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qui, 20 março 25

TUDO É JAZZ volta com tributos a Ray Charles e Pixinguinha

Itabirito se prepara para, mais uma vez, ser palco de uma das etapas do maior festival de jazz da América Latina, o Tudo é Jazz. Apresentado pela Gerdau, o evento homenageará Ray Charles e Pixinguinha com shows de 22 a 24 de novembro (sexta-feira a domingo), e a exposição “Ray Pixinguinha”, no período de 20 a 25 de novembro, na Praça do Centenário. A programação é toda gratuita e integrará a Semana da Consciência Negra de Itabirito.

O Tudo é Jazz, que nasceu em Ouro Preto e já está em sua 22ª edição, extrapolou fronteiras após a pandemia e chegou em Itabirito, Ouro Branco, Congonhas e Belo Horizonte, com o objetivo de democratizar o gênero musical. E, para alcançá-lo, mescla o jazz a outros estilos de músicas mais elaboradas que atraem novos públicos. “O festival promove o intercâmbio entre os mais variados estilos de jazz do Brasil e do mundo e, com o passar dos anos, veio agregando uma pluralidade sonora, sempre com o jazz como fio condutor”, comenta Rud Carvalho, diretor do Tudo é Jazz.

Neste ano, a curadoria do festival é do pianista, compositor e arranjador Gustavo Figueiredo e a direção geral do produtor cultural, Rud Carvalho, e realização da Alce – Associação Livre de Cultura e Esporte.

Em Itabirito, o Tudo é Jazz é realizado com patrocínio da Gerdau e da Cemig, por meio da Lei Estadual de Incentivo à Cultura de Minas Gerais. Possui também patrocínio da Brasilcap e do Farid Supermercados, pela Lei Rouanet e apoio da Prefeitura Municipal de Itabirito.

PROGRAMAÇÃO

Em Itabirito, o festival terá início no dia 22 de novembro (sexta-feira), às 19h30, com a apresentação do projeto “Do Barroco ao Barraco – Do apogeu do barroco aos barracos da cidade. Uma trajetória preta”. Trata-se de um fashion filme de uma coleção de moda conceitual com curta duração dirigido por Jahi Amani, com roteiro de João Paulo Sousa.

O filme apresenta uma coleção da marca “a João”, que questiona os padrões estéticos da própria moda que, na maioria das vezes, utiliza-se de tecidos luxuosos e caros para fazer suas produções, mostrando looks suntuosos e imponentes – assim como as construções dos prédios e igrejas barrocas – mas com um tecido pouco utilizado na moda. Para a criação das peças foram utilizados cobertores de pessoas em situação de rua, misturando técnicas de modelagem plana e moulage (processo de desenvolvimento de modelagem no próprio manequim a fim de criar drapeados e formas únicas), além de técnicas manuais e a utilização de aviamentos diversos para enriquecer essas peças e conseguir passar todo o refinamento presente nas construções desse período.

Encerrando a noite, às 21 horas, será a vez do “Tributo a Pixinguinha”, com Thamiris Cunha. Clarinetista e cantora de destaque em Belo Horizonte e reconhecida na música instrumental, é pioneira em grupos exclusivamente femininos, como o Abre a Roda, Mulheres no Choro, Fanfarra Feminina Sagrada Profana e edição Mulheres Sem Samba não dá. Sua marca nos palcos é a performance que explora o som e o corpo. Em 2023, estreou o show instrumental de jazz “RAÍZES”, homenageando o choro e os compositores brasileiros. Premiada no BDMG Instrumental, destacou-se como Melhor Instrumentista na 23ª edição. Em 2024, participa como cantora e clarinetista no show “Canto Negro Para Milton Nascimento”, ao lado de Luedji Luna e Sérgio Pererê, e atualmente participa como cantora na turnê de lançamento do Cd Canções de Outono de Sérgio Pererê.

No sábado, dia 23, o pontapé da programação musical será dado por Velino, um nome promissor da música brasileira, que, às 19h30, vai mostrar a sua musicalidade no segmento bedroom pop/tropical indie, passeando por estéticas urbanas trazidas do hip hop. Velino já dividiu palco com grandes nomes nacionais como Bem Gil, Moreno Veloso e Fernanda Takai e, no estúdio, assina a produção musical de todas as suas faixas, trazendo para o seu som toda a sua essência com timbres marcantes e característicos que já viraram sua assinatura.

Às 20h30, o Duo Léo e Fla traz inovação para o palco. Em cada interpretação, o Duo faz da canção uma cena, com uma estética musical malabarista. Léo e Fla apresentam sua excentricidade musical em um espetáculo que caminha por canções que datam do século passado até os dias atuais. Da MPB ao Jazz, trazem para o público arranjos autênticos, contrapontos e duetos vocais. Apresentam mashups, releituras e novas versões para canções que fazem parte da história da música.

A última apresentação da noite será o tributo “Ray Charles Forever”, com Daniel Lima Quarteto. Conhecido pela sua voz marcante e habilidade com violão e guitarra, Daniel Lima lidera a apresentação. Ao seu lado, Rodrigo Rios na bateria e direção musical, Gustavo Figueiredo, no piano, e Aloizio Horta, nos baixos acústico e elétrico, completam a formação, garantindo uma interpretação autêntica e apaixonada das obras atemporais de Ray Charles.

