Há 90 anos, o jornalista paraibano Assis Chateaubriand inaugurava a Super Rádio Tupi, no Rio de Janeiro
A Super Rádio Tupi completa 90 anos e celebra não apenas sua longevidade, mas a capacidade de se reinventar e permanecer relevante em diferentes épocas da comunicação. Ao longo dessas nove décadas, a emissora se consolidou como referência em credibilidade, emoção e proximidade com o público, atravessando mudanças tecnológicas e de comportamento sem perder sua essência. O rádio, que já foi a principal fonte de informação no país e hoje divide espaço com múltiplas plataformas digitais, continua encontrando na Tupi um símbolo de tradição e inovação.
Nas ruas, ouvintes demonstram o carinho pela emissora, reforçando a importância desse vínculo construído dia após dia. Jair Irineu e Claudemir Monteiro, que trabalham na barraca Mistolândia, na Avenida Graça Aranha, afirmaram que a Tupi faz parte da rotina, acompanhando o trabalho e os momentos do dia. Histórias como a deles refletem o impacto social e cultural da rádio, que se mantém viva no coração dos brasileiros, celebrando não apenas o passado, mas também a força de seguir presente no futuro.
Momento Religioso
O momento religioso será presidido pelo Cardeal Dom Orani Tempesta e está aberto ao público. Em função da cobertura, a Patrulha da Cidade não irá ao ar excepcionalmente.
A celebração tem como objetivo agradecer pelas nove décadas de história da Tupi, reconhecida como a rádio mais antiga em atividade no Brasil. Ao longo dos anos, a emissora se consolidou como líder de audiência no Rio, referência em jornalismo, esportes e entretenimento, estando presente na vida de milhões de ouvintes.
A missa é um momento de comunhão entre a Tupi, seus profissionais e o público que acompanha a emissora há 90 anos.
Comunicadores
Entre os principais comunicadores que fazem parte da equipe da Rádio Tupi estão Antônio Carlos, Francisco Barbosa, Garcia Duarte, Jorginho, José Carlos Araújo, Luiz Penido, Cidinha Campos, Roberto Canázio, Valéria Marques, Mário Belisário, Miguel Marques, Karla de Lucas, Heleno Rotay, Clóvis Monteiro, Tony Nunes, Alexandre Ferreira, Eraldo Leite, Cristiano Santos, Kelly Jorge, Sidney Resende, Ciro Neves e Isabele Benito.
Antônio Carlos, voz das manhãs da Super Rádio Tupi, é um dos nomes mais marcantes da comunicação brasileira. À frente do Show do Antônio Carlos há quase cinco décadas, o apresentador se tornou líder absoluto de audiência e companhia indispensável para milhares de ouvintes.
Ao longo de sua trajetória, o comunicador construiu uma relação de confiança e carinho com o público. Ele afirma que o segredo está na conexão verdadeira com quem o ouve.
Isabele Benito
O Programa Isabele Benito passa a ir ao ar às 8h, novidade que chega justamente no mês em que a emissora comemora 90 anos de história.
Isabele Benito, que começou no rádio ainda na adolescência, prestou uma homenagem emocionante à Tupi. “A Tupi foi um canhão na minha vida. Transformou minha trajetória profissional e me fez entender meu papel como comunicadora. O ouvinte Tupi é minha família. A relação com a Tupi é herança, é povo, é emoção”, declarou.
Roberto Canazio
Presença marcante das manhãs de sábado, Roberto Canazio é um dos destaques do especial de 90 anos da Super Rádio Tupi. Em entrevista, o comunicador relembrou sua trajetória, a paixão pelo rádio desde a infância e a importância de manter a emissora viva e conectada com seu público.
Desde pequeno, Canazio se encantava com a magia do rádio. “Sempre ouvi rádio, sempre gostei de rádio. Brincava de rádio e passava horas nisso”, contou. Essa paixão o levou aos bastidores da Tupi, onde conheceu grandes nomes da comunicação e viveu experiências inesquecíveis.
