Um estudo realizado pela Lawtech Arbitralis entre os dias 10 e 16 de junho, com a participação de 22 escritórios de advocacia, apresenta os caminhos para que a arbitragem seja mais reconhecida no Brasil. Apesar de regulamentada por lei desde 1996, essa forma de resolução de litígios ainda é desconhecida por muitos juristas, e por isso o cenário apresenta uma nova perspectiva para essa área.
Segundo o presidente da instituição, Daniel Gontijo, o estudo “Evolução da Arbitragem no Brasil” visa compreender os caminhos rumo à democratização da arbitragem no Brasil. “Este documento apresenta uma análise detalhada dos resultados, destacando paralelos e insights que podem ser úteis para a Arbitralis em sua missão de tornar a solução de conflitos mais eficiente, acessível e econômica no país. Foram acessados advogados de alta performance em suas áreas de atuação, incluindo elaboração de contratos e resolução de disputas. Alguns, inclusive, referência nessa área a nível nacional e internacional”.
Para o advogado mineiro, que fundou uma câmara de arbitragem 100% digital, os juristas não conhecem todo o potencial dessa forma em reduzir com o grande volume de processos que tramitam no país. “Os resultados da pesquisa indicam claramente que a redução de custos e mudanças culturais nos escritórios de advocacia e departamentos jurídicos são essenciais para a maior adoção da arbitragem no Brasil”, detalha.
Exemplo disso, lembra Gontijo, é que “o estudo mostra que 75% participantes não conhecem uma câmara de arbitragem digital, enquanto 20% conhecem e 5% sabem de suas existência, mas nunca usaram”.
Mas qual a razão disso? “Apesar do conhecimento limitado sobre o tema, advogados especializados demonstram alta disposição para recomendar a arbitragem, indicando uma percepção positiva e um potencial crescimento nessa área”, comenta o advogado. Além disso, ele completa, “observou-se uma demanda significativa por redução de custos na arbitragem, sugerindo a necessidade de estratégias mais acessíveis e eficientes para tornar esse método de resolução de conflitos mais atrativo para todos os envolvidos no litígio”.