os comerciantes mineiros por meio de painéis informativos e palestras com especialistas. O apresentador Fábio Porchat é o mestre de cerimônia do Inova Varejo BH.
O publicitário Walter Longo foi o primeiro palestrante depois da abertura feita pelo presidente do Sistema Fecomércio MG, Sesc e Senac, Nadim Donato. Longo falou sobre a mudança de comportamento do consumidor numa era que chamou de pós-digital em que é preciso atender e entregar com agilidade. Segundo ele, agora é preciso haver um olhar para o negócio para além do digital, com foco nas demandas individuais para entender o que o consumidor está vivendo naquele momento da vida.
“As redes sociais podem ser utilizadas para antecipar as entregas ao cliente”, disse. Conforme o publicitário, a Inteligência Artificial é uma ferramenta importante para o varejo, especialmente para as pequenas empresas que reduzem custos e ganham competitividade ao usá-la para fazer gestão de estoques e análise de dados preditiva, por exemplo. “Adaptabilidade é o nome do jogo”, sugeriu.
O professor e PHD em ciência política, Felipe Nunes, diretor do Instituto de Pesquisas Quaest, abordou a polarização política e surpreendeu ao informar que o número de brasileiros que se colocam nos extremos da política, de esquerda e de direita, é menor do que o número dos que optam pelo centro.
 “São 16% de petistas bem vermelhinhos e 13% de bolsonaristas enquanto os independentes, que não se identificam com nenhum dos polos, são 31%”, destacou.  De acordo com Nunes “a polarização está na cabeça das pessoas e faz efeito na nossa vida”, acrescentando que esse é um fato que prejudica o varejo e o desenvolvimento do país e precisa ser superado.
Pesquisas citadas pelo professor mostram também muita desinformação e desconfiança dos brasileiros. “A polarização combina a bolha, a desconfiança e a ilusão do conhecimento”, frisou. Segundo ele, a taxa de confiança interpessoal do brasileiro é de 6%, uma das mais baixas do mundo o que indica prejuízo para os negócios uma vez que a confiança está nas bases de qualquer relacionamento, inclusive comercial.
“Acho que o brasileiro está mesmo é cansado já que 84% possuem mais de um trabalho”, argumentou Felipe que chamou o presidente Nadim Donato para participar da conversa. Donato então apresentou à plateia a proposta que a Fecomércio MG está levando para o debate público do contrato por hora trabalhada. “Desde a pandemia que as pessoas estão buscando mais qualidade de vida e essa busca inclui mais liberdade para trabalhar”, disse o presidente do Sistema Fecomércio MG, acrescentando que os empresários precisam se adequar ao momento. O professor Felipe Nunes concordou. “De fato, houve uma mudança de mentalidade e acredito que haja espaço para debate. A maioria dos brasileiros quer horário de trabalho mais flexível de acordo com os anseios de cada um”, concluiu.

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