Cristiano Santos
Apaixonado pelo rádio desde criança, Cristiano Santos transformou a brincadeira em casa na profissão que marcaria sua vida. Hoje, à frente do Tamojunto e de um programa dominical que leva seu nome, ele celebra sua trajetória na Super Rádio Tupi, que completa 90 anos nesta quinta-feira (25/9).
“Comecei, na verdade, como um ouvinte, me apaixonando pelo rádio, amando rádio, bem novo. Eu comecei a brincar de rádio, até que surgiu uma oportunidade, aos 14 ou 15 anos, numa rádio comunitária em Irajá. Ali foi o meu primeiro contato real com o rádio. De tanto brincar em casa, eu já sabia mais ou menos fazer”, relembrou.
Para o comunicador, a proximidade com o ouvinte é a maior recompensa. “Sabe uma coisa que eu gosto? Quando os ouvintes me chamam de Cris. Tem aquela coisa tão próxima, quando tenho a oportunidade de encontrá-los em qualquer lugar. Às vezes no supermercado, eles se aproximam e falam de coisas particulares. Isso me deixa muito feliz”, contou.
Há 16 anos na emissora, Cristiano reforça o orgulho de integrar a equipe. “A Rádio Tupi tem uma seleção, é a seleção brasileira do rádio, da qual eu tenho o orgulho de fazer parte”, afirmou.
Mário Belisário
Mário Belisário, apresentador da Patrulha da Cidade e da Madrugada Viva, celebra os 90 anos da Super Rádio Tupi com emoção e orgulho. Sua trajetória no rádio começou ainda na infância, ouvindo emissoras às margens do Rio Tapajós, no Pará – e a Tupi já fazia parte desse sonho.
Atualmente, é um dos nomes mais queridos do rádio carioca e comanda a Patrulha da Cidade, o programa mais longevo do país, no ar há 65 anos. Um clássico que atravessa gerações no horário nobre do meio-dia.
Com o avanço da tecnologia, a voz marcante que antes era ouvida no radinho de pilha, agora também é vista no YouTube. Mas o carinho do público continua o mesmo, e o reconhecimento nas ruas é constante.
Alexandre Ferreira
Um dos mais especiais veio de Alexandre Ferreira, voz marcante das madrugadas, que compartilhou sua ligação de longa data com a emissora.
Alexandre Ferreira, voz marcante da Madrugada Viva, compartilha sua história com a Super Rádio Tupi: uma relação que começou na infância e virou uma vida inteira dedicada ao rádio. “Desde que me entendo por gente, eu gosto de rádio”, revelou em depoimento à equipe de redes sociais.
Em 1982, Alexandre foi o primeiro estagiário da Tupi a entrar ao vivo e fazer plantão de fim de semana. Hoje, ele vive a emoção de estar na mesma emissora onde tudo começou: “É como encerrar a carreira no lugar onde ela nasceu.”
Com 41 anos de estrada, ele destaca o papel dos ouvintes durante a madrugada: “Eles me ajudam a tomar conta da cidade. A Tupi é praticamente a única ao vivo nesse horário, divulgando notícias em primeira mão.”
Para Alexandre, a Super Rádio Tupi aos 90 anos é como uma jovem senhora cheia de energia, compromisso e amor pelo que faz.
Eraldo Leite
Na celebração dos 90 anos da Super Rádio Tupi, o jornalista, comentarista e apresentador Eraldo Leite compartilhou lembranças da sua carreira e destacou o carinho pela emissora. “A Tupi era concorrente na minha vida, mas sempre com respeito e admiração. Hoje, tenho orgulho de fazer parte desse time”, afirmou.
Atualmente, Leite comanda o programa Bola em Jogo, que leva informação e paixão pelo futebol carioca aos domingos. Para ele, estar na Tupi é motivo de orgulho, e para a emissora, uma honra contar com sua credibilidade e experiência.
O início da trajetória de Eraldo Leite no rádio aconteceu em 1977, ao lado de José Carlos Araújo, na Rádio Nacional. Seu primeiro trabalho profissional foi como repórter de campo e de clubes, um sonho realizado. Depois, acompanhou o narrador na mudança para a Rádio Globo, onde permaneceu até 1988.