A seleção de músicas deste tributo destaca os hits mais vibrantes e os clássicos que definiram a carreira de Ray Charles nos primórdios da soul music. Desde os ritmos cativantes do rhythm and blues até as baladas emotivas que ecoam pela eternidade, o público será transportado para a época em que a música de Charles revolucionou o cenário musical mundial.

No último dia (24/11), o festival começa às 19 horas, com André Vitorino Quarteto, que fará uma homenagem a Pixinguinha, além de executar temas instrumentais de jazz compostos por Vitorino, músico e pianista, e por outros compositores. No quarteto, além de André, estarão Álvaro Ferreira no saxofone, Igor Xiss no baixo e Pedro Almeida na bateria.

Em seguida, às 20h30, sobe ao palco a cantora, compositora e multi-instrumentista, Carla Sceno. Nascida em Viçosa (MG) vem se destacando no cenário brasileiro com seu trabalho autoral e de intérprete, com a sua voz que passeia com maestria do R&B norte-americano ao nosso samba brasileiro. Com um timbre inconfundível, a cantora interpreta grandes clássicos do Jazz e da Black Music nacional e internacional, além de suas composições, hoje já colecionando mais de 300 obras escritas.

EXPOSIÇÃO – A cada edição, o Tudo é Jazz é ilustrado com uma exposição artística e, este ano, traz desenhos e rabiscos de autoria do artista e estilista Ronaldo Fraga, retratando os homenageados, que poderá ser visitada de 20 a 25 de novembro, na Praça do Centenário, em Itabirito. “Todas as minhas criações partem do caderno de desenho. Sou um ser analógico. Amo essa coisa do rabisco e do desenho. Desde o primeiro momento que foi proposto e aceito pela direção do Tudo é Jazz que o encontro deste ano fosse entre esses dois gênios da música internacional e brasileira, eu comecei a rabiscar e a desenhar os dois sem compromisso algum. O resultado dessa catarse estará na exposição”, comenta o artista, responsável também pela direção artística do festival, assinando a identidade visual das peças gráficas e a cenografia da exposição itinerante e dos palcos todas as cidades por onde o evento acontece.

QUEM FOI PIXINGUINHA

Alfredo da Rocha Viana Filho, mais conhecido como Pixinguinha, foi compositor, arranjador, flautista e saxofonista brasileiro. Nasceu na cidade do Rio de Janeiro (RJ) em 23 de abril de 1897 e, em 1964, no dia do seu aniversário, o governo brasileiro instituiu o “Dia Nacional do Choro” como forma de homenageá-lo. Pixinguinha é considerando uma das maiores figuras do choro e da música brasileira.

QUEM FOI RAY CHARLES

Ray Charles Robinson (1930-2004) foi um pianista, cantor e compositor norte-americano, uma das personalidades mais relevantes do soul, blues e jazz no século XX e considerado um dos cantores mais icônicos e influentes da história.  Nasceu em Albany, uma pequena cidade do estado da Geórgia, nos Estados Unidos, no dia 23 de setembro de 1930, e ainda pequeno mudou-se com a família para Greennville, na Flórida. Aos sete anos, perdeu a visão.

SOBRE O TUDO É JAZZ

O Festival Internacional de Jazz de Ouro Preto – Tudo é Jazz é um evento artístico-cultural de música que, até a pandemia, acontecia anualmente, na cidade de Ouro Preto, Minas Gerais. Desde 2022, quando completou 20 anos, expandiu sua programação para Belo Horizonte e outros municípios do interior mineiro. Neste ano de 2024, serão contempladas as cidades de Congonhas, Ouro Branco, Itabirito, além de Ouro Preto e a capital do Estado.

O Festival promove intercâmbio entre os mais variados estilos de jazz do Brasil e do mundo e já trouxe para o Brasil mais de 1.600 músicos que se apresentaram em teatros, praças públicas, cortejos, workshops e pocket shows.

O Tudo é Jazz reúne a tradição e a inovação, conectando artistas de gerações e nacionalidades distintas, levando ao público o que há de mais relevante na música produzida atualmente, não apenas no Brasil, mas também em outras partes do mundo. O urbano, o clássico e o contemporâneo se encontram neste espaço marcado pela pluralidade sonora onde o jazz é o fio condutor.

 Mais informações no site: www.tudoejazz.com

Instagram: @tudoejazz

SERVIÇO: FESTIVAL TUDO É JAZZ – Itabirito

 

Exposição “Ray Pixinguinha” – de 20 a 25 de novembro

Local: Praça do Centenário

Programação musical

Local: Praça do Centenário

  • 22/11 (Sexta-feira)

19h30 – Apresentação do curta-metragem “Do Barroco ao Barraco – Do apogeu do barroco aos barracos da cidade. Uma trajetória preta”

21h – Tributo a Pixinguinha com Thamiris Cunha e Regional do Choro

  • 23/11 (Sábado)

19h30 – Velino

20h30 – Léo e Fla

22h – Ray Charles Forever – Daniel Lima Quarteto

  • 24/11 (Domingo)

19h – André Vitorino Quarteto

20h30 – Carla Sceno

Cenario Minas
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