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Mercado de massificados no Brasil: desafios e chances

Por Rubens Nogueira Filho*

O mercado atual para as empresas que atuam com produtos massificados no Brasil é, sem dúvidas, promissor. A busca reprimida por soluções de baixo tíquete médio, mas com alta performance na entrega, é relativamente considerável, especialmente nos canais digitais, como as carteiras digitais (wallets), que concentram uma grande base de clientes, predominantemente de menor renda.

A ausência de plataformas integradoras completas e eficientes segue como um dos principais gargalos.Soluções em tecnologia transformam a jornada do cliente, deixando-a fluida, responsiva e confiável. Sem isso, a conversão cai e a experiência se perde.

Nos últimos anos, o consumidor passou a exigir mais. Isso se deve, em grande parte, a um histórico de ofertas pouco qualificadas, que prometiam muito e entregavam pouco. Esse comportamento provocou uma inflexão no mercado: hoje, manter o preço acessível não basta. É preciso garantir valor real — tanto no produto quanto no serviço.

A tecnologia tornou-se um ativo para responder a essas novas exigências. Soluções que permitem adesão e interação com os produtos 24 horas por dia, sete dias por semana, aumentam a performance comercial, ao mesmo tempo em que otimizam processos operacionais e de atendimento. O investimento em plataformas digitais já não é uma opção, mas uma necessidade.

Entre as áreas que mais demandam inovação, a experiência do cliente se destaca. Com jornadas digitais cada vez mais relevantes, as empresas precisam garantir não apenas eficiência, mas também empatia, clareza e personalização. Sim, é possível personalizar mesmo em uma lógica de produtos massificados. Com o uso inteligente da tecnologia, é viável criar soluções com estruturas básicas padronizadas, mas com coberturas acessórias e faixas de pagamento adaptáveis ao perfil de cada cliente.

O futuro do setor passa, inevitavelmente, pela inteligência artificial e por soluções que consigam antecipar necessidades, automatizar entregas e manter o consumidor engajado. O novo cliente de seguros e assistências não aceita menos do que isso. Ele exige agilidade, qualidade e inovação constante.

Para os líderes que atuam nesse mercado, o recado é: não se pode mais oferecer produtos massificados sem o suporte de uma base tecnológica rígida. O consumidor precisa ser impactado com frequência, com soluções que façam sentido e agreguem valor. A fidelidade nesse segmento será conquistada não apenas pelo preço, mas pela capacidade de entregar, continuamente, uma experiência eficiente e relevante.

*Rubens Nogueira Filho, sócio da SSI Seguros

 

Formado em Administração de Empresas, o profissional tem mais de 30 anos de atuação na indústria de seguros.  É reconhecido como um dos pioneiros na distribuição de seguros massificados no Brasil, contribuindo significativamente para a evolução e do setor.

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