O tradicional ponto de ônibus da cidade, virou um espaço ecológico mais agradável, tanto para os usuários do transporte público quanto para quem apenas passa pela região, da Pampulha. Às margens da avenida Pedro I, a instalação do abrigo foi uma contrapartida exigida pelo poder público ao centro de compras, que ladeia a via logo após viaduto da avenida Portugal, no sentido centro-bairro.
mpendo um padrão bastante característico das calçadas importante empreendimento na região inovou ao modificar a estrutura de um abrigo de ônibus.
Parte do local foi implantado um sistema auto irrigável de fácil manutenção, conferindo mais beleza e consciência ecológica ao equipamento. O resultado agradou em cheio a Empresa de Transportes e Trânsito de Belo Horizonte (BHTrans), que além de aprovar a modificação inédita, planeja multiplicar a ideia BH afora, levando para outros pontos da cidade.
“Desde quando recebemos o aviso para a execução da obra pensamos em fazer algo diferente. Seria até mais prático, e barato, seguir o padrão do restante da cidade, mas queríamos aproveitar a ocasião para transformar o local em um ambiente mais acolhedor e bonito, carregando uma mensagem social importante”
, explica a arquiteta do Grupo LGN, que administra o ViaBrasil Pampulha, Fabíola Brambila.
Ciente que o desafio de uma aprovação fora do padrão para intervenções em grandes centros urbanos seria maior, Fabíola conta que após tratativas com a Ecominas – empresa que realiza o licenciamento ambiental de obras em espaços públicos em BH, e com a fabricante das estruturas, desenvolveu e apresentou a proposta de modificação para a BHTrans. “Como ninguém havia feito uma modificação como essa, ficamos receosos em não conseguir a liberação, mas nossa confiança estava depositada no papel social que aquele abrigo cumpriria, na mensagem que ela passaria, e na beleza, claro, que ele traria para o local. Com uma pegada ecológica, desenvolvemos um abrigo com plantas da espécie Tumbergia, instaladas em um suporte auto irrigável de fácil manutenção e com um custo relativamente baixo. Apresentamos à BHTrans que, de bate pronto, aprovou o projeto e liberou a produção do equipamento”, detalha.
Entregue recentemente à população, o abrigo teve um custo adicional de aproximadamente R$ 8 mil reais, por conta das alterações, e que, de acordo com Fabíola, foi recompensado pela receptividade dos usuários e passantes do local, que aprovaram a nova estrutura. “O feedback tem sido bastante positivo. Sabemos que uma ação como essa pode não surtir efeito se realizada de forma isolada.
Entretanto, se a sementinha que plantamos for acolhida e plantada por outros empreendedores da cidade, podemos juntos transformar as áreas coletivas da nossa cidade, deixando-as mais bonitas e atraentes, afinal, a cidade é uma extensão da nossa casa e temos o dever de cuidá-la e preservá-la”, declara.
Ao que tudo indica, os frutos da ideia inovadora irão prosperar na capital, pois de acordo com sondagens da BHTrans aos responsáveis pelo projeto, ele pode estar próximo de florescer em outros pontos da cidade. “A equipe da BHTrans gostou bastante da ideia e do resultado. Eles já nos solicitaram todos os dados do projeto e estão em tratativas para que a ideia não pare por aqui. Será um grande prazer ver pontos de ônibus espalhados pela cidade, já que verde nunca é demais, sobretudo em uma metrópole cada vez mais cinza como Belo Horizonte”, encerra Fabíola.
