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dom, 16 novembro 25

Salários crescem em bares, mas contratar ainda é desafio

A mais recente edição da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), divulgada nesta quarta-feira (30) pelo IBGE, aponta que o setor de alimentação fora do lar registrou aumento salarial e avanço na taxa de ocupação em 12 meses, apesar de uma leve retração no trimestre encerrado em março deste ano.

A taxa de ocupação no setor ficou em 5,56 milhões de pessoas entre janeiro e março, número menor que o registrado no trimestre anterior (5,74 milhões), mas 1,3% superior ao mesmo período de 2024. Já o rendimento médio mensal alcançou R$ 2.227, uma alta de 2,8% na comparação anual. Trata-se de um recorde histórico para o segmento.

Contratar continua sendo obstáculo

Apesar do avanço nos salários, os empresários de bares e restaurantes continuam encontrando dificuldades para preencher vagas. Uma pesquisa recente da Abrasel revelou que 90% dos empresários do setor consideram difícil ou muito difícil contratar novos funcionários. O principal entrave está na falta de qualificação profissional (64%), seguida da ausência de interessados (61%).

“Mesmo com o aumento real dos salários, a contratação de profissionais segue sendo um desafio, especialmente nos cargos que exigem especialização, como sushiman, churrasqueiro e cozinheiro. Nosso levantamento mostrou que 88% dos empresários classificam como ‘alta’ ou ‘muito alta’ a dificuldade de encontrar profissionais qualificados para funções como essas”, afirma Paulo Solmucci, presidente-executivo da Abrasel.

Para contornar o cenário, os empresários têm adotado diferentes estratégias. Entre elas, se destacam as premiações por desempenho (51%) e investimento em treinamentos internos (40%). A pesquisa também apontou que 92% contratam profissionais sem experiência prévia, optando por formar esses trabalhadores dentro do próprio negócio.

“É preciso valorizar quem está começando e criar caminhos de crescimento dentro do próprio negócio. A oferta de capacitação e benefícios tem sido uma forma de formar equipes mais engajadas e preparadas, mesmo diante da escassez de mão de obra pronta no mercado”, completa Solmucci.

 

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