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sáb, 15 novembro 25

Trupe Estrela apresenta o espetáculo Bater Laje

Em algum tempo e espaço, algumas pessoas são convocadas pelo grande Sol Rá,  com a missão de construir uma casa-nave, dando forma aos sonhos e sentido ao ato comunitário de erguer novos espaços e realidades possíveis. Para isso, cada uma traz consigo aquilo que considera essencial, contribuindo de modo singular para a construção de um lugar que carrega o destino de uma nova história.

“Bater a laje no céu da boca dos nossos sonhos” — frase da poeta e ativista Nívea Sabino — foi o ponto de partida que instigou o Núcleo Negro de Teatro da Trupe Estrela na criação coletiva do novo espetáculo do grupo: “Bater Laje”.

A ação de bater laje nas comunidades periféricas é um movimento de mutirão e união entre amigos, famílias e vizinhos, em um trabalho regado a bebidas, churrasco e muita alegria,  que se transforma numa grande festa.

Bater Laje, espetáculo da Trupe Estrela, com dramaturgia coletiva do grupo, tem como proposta artística investigar e revisitar memórias e sonhos felizes dos atuantes,  personagens que se parecem com tantos outros das nossas periferias, pessoas que vivem em comunidade e se ajudam mutuamente nas demandas da vida. Esses personagens comuns se reúnem num mutirão para construir uma laje que, em algum momento, se assemelha a uma nave espacial  num conceito afrofuturista, com referências ao músico de jazz norte-americano Sun Rá, que, no espetáculo, é chamado de Sol Rá, uma energia cósmica acessada por um dos personagens.

A ideia da construção da laje/nave, segundo a diretora e dramaturga do espetáculo, Michelle Sá, é explorar o imaginário da “nave-casa”, do “barraco que vai voar”. Em algum momento, essa construção espalha a memória das pessoas por uma energia cósmica ancestral, que se perpetua no espaço através da musicalidade,  sons espaciais interpretados por duas musicistas, Júlia Deodora que assina a direção musical e realização da trilha com a musicista Cissa do Cavaco. As manifestações culturais negras como o samba e o vissungo estão presentes também nos cantos entoados pelos atuantes, que cantam e tocam instrumentos ao longo do espetáculo.

A história contada pela Trupe Estrela apresenta ao público personagens presentes em muitas comunidades periféricas: a mestra de obras ( Lelê Cirino) ,  o servente malandro (Ndpcon) , o cozinheiro (Matheus Gepeto), o churrasqueiro ( Luscas Gonçalves de), a criança (Carol Mezanto),  o velho senhor  ( André de Paula) que sempre aparece como uma referência para os mais jovens.

A Trupe Estrela é um grupo de teatro surgido em 2013 no Espaço Comum Luiz Estrela, em Belo Horizonte. Com uma trajetória marcada pela criação coletiva e pela ocupação de espaços públicos, seus espetáculos abordam temas sociais como luta por moradia, populações marginalizadas e críticas ao agronegócio. Entre suas criações estão Estrela ou Escombros da Babilônia, Assembleia Comum, Visita Guiada, A Coisa, Babylon Cabaret e Cabaré Fitness. O grupo também atua com performances, intercâmbios e projetos multimídia, como o podcast Becos Sonoros. Já se apresentou em festivais como o FIT-BH, Mostra de Direitos Humanos (ZAP 18)  e a Virada Sustentável de BH.

SERVIÇO:

 LOCAIS, DATAS E HORÁRIOS:

– 1° apresentação –  Praça Cardeal Arco Verde no Bairro Nova Cintra – 26/07 – 116h

– 2° apresentação – Residencial Esplêndido no Bairro Jardim Vitória – 27/07 – 16h

Classificação indicativa: Livre

Duração: 90 minutos

Acessibilidade: Libras

Cenario Minas
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