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George Borten retorna aos contos com Travessias Acidentais

Depois de se apresentar ao leitor com o instigante O canal de Dotonbori (Quixote+Do – 2020), George Borten, retorna apresentando o lado trágico da vida em seu segundo livro de contos: Travessias Acidentais. As narrativas desse autor e engenheiro aposentado, hoje dedicado às letras, atualmente, revelam tensão até o desfecho..

Ele coleta histórias reais e se define como um observador do cotidiano. Contudo, a opção literária dele não é pelas crônicas, gênero preferido por gostar de retratar o que vê em volta. Mesclando o fato e a ficção, o escritor conduz o leitor por uma trama envolvendo a estranheza da alma humana e, segundo críticos, usando um sutil e irônico senso de humor.

Borten conta que é muito observador, atento aos mínimos detalhes de comportamento, inclusive, gosta de explorar o lado sombrio das pessoas. Afinal, a verdade é que as pessoas são diferentes e não como se gostaria que fossem.

A travessia surgiu de experiências da dimensão estritamente pessoal dele ou em interação e conversas com amigos e familiares, casos de que tomou conhecimento. Muitas vezes, os personagens se formam e pedem para ser escritos. “Os contos partem de um ponto real, de fatos, porém, são adaptados literariamente, sem mutilação e independentes”, afirma.

Em Travessias Atemporais, quatro partes classificam os contos: “Névoa e sombras”, “Entre Rio e Beagá”, “Europa” e “Estranhezas”.  Ironia, sarcasmo, cotidiano. Os contos às vezes divertem, mas a tensão é o forte das narrativas, que prendem a atenção do leitor e fazem pensar.

TRECHO:

A oferta

Reginaldo encontrou-se no elevador com a Marta, vizinha do terceiro andar.

– Como vai a senhora?

– Não me chame de senhora! Divorciada, sozinha, só me falta agora ser chamada de senhora.

– Desculpe… foi falta de jeito – arrematou, avaliando que ela teria uns dez anos a mais do que ele, pelo menos. Sorriu, chegou ao térreo, abriu a porta para ela e saiu apressado, estava atrasado. (…)

Sobre o autor

George Borten é carioca e se mudou ainda novo para Belo Horizonte, onde se formou em engenharia. Anos depois, passou a se dedicar a conhecimentos mais amplos, transcendendo sua formação original. Mestre em Educação, participa de eventos e atividades culturais como palestrante, tendo como eixo a relação entre ciência e religião. O Canal de Dotonbori é seu primeiro livro de contos, resultado de múltiplas experiências e inúmeras viagens.

Esse primeiro livro nasceu aos 73 anos, pouco depois que passou a sentir-se atormentado pela vontade de escrever. A obra apresenta 22 contos em que se apropriou das vivências reais para fundi-las com o imaginário ficcional. Nasceram de vivências ao longo de uma vida profissional que lhe abriu as janelas ao mundo.

Cenario Minas
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