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sáb, 27 dezembro 25

Festival de Cinema Infantil exibe “Cinema de Brinquedo” em BH

No dia 16 de agosto, acontece, às 16h20 e às 17h30, no Cine Santa Tereza, duas sessões da 5ª edição do Festival de Cinema Infantil de Belo Horizonte – Cinema de Brinquedo, composta por 10 filmes de várias partes do país e uma animação belga. Com curadoria de Daniela Pimentel, Iakima Delamare e Diego Souza, a linguagem cinematográfica passeia entre a animação e o experimental, dialogando com as diferentes formas de expressão das crianças e dos jovens realizadores. As temáticas abordam temas como amizade, coragem, meio ambiente, relações familiares e o universo lúdico, sempre com um olhar respeitoso e curioso sobre as múltiplas infâncias. Os ingressos, gratuitos, ficam disponíveis na semana do evento para retirada on-line no site https://cinemadebrinquedo.com.br/ e também podem ser obtidos na bilheteria do cinema 30 minutos antes da sessão. Todos os filmes têm classificação indicativa livre. O 5º Festival de Cinema Infantil de Belo Horizonte – Cinema de Brinquedo é realizado com recursos da Lei Municipal de Incentivo à Cultura de Belo Horizonte, com patrocínio da MGS.

A primeira sessão, às 16h20, é composta pelas animações “Trash” (Bélgica, 2025), dirigida por jovens de 9 a 14 anos, que conta a história de um personagem que, por preguiça, não separava o seu lixo, o que traz consequências graves para os mundos que vivem do lixo; “PiOinc” (Brasíia – DF, 2024), de Alex Ribondi e Ricardo Makoto, sobre coragem e companheirismo quando Oinc, um porquinho que sempre brincava sozinho, conhece Pi, um passarinho recém-nascido, faminto, que o segue até em casa, e Oinc o ajuda a voltar para o seu lar; e “Receita de Vó” (Curitiba – PR, 2024), de Carlon Hardt, que nos leva ao quentinho da casa da vó, onde as comidas cantam e dançam ao som do mundo mágico do Hip Hop.

Compõem, ainda, a sessão das 16h20, os filmes “A abelha Uruçu” (Vitória – ES, 2024), dirigida por crianças do Projeto Animação do Instituto Marlin Azul da Escola Municipal Lacerda de Aguiar, sobre a abelha Uruçu, que voa sobre toda a Baixo Gandu; “A Concha me Contou” (Aracruz – ES, 2023), dirigida por crianças e adolescentes do Projeto Animação Ambiental do Instituto Marlin Azul, que fala sobre a história de uma concha que encontra Gabriela para revelar-lhe um segredo: encontrar a maior árvore do lugar e fazer com que ela se levante.

Às 17h30 será exibida a segunda sessão da mostra, composta pelas animações “Um Abraço” (São Paulo – SP, 2025), de Carol Guimarães, que narra a história do jovem Marcelino e sua avó, separados pela distância durante o isolamento social, e que constroem maneiras criativas de se manterem próximos. Por meio de encontros virtuais, eles constroem um mundo onde a saudade se transforma em esperança, enquanto aguardam um abraço que os reencontre. Uma história poética sobre amor e resiliência em tempos de separação. Na sequência, será exibido o curta “Tsuru” (Salvador – BA, 2024), de Pedro Anias, sobre Suru, que conta a história de um pedaço de papel adormecido que, após ser despertado pelo bater de asas de um Tsuru (origami de ave Japonesa), inicia uma desafiadora jornada em busca de transformação.

A sessão conta, ainda, com o curta “Fiando o Tempo” (Santana do Matos – RN, 2023), dirigido por alunos do Projeto Animação do Instituto Marlin Azul da Escola Municipal Prof. Osvágrio Rodrigues de Carvalho, que fala sobre o tempo e o fiar; “A Vila de Itueta” (Itueta – MG, 2024), dirigida por crianças do Projeo Animação Institudo Marlin Azul da Escola Municipal de Santo Antônio, sobre histórias sobre a Vila Itueta; “O Enigma Do Tempo” (São Paulo – SP, 2024), de Anderson Lister, que narra a história de Lupi, que mal pode esperar para comer os deliciosos figos que crescem demoradamente na Figueira. Quando fica sabendo sobre a lenda de um antigo artefato chamado Chronokairo que, diz a lenda, pode controlar o tempo, Lupi se anima para usá-lo e, assim, comer as frutas mais rápido. Ela convence Baduki a se aventurarem por uma parte não-explorada do mapa a fim de procurar pelo lendário artefato. No caminho, Baduki vê coisas impressionantes que o fazem se perguntar: se o artefato existir, será que acelerar o tempo é mesmo uma boa ideia?