“Meus dois mestres na reportagem foram o Deni Menezes e o Washington Rodrigues, ainda nos anos 1970. Aprendi muito com eles”, contou. Foi nesse período que presenciou Apolinho mudar de repórter para comentarista, movimento que abriu portas para sua carreira.
Para Eraldo, a Tupi tem uma identidade única: “Aqui ninguém é só Botafogo, só Flamengo, só Fluminense ou só Vasco. A gente é futebol carioca. A Rádio Tupi é a rádio dos clubes e da torcida do Rio de Janeiro”.
Francisco Barbosa
Na série especial de 90 anos da Super Rádio Tupi, Francisco Barbosa, um dos maiores ícones do rádio, relembra como sua história com o rádio começou de forma inesperada. Aos 15 anos, quando sonhava em ser engenheiro eletrônico, ele foi surpreendido por uma proposta que mudaria sua vida. Em uma visita a uma loja de discos, sua voz grave chamou a atenção de um dono de rádio.
“Ele virou para mim e perguntou: ‘Quer trabalhar em rádio?’. Sem pensar, respondi: ‘Quero’”, relembra o comunicador.
Esse acaso marcou o início de uma trajetória que já dura mais de cinco décadas. “Passei dois anos aprendendo o começo de tudo: anunciava e desanunciava músicas, lia noticiários… Achava que quanto mais grave fosse a voz, melhor. E aprendi que não era nada disso”, conta.
Depois de deixar a Rádio Globo, Barbosa encontrou na Super Rádio Tupi seu verdadeiro lar. “Quando cheguei aqui, percebi que tinha tudo a ver com a Tupi. Fiquei feliz e estou até hoje”, afirma.
Para o comunicador, a força da emissora está no vínculo com o público. “A Tupi tem uma ligação com o ouvinte que não tem igual. A rádio chega em qualquer lugar, fala com todo mundo. Isso não tem preço.”
A proximidade com os ouvintes
Barbosa destaca que estar no ar vai além de transmitir notícias e músicas: é sobre criar intimidade. “Fazer rádio é estar todo dia com a pessoa. O ouvinte passa a conhecer você de verdade. Essa proximidade é o que mais vale.”
Ele ainda considera essa relação um presente. “É maravilhoso perceber que os ouvintes já chegam encantados pela Tupi e, por isso, próximos da gente. Essa é a mágica da rádio.”
Sidney Rezende
O jornalista Sidney Rezende expressou sua profunda conexão com a emissora e destacou os desafios da sua função como apresentador do Jornal da Tupi. O comunicador revelou o orgulho de integrar um dos veículos mais tradicionais do país e enfatizou a importância de manter uma comunicação clara e acessível com os ouvintes.
Sidney, que começou como ouvinte fiel da Tupi, relembrou os primeiros contatos com o rádio ainda jovem e se emocionou ao mencionar a sensação de finalmente fazer parte da equipe. “É como se eu tivesse sido acolhido por uma família”, afirmou.
Conduzir o Jornal da Tupi não é tarefa simples. Segundo ele, o programa carrega o nome da própria emissora, o que aumenta ainda mais a responsabilidade. “Ser o guardião dessa marca exige equilíbrio entre conteúdo de qualidade e linguagem acessível”, destacou.
Clóvis Monteiro
O Show do Clóvis Monteiro passa a ser transmitido às 10h da manhã na Super Rádio Tupi. Conhecido como o “Motivador do Brasil”, o comunicador conversou com a equipe de redes sociais da emissora e abriu o coração sobre sua trajetória no rádio, que completa 90 anos este mês.
Prestes a completar 50 anos de carreira em 2026, Clóvis relembrou os primeiros passos na profissão e surpreendeu ao revelar: “Eu era muito tímido, criei um personagem para conseguir me soltar no rádio. Minha carreira começou por acaso, mas com muita paixão. A Tupi me deu meu primeiro contrato. Hoje, fazer parte dos 90 anos dessa rádio é um orgulho imenso.”
Mesmo com a mudança de horário, o comunicador garante a mesma energia, humor e compromisso com a notícia que o consagraram ao longo de décadas. “Conviver com ídolos e fazer parte da história da Tupi é um sonho realizado. A rádio mudou o jeito do Brasil fazer rádio, e eu tenho muito orgulho disso.”
