Espetáculo trata, com humor e emoção, a vida do homem que se tornou o maior ecologista da história
Em pleno tempo de homenagens a tantos ícones da história artístico-cultural de toda ordem, surgiu a ideia de se falar sobre um grande herói, Francisco de Assis. Tudo com muito humor, como é característico na trajetória de sucesso de Carlos Nunes, nos palcos mineiros. Isso, além da riqueza histórica e uma boa dose de poesia. Ele divide o palco com o ator Fernando Couto, com direção do próprio Carlos Nunes, e texto de Márcio Ares.
O espetáculo traduz a imagem não só do santo, mas do homem genial que foi Francisco, da sua infância até a sua morte. Toma-se dele a humanidade com que enfrentou o seu desafio de mais amar que ser amado. “A ideia é fazer rir sem ofender. É divertir sem blasfemar. Sem ferir a aura de santo que lhe é peculiar, o espetáculo mostra, sob uma nova e divertida perspectiva, a sua fraterna existência sobre a terra”, explica o ator.
A Itália do século XIII, onde e quando viveu Francisco, vai se estender até os tempos atuais e outros tantos lugares. Com muito humor e delicadeza, Francisco visitará aldeias italianas, mas também Brasília, escolas e asilos brasileiros, o interior da alma de um povo latino, dos simples e dos abastados, dos povos ribeirinhos e dos grandes fazendeiros. “A peça toca as alegrias e as faltas desse nosso povo brasileiro”, adianta Carlos Nunes. É nesse deslocamento espaço-temporal que Francisco, muito mais homem que santo, faz os seus muitos milagres.
A montagem se configura um grande desafio, em sua concepção, texto, música e cenário, para que se dê o riso sem que se perca a imagem centenária desse grande personagem. A coragem, a força e a beleza que entremeiam o espetáculo exibem, no palco, o talento dos homens e a alegria de um artista, mas também a fé de um povo que, não obstante toda a sua crença, anseia por um Deus mais próximo e verdadeiro.
“Tarefa árdua, embora prazerosa, fazer uma comédia sobre tal personalidade. No desafio reside, no entanto, o inusitado do texto”, declara o ator, referindo-se ao autor Márcio Ares, que, além de poeta e cronista, formado em Letras e Filosofia pela PUC-Minas, é também Capitão da Polícia Militar de Minas Gerais. “A poesia é o seu refúgio. A escrita é sua salvação. E o olhar descontraído para os detalhes dessa história é o nosso ideal de fazer rir”, diz Carlos Nunes.
O texto possibilita identificar a singularidade de Francisco que habita as nossas mais diversas relações de interatividade com o outro, com o mundo, com nós próprios. Rompe com as convenções culturais e coletivas que caracterizam o mundo contemporâneo, com seu estilo e verdades tão diversificados, recriando seus múltiplos significados. Na peça, a poesia e o humor assumem o domínio da alegria. Mais uma vez, o ator Carlos Nunes assume a arte de fazer rir e divertir os seus espectadores.
O ator
Carlos Nunes é formado em Artes Cênicas pelo Palácio das Artes e tem em seu currículo diversas comédias de sucesso, tais como: “Com Jeito Vai”, “O Noviço”, “A Comédia dos Sexos” – quando dividiu o palco com o grande Rogério Cardoso, “Pérolas do Tejo”, “Como Sobreviver em Festas e Recepções com Buffet Escasso” e “Comi uma Galinha e Paguei o Pato”. Tem ainda em seu curriculum o Prêmio Multishow do Bom Humor, além de participações em programas como Sai de Baixo, A Diarista, Show do Tom e Programa do Jô.
Teatro Nossa Senhor das Dores | Av. Francisco Sales, 77 – Floresta
04 de outubro de 2024 | sexta, 20h
R$60 (inteira) | R$30 (Meia)
Vendas online: sympla.com.br