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seg, 01 dezembro 25

Videomonitoramento redesenha a segurança pública em Minas

Wagner Favarello*

O videomonitoramento deixou de ser algo restrito a empresas e passou a influenciar diretamente a rotina das cidades mineiras. De BH ao interior, câmeras mais modernas ajudam a identificar riscos, orientar operações policiais e acelerar respostas a incidentes. Um levantamento do CESeC – Centro de Estudos de Segurança e Cidadania mostra que 47,6 milhões de brasileiros, quase um quinto da população, já podem estar sob vigilância por sistemas com reconhecimento facial.

O avanço é rápido, mas vem acompanhado de uma discussão inevitável: até que ponto os municípios estão preparados para transformar tecnologia em segurança real?

As câmeras mais recentes já não se limitam a registrar imagens. Elas analisam padrões, apontam trechos com maior incidência de furtos, identificam ruas com iluminação insuficiente e até apoiam decisões sobre mobilidade urbana. Em BH, por exemplo, sistemas desse tipo ajudam a mapear áreas de maior vulnerabilidade e orientar o reforço do patrulhamento. No interior, onde a infraestrutura é mais limitada, a tecnologia tem ajudado prefeituras a agir de forma mais preventiva.

Quando uma via apresenta ocorrências repetidas de assaltos ou quando um bairro aparece com trechos escuros, a informação técnica chega mais rápido aos gestores. Isso acelera desde ajustes no fluxo de trânsito até intervenções na iluminação pública. É a cidade reagindo ao que a câmera revela antes que o problema cresça.

Mas há um ponto sensível: a tecnologia não se resolve sozinha. Para que esses sistemas funcionem, é preciso equipe qualificada para interpretar os dados e integrar áreas que, muitas vezes, trabalham de forma isolada. Sem preparo e coordenação, o monitoramento vira só mais uma sala cheia de telas piscando.

Especialistas apontam que o videomonitoramento abre espaço para políticas públicas mais inteligentes. Porém, a conta só fecha quando tecnologia, planejamento e regulação caminham juntos. Assim, os “olhos eletrônicos” deixam de ser apenas símbolos de modernização e passam a atuar como instrumentos reais de proteção e gestão urbana.

*diretor de Tecnologia da Informação da Sinaurb

Cenario Minas
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