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sáb, 15 junho 24

Jorge Emil, que estará em BH celebra 40 anos de palco

o ator e escritor Jorge Emil lança seu quinto livro, em noite de autógrafos na capital mineira

O ator e escritor Jorge Emil estará em Belo Horizonte no dia 14 de junho, sexta-feira, 18h, para sua noite de autógrafos e lançamento do livro “O grito controlado” (Editora Patuá/SP). O livro coincide com a celebração de 40 anos de palco do artista. O evento, com entrada franca, será no Restaurante Feijão Tropeiro (Rua Sergipe, 220 – atrás da Igreja da Boa Viagem).
Manuel Bandeira escreveu sobre um cacto: áspero, belo, intratável. 
Deste livro atrevo-me a dizer que é belo, áspero, abordável. Não pertence a nenhuma tribo domesticada. Não há quem lendo “O grito controlado” não se dê conta de sua ira, sarcasmo e dor, mas também das sementes da compaixão que Jorge Emil abriga quase ocultas, quase envergonhadas no livro que muitas vezes nos faz rir de verdade, onde percebemos que ele controla mesmo a exasperação e a dor que partilha conosco. É generoso. Não fez o mundo, mas o carrega.
 Acorda os corações sem feri-los. Leia “O grito controlado”. É uma emoção de pertença a
 nossa raça humana. Com certeza acordará você para a verdadeira compaixão, 
de onde brotam esperança e alegria. Outra coisa a poesia não faz. (Adélia Prado – texto de abertura, manuscrito)
“O grito controlado” é o quinto livro de poesia de Jorge Emil. Escrito entre 2013 e 2024, contém 103 poemas, cinco dos quais publicados no “Suplemento Literário de Minas Gerais”, em 2018. Outros cinco foram vertidos para o espanhol por Leo Gonçalves e publicados no site Vallejo & Co., na seção intitulada “Cuando aún no era tarde – 13 poemas de Jorge Emil”, em abril de 2023. Lançado pela Editora Patuá/SP, o livro tem edição de Eduardo Lacerda, capa e projeto gráfico de Carla Heloísa. Já à venda na Livraria Patuscada (Vila Madalena, São Paulo), no site da Patuá – editorapatua.com.br e Amazon. A produção inclui vários poemas referentes ao teatro e textos em torno da pandemia do coronavírus, que assolou o mundo em 2020-2021.
Jorge Emil nasceu em Caratinga/MG, em 1970. Ator duas vezes premiado, já atuou em mais de 40 espetáculos, com destaque para a interpretação do papel-título em “Ricardo III”, de Shakespeare. Fez também cinema e televisão. Publicou quatro livros de poesia: “O dia múltiplo”, “Pequeno arsenal” (ambos pela Editora Bom Texto), “O olho itinerante” (Editora Record) e “A volta do garoto” (memórias poéticas de infância, Editora Peirópolis). Escreveu o roteiro de “Estação Villa-Lobos”, musical para crianças encenado em 2018 no Theatro Municipal de São Paulo.
IG @jorge.emil.fernandes
ORELHA DE O GRITO CONTROLADO
No longínquo 2000, em Belo Horizonte, fui ao lançamento da estreia de Jorge Emil na poesia, numa livraria que nem existe mais. “O dia múltiplo revela um autor”, avisava, certeira, Adélia Prado.
Quase um quarto de século depois, este O grito controlado é apenas o seu quinto livro. Cinco livros em 24 anos, revelando um autor que constrói, de modo calmo e seguro, sua presença na poesia brasileira contemporânea.
O que mais impressiona nessa trajetória é a requintada carpintaria que estava presente desde o início, perpassa os livros seguintes e se mantém agora. Não é difícil depreender, desta poética, suas linhas de força: a primeira delas é o ritmo encantatório dos poemas, enraizados nas figuras de linguagem que privilegiam os jogos sonoros, como a paronomásia, a aliteração e a assonância. O uso consciente desse recurso não é mero artifício, mas elemento constitutivo de um olhar que percebe o cotidiano e as coisas do mundo sempre desvelados pela ironia ferina.
Além disso, tudo se passa como se o poeta tomasse emprestadas características de suas outras atividades, ator e revisor, para elaborar os poemas. Do teatro, os poemas trazem um tom de monólogo, como se fossem o palco do ator falando com seu público – daí a fala coloquial, “espontânea”, própria da dramaturgia. Do trabalho de revisão, a busca obsessiva pela palavra certa, a revisita incansável ao poema, à procura do verso perfeito.
O grito controlado é um bom exemplo daquilo que diz a poeta Louise Glück: “a poesia sobrevive porque assombra e assombra porque é ao mesmo tempo totalmente clara e profundamente misteriosa, porque não pode ser inteiramente explicada, não pode ser esgotada”.
Jorge Emil tem o que dizer e sabe como dizer. É só isso. E isso é tudo.
(Fabrício Marques, autor de A máquina de existir, entre outros livros)
NOITE DE AUTÓGRAFOS E LANÇAMENTO DO LIVRO “O GRITO CONTROLADO”
De Jorge Emil
Editora Patuá/SP. R$50
14 de junho, sexta-feira, 18h
Restaurante Feijão Tropeiro
Rua Sergipe, 220 – atrás da Igreja da Boa Viagem
ENTRADA FRANCA

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