Revista Cenário Minas

Flor Grassi lança choro tipicamente brasileiro

Gravado em tomada única, o segundo single da carreira da cantora e compositora Flor Grassi traz em peso a sonoridade do choro. “Levada calma, porém dramática” é como define o single, lançado no dia 25 de agosto. Sem cortes e quaisquer elementos eletrônicos, a produção ressalta a espontaneidade e improvisação natas do estilo musical.

A gravação contou com músicos especiais: Marcos Frederico no bandolim, Tiago Arakilian no pandeiro, Davi Leão no violão e Dan Oliveira no violão de 7 cordas. A construção evoca a tradição da roda de chorinho, considerado a primeira música urbana tipicamente brasileira.

Flor cita como cresceu sob a influência do estilo. O pai, Tiago Arakilian, diretor de cinema e também músico, durante a juventude, possuía uma banda de chorinho. Trazê-lo nessa produção aconteceu de forma natural, como parte desse processo de troca de referências que parece ter se iniciado, desde a infância, no contato da cantora com as apresentações e coletâneas do pai.

A faixa teve produção do Música aos Montes, selo de Belo Horizonte que atua desde a produção musical até a produção executiva. Para Flor, o MaM é, para além de um selo, um espaço de trocas e de empoderamento artístico. “A Carol Figueiredo e o Dan Oliveira (fundadores da iniciativa) nos acolhem para além da música. Eles nos mostram coisas novas, proporcionam novos contatos e nos impulsionam a seguir nossa identidade”, ressalta.

O single é a primeira faixa lançada de um EP, que será lançado ainda no ano de 2023. A composição, da própria intérprete, é uma declaração de amor poética para um destinatário que não demonstra sentimento recíproco qualquer.

Sobre Flor Grassi

Com o single “Saudade Invade”, Flor atingiu 120 mil streams em uma semana no Spotify. Hoje, o single de estreia ultrapassa 235 mil plays. Conseguiu consolidar, no primeiro lançamento, uma identidade forte que mistura o clássico da MPB, encabeçado por artistas como João Gilberto e Caetano Veloso, ao contemporâneo.

Apesar de muito nova, aos 17 anos de idade, Flor expõe muita maturidade artística – perceptível na voz firme e encorpada que vem encantando o público belo-horizontino. Na cidade mineira, onde também morou de 2015 a 2020, realizou cursos e oficinas no Grupo Galpão e no Grupo Corpo, grupos mineiros mundialmente reconhecidos no teatro e na dança, respectivamente.

Além do talento, sua rica trajetória e formação artística ajudaram-na a criar uma clara familiaridade e liberdade nos palcos. Flor Grassi também fez teatro musical na PPAS – Professional Performing Arts, ensino médio profissionalizante de Nova Iorque, onde também foi protagonista do musical “Les Demoiselles de Rochefort”.

Apesar do apego aos clássicos da MPB, nas composições e nas performances, mistura, a todo momento, influências da música atual. Novas gerações de artistas como Zé Ibarra e Julia Mestre, que lideram a banda Bala Desejo, são referências que costuma citar.

Flor conta que sua relação com a música é “algo inevitável”, que de certa forma, parece estar consigo desde que nasceu e, com naturalidade, segue com ela desde então.

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