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sáb, 19 abril 25

Diretrizes ocupacionais desafiam líderes do século XXI

A Norma Regulamentadora 1 (NR-1), que estabelece diretrizes gerais para a segurança e saúde no trabalho, foi recentemente ampliada para incluir a saúde mental dos colaboradores no Programa de Gestão de Riscos (PGR). Para muitos empresários e gestores, essa atualização trouxe mais complexidade e dificuldades no entendimento e implementação das exigências, gerando uma ansiedade no ambiente corporativo. Para muitos, a NR-1 tem se tornado um verdadeiro “bicho de sete cabeças”, dificultando a compreensão e adaptação, principalmente em pequenos e médios negócios, onde as equipes de RH nem sempre estão preparadas, ou não possuam times estruturados, ou ainda tempo hábil, para lidar com essa questão.

O temor, porém, é contestável. A nova exigência visa garantir que as empresas não só cumpram com as obrigações legais, mas também cuidem do bem-estar mental de seus funcionários. Afinal, a saúde mental tem se mostrado um dos pilares para aumentar a produtividade, engajamento e a retenção de talentos nas organizações. Em um momento em que se fala tanto em humanização dos processos, a alteração na NR-1 vem exigir que essa humanização seja feita efetivamente na rotina dos colaboradores, gerando resultados não só para a empresa mas também para as pessoas.

A consultora de processos e pessoas, Bruna Antonucci, explica que a adoção de estratégias de saúde mental, embora pareça um desafio, pode ser simplificada com a abordagem correta. Ela destaca que a NR-1 não é algo a ser temido, mas sim uma oportunidade de criar ambientes de trabalho mais saudáveis e produtivos. “É fundamental entender que cuidar da saúde mental dos colaboradores não é apenas uma exigência legal, mas uma estratégia que agrega valor ao ambiente corporativo e à cultura organizacional, “ E a hora de efetivamente colocar o discurso de empresa humanizada, melhor para se trabalhar e outros termos e selos corporativos na prática”, afirma.

Bruna, que também é diretora da Antonucci Liderança e Estratégia, ressalta que para se adaptar às novas exigências da NR-1 de forma eficiente e sem sobrecarregar a empresa, é preciso adotar uma gestão estratégica e humanizada de pessoas. “A concordância com esse processo envolve alinhamento entre a cultura organizacional, qualidade de vida, valorização dos funcionários e saúde mental, garantindo um clima organizacional saudável. Para isso, ela sugere a realização de pesquisas de clima, treinamentos sobre liderança humanizada, comunicação e empatia, e o redesenho de políticas internas focadas verdadeiramente no bem-estar”, indica.

Bruna ainda  completa que “ferramentas digitais também podem ser usadas para aprimorar a gestão de pessoas, facilitar a comunicação e a interação no ambiente de trabalho. Não se trata apenas de seguir as normas, mas de criar um espaço onde a saúde mental seja prioridade e as pessoas sintam e percebam isso na rotina, no dia a dia como uma preocupação real”.

Para a especialista, em um mundo corporativo altamente competitivo, no qual as pessoas perceberam novas formas de constituir renda com o mundo virtual e, consequentemente, priorizaram a qualidade de vida como benefício central, as ações não podem continuar sendo superficiais ou motivadas para apenas cumprir tabelas. As pessoas sentem e precisam de mais empatia, autenticidade, autonomia e cuidado.

“Não é um bicho de sete cabeças. Com ações simples e práticas mas que reforçam e reverberam em todos os níveis a cultura, valores e propósito da companhia, a empresa estará cumprindo a NR-1 e promovendo um ambiente mais saudável, onde a saúde mental dos colaboradores é tratada com a mesma seriedade dos riscos físicos. Isso não só ajuda na conformidade com a norma, mas também resulta em maiores possibilidades de contratação, engajamento e retenção de talentos, além de criar um ambiente de trabalho mais harmonioso e equilibrado”, completa Bruna.

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