Pesquisa revela: 29% dos mineiros entre 18 e 29 anos têm algum interesse em experimentar a hipergamia, tipo de relacionamento em que uma das pessoas é mais rica e, por isso, apoia financeiramente a outra – conhecido também como relacionamento Sugar. O dado é do site MeuPatrocínio , que avaliou, em parceria com o Instituto QualiBest, como a Geração Z ainda novas formas de se relacionar.
Entre quatro opções diferentes, a hipergamia é a que mais se destaca nessa faixa etária no estado, com pessoas que demonstram de pouco a muito interesse – este, aliás, foi o único estilo de relacionamento que obteve no estado mais de dez pontos percentuais no quesito “tenho muito interesse”: nesta alternativa, foram 11% de votos na hipergamia.
Caio Bittencourt, especialista em relacionamentos do MeuPatrocínio, explica: “Essa geração tem mais consciência e preocupação com a saúde mental e também com a responsabilidade emocional, optando por um modelo de relacionamento mais prático e descomplicado, como a hipergamia, ou estilo de vida Sugar, por ser uma escolha que valoriza a leveza”.
Vale destacar que Minas Gerais é o terceiro estado com mais usuários no MeuPatrocínio, que é especializado em relacionamentos do tipo hipergamia, ou Sugar. São mais de 1,3 milhão de mineiros inscritos, a maioria como Sugar Baby.
Depois da hipergamia, em segundo lugar 14% das pessoas da Geração Z estão de pouco a muito interessadas em viver um poliamor, relacionamento em que as pessoas têm mais de uma relação ao mesmo tempo, considerando que os envolvidos estão de acordo com isso.
Logo depois, com uma taxa de 10% de pessoas que demonstram de pouco a muito interesse, fica a agamia, em que não há um parceiro fixo, porque não existe a intenção de firmar um relacionamento romântico com outra pessoa.
E, por fim, 8% têm diferentes níveis de interesse no micro romance, ou seja, nas relações breves e intensas que ocorrem em um curto espaço de tempo.
Gentileza e educação e segurança emocional: características mais procuradas
O levantamento do site MeuPatrocínio avaliou, ainda, as principais características que a Geração Z mais busca em alguém para se relacionar. “Ser gentil” liderou em Minas Gerais, assim como em todo o país, com 70% dos votos. Desses, 41% compartilham a gentileza em primeiro lugar no estado – 19% em segundo lugar; e 9%, em terceiro.
Outra habilidade que está no topo das mais requisitadas no estado é a educação. E com uma curiosidade: essa característica tem um peso maior na região do que na mídia nacional: em MG, a opção “Ser educado(a)” foi citada em primeiro, segundo ou terceiro lugar por 51% dos entrevistados como uma característica buscada em um parceiro; já nacionalmente, o índice cai para 47%.
Já a segurança emocional teve 36% dos votos dos mineiros da Geração Z como um fator relevante ao buscar alguém para se relacionar. Desses, 16% compartilham essa característica no primeiro lugar; 13% em segundo; e 7% em terceiro.
‘Namoro lento’: para mineiros, sites de relacionamento evitam a ansiedade
Já quando o assunto são os sites de relacionamento online, o interesse dos mineiros é equilibrado: 27% buscam hipergamia; a mesma porcentagem está atrás de micro romances; 20% quer poliamor; e 13%, agamia.
“Esse equilíbrio maior que vemos nos interesses online acontece porque, existem hoje diversas opções de sites especializados dentro do que o usuário procura. Então os jovens já buscam exatamente o que querem, eles sabem onde procurar, e também onde encontrar”, afirma Caio Bittencourt, especialista em relacionamento.
Para aqueles que se relacionam online, um ponto que se destaca na pesquisa no recorte de Minas Gerais é uma ansiedade. Quando questionados sobre seis possíveis motivações para preferirem conhecer pessoas virtualmente, 19% afirmaram que a justificativa é que, no ambiente digital, “me sinto menos ansioso(a)”; outros 13% apontam essa justificativa em segundo lugar; e 25%, em terceiro lugar. Nacionalmente, apenas 8% sinalizaram essa alternativa como a primeira mais relevante; 7%, como segundo mais importante; e 18% como terceiro lugar da lista.
Esses dados significam que, para os mineiros da Geração Z, os sites de relacionamento trocam interações mais tranquilas, também chamadas de “slow dating”, em que as conexões são transmitidas passo a passo. Nesse modelo de interação, acontecem diversas comunicações e trocas entre as pessoas antes do primeiro encontro presencial.
Outra diferença local observada no estudo é o que a geração Z quer para o futuro. Apenas 3% dos mineiros se veem casados sem filhos daqui a 10 anos. A taxa nacional é de 11%. Já 57% dos entrevistos no estado imaginam estar casados com filhos; 23%, em uma união estável; e 15%, solteiros.