Segundo Iakima Delamare, “a curadoria desta edição celebra a riqueza e a pluralidade das infâncias, apresentando uma seleção vibrante de filmes que atravessam gêneros, estilos e territórios nacionais e internacionais. De animações produzidas por crianças e adolescentes em projetos comunitários a ficções sensíveis sobre memórias, ancestralidades e desafios contemporâneos, a programação mostra que o cinema infantil é um espaço plural, potente e cheio de possibilidades”, conta.

Para Diego Silva, “a mostra é um convite a celebrar a infância em sua pluralidade, suas contradições, suas potências criativas e seus modos próprios de perceber e transformar o mundo. Um cinema que acolhe, provoca, encanta e, sobretudo, respeita a inteligência e sensibilidade das crianças”, diz.

O 5º Festival de Cinema Infantil de BH também apresenta produções que, se antes eram dirigidas ao público adulto, hoje se fazem cada vez mais presentes no cinema infantil, uma vez que os tópicos habitam o imaginário infantil e adolescente.

Os filmes produzidos em escolas também chamam a atenção. “Isso é algo que nos deixa muito contentes. Saber que algumas dessas escolas dedicam-se a fomentar espaços para a criação coletiva destinada a uma transmissão, o que não é pouca coisa no âmbito escolar quando pensamos na verticalidade e na hierarquia do nosso sistema educacional”, informa Daniela Pimentel.

Mini-bios das organizadores e curadoras

Daniela Pimentel é psicanalista e também trabalha com cinema há 13 anos, produzindo mostras e festivais. Foi umas das organizadoras, coordenadora e produtora do Cinecipó – Festival do Cinema Insurgente, Mostra de Cinema Feminista e Mostra Cine Integrada Beagá. Também produziu alguns curtas como “A Batalha das Colheres” e “Jardim de Lírios”, de Fabiana Leite, e o longa “Foro Íntimo”, de Ricardo Mehedff.

Iakima Delamare é formada em Comunicação pela UFMG, onde atuou como bolsista na Formação Transversal em Saberes Tradicionais e frequenta o Grupo “Poéticas da Experiência”, tendo produzido como TCC a publicação “Nós, Por Nós, Para Nós – Manifestos Para Um Cinema Popular”.  Em 2018 integrou a equipe de formação e produção do curta-metragem “Nove Águas”, dirigido por Gabriel Martins ao lado do Quilombo dos Marques. Participou do Júri Jovem da 22ª Mostra de Cinema de Tiradentes, em 2019, e integrou a equipe de curadoria do 9º Cinecipó – Festival do Filme Insurgente, em 2020. Produziu o 9º e 10º Cinecipó, a 2ª Mostra Lona – Cinemas e Territórios e a 1ª Mostra UFMG de Cinema Universitário, mostra concebida pelo Coletivo Zanza da qual é membro e co-fundadora.

Diego Silva Souza é nascido e criado em Timóteo, no interior de Minas Gerais, e atua escrevendo sobre audiovisual em artigos e textos críticos. Mestrando em Comunicação na UFMG, fez parte do Júri Jovem da 23ª Mostra de Tiradentes, integrou a comissão julgadora da 2ª Mostra de Curtas Cinecubo e a curadoria do 9° Cinecipó – Festival do Filme Insurgente. Possui colaborações com a Zagaia em Revista, Cinética e Cine Festivais, além de comentar filmes na Mostra Cinema Permanente do Cine Humberto Mauro.

SERVIÇO

5º Festival de Cinema Infantil de Belo Horizonte – Cinema de Brinquedo

Programação de julho/2025

Data: 16 de agosto (sábado), às 16h20 e às 17h30

Local: Cine Santa Tereza – Rua Estrela do Sul, 89, Santa Tereza, BH

Ingressos: A distribuição dos ingressos na bilheteria do cinema acontece 30 minutos antes da sessão. Pelo site https://cinemadebrinquedo.com.br/ é possível adquirir os ingressos on-line com mais antecedência.

 Classificação indicativa: Todos os filmes têm classificação indicativa livre

*Toda a programação da mostra é gratuita.

*Mais informações no Instagram @cinemadebrinquedo

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