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AMIHLA critica fim do programa Perse e aponta prejuízos

A Associação Mineira da Indústria de Hotéis e Lazer (AMIHLA) se posiciona firmemente contra a extinção do Programa Emergencial de Retomada do Setor de Eventos (Perse), medida que impacta diretamente o setor hoteleiro mineiro e nacional. O fim do incentivo fiscal, previsto para abril, ameaça a recuperação de milhares de empreendimentos em Minas Gerais que ainda lidam com os prejuízos acumulados durante a pandemia.

O turismo mineiro vem se consolidando como uma das principais alavancas econômicas do estado, impulsionando setores como gastronomia, entretenimento, transporte e hotelaria. No entanto, a AMIHLA alerta que essa trajetória de recuperação está sob ameaça com a interrupção do Perse. “O futuro do turismo em Minas Gerais está em jogo. O Perse foi fundamental para a retomada dos negócios pós-pandemia, e sua extinção pode comprometer a sustentabilidade de consideráveis hotéis, especialmente os pequenos e médios empreendimentos, que ainda lutam para equilibrar suas finanças e coisas que ainda foram beneficiadas pelo programa”, destaca Alexandre Santos, presidente da AMIHLA.

Incentivo para uns, prejuízo para outros: a desigualdade na aplicação do Perse

A AMIHLA também destacou uma aplicação do Perse, pois enquanto grandes empresas de tecnologia e influenciadores digitais foram contemplados com renúncias fiscais milionárias, como o iFood, que recebeu mais de R$ 330 milhões em incentivos, e influenciadores como Felipe Neto (R$ 14 milhões) e Virgínia Fonseca (R$ 4,5 milhões), pequenos hotéis, especialmente os optantes pelo Simples Nacional, foram excluídos do programa. “Com isso, os hotéis que realmente necessitavam do incentivo ficaram à mercê de uma recuperação lenta e, agora, amargam prejuízos e parcelas de empréstimos contraídos para manter suas operações”, protestou o presidente da AMIHLA.

Segundo estimativas da AMIHLA, cerca de 70% dos CNPJs do setor hoteleiro e turístico de Minas Gerais não tiveram acesso ao Perse, uma omissão que compromete a retomada econômica de milhares de empreendimentos. “A falta de classificação na concessão do benefício penalizou justamente aqueles que mais preferencialmente. Enquanto grandes empresas e influenciadores viram seus lucros dispararem com o fortalecimento do digital, pequenos hotéis, que sustentam o turismo regional e a economia local, foram ignorados e seguiram lutando para sobreviver”, critica Santos.

Diante do cenário preocupante, a AMIHLA ingressou em 2024 com uma medida judicial para solicitar a restituição dos impostos pagos nos últimos dois anos por hotéis que não foram contemplados pelo Perse. Agora uma entidade conjunta com outras associações do setor, intensifica sua mobilização no Congresso Nacional para reverter a decisão e garantir que o setor continue avançando em sua recuperação.

Cenario Minas
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