Luiz Penido
Luiz Penido, relembra momentos decisivos que contribuíram para consolidar a emissora como referência nacional no segmento.
Conhecido como o “Garotão da Galera”, Penido foi contratado no final da década de 1980 com a missão de transformar o radiojornalismo esportivo. Ele trouxe consigo um novo estilo de comunicação, somado à parceria com grandes nomes:
- João Saldanha
- Chico Anysio
- Equipe da Escolinha do Professor Raimundo
“Quando vim para a Rádio Tupi, trouxe comigo 11 profissionais. A proposta era realmente mudar tudo. A gente usava até o slogan ‘Nova Era pra Galera’”, relembra Penido. “Fui atrás do João Saldanha, que era meu companheiro de muitas viagens. Ele foi maravilhoso, onde quer que esteja.”
Celebridades
Celebridades fizeram questão de mandar mensagens de carinho para a emissora. Paolla Oliveira declarou: “Parabéns Rádio Tupi, 90 anos não é para qualquer um, que venham muitos outros.” Já Maite Proença destacou: “90 anos não é brincadeira, são 90 anos corridos. Meus parabéns, que se sigam mais 90 anos alegres e felizes.”
O cantor Roberto Carlos também relembrou a importância da emissora em sua carreira: “A minha carreira foi feita pela divulgação da rádio. A Rádio Tupi tem uma importância também.”
Entre os que prestaram homenagens estão ainda o grupo de pagode Tá na Mente, a atriz Patrícia França e o ator Stepan Nercessian, que ressaltou:
“O rádio mexe com a nossa memória. Tal como a literatura estimula a imaginação, o rádio também buscava isso, especialmente com as radionovelas, um marco da Rádio Tupi. O seu papel fundamental é o de companhia — muitas vezes, é o único companheiro de quem o ouve.
Festa de 90 anos terá shows e atrações especiais
Para celebrar a data haverá uma super festa em Duque de Caxias, no sábado (27/9). Além dos shows musicais, o evento contará com feira de variedades, opções gastronômicas, exames e consultas gratuitas, transformando a data em um programa para toda a família.
Quais são os horários dos shows da festa?
Além das principais atrações, o público poderá curtir uma programação musical diversificada ao longo do dia:
- 14h – Pedro Mussum
- 16h – Grupo Clareou
- 18h – João Gabriel
- 20h – Yara Vellasco
- 22h – Thiago Martins
- 23h – Tiee
Fonte: Site da Tupi – https://www.tupi.fm/
Francisco Assis Chateaubriand
Foi em Umbuzeiro, interior da Paraíba, que Francisco Assis Chateaubriand Bandeira de Mello nasceu, em 5 de outubro de 1892. Um dos quatro filhos do magistrado Francisco José Bandeira de Melo e de Maria Carmem Guedes Gondim, seu nome foi uma homenagem ao santo protetor dos animais, festejado no dia de nascimento. Aos 14 anos, o jovem Francisco começou a trabalhar no jornal “O Pernambuco”, mostrando interesse por uma atividade que iria transformá-lo em um dos mais poderosos empresários e políticos do país, além de mecenas das artes. Em 1908, ingressou na Faculdade de Direito do Recife e, com apenas 23 anos, concorreu à cátedra de professor de Filosofia, sendo classificado em primeiro lugar.
Porém, em 1917, resolveu se mudar para o Rio de Janeiro, então capital do país, onde passou a escrever no “Correio da Manhã”, seguindo depois para o “Jornal do Brasil” para atuar como redador-chefe. Em 1924, Chateaubriand assumiu a direção de “O Jornal”, o embrião de um dos maiores impérios de comunicação do país, os Diários e Emissoras Associados. Chatô, como viria a ser chamado, foi ainda responsável pela implantação da televisão ao Brasil, inaugurando em 1950 a TV Tupi. Na ocasião, O GLOBO noticiou na edição matutina de 19 de setembro a abertura da “primeira estação televisora, não só do nosso país, mas de toda a América do Sul”, a PRF-3 TV.
Os Diários Associados chegaram a reunir 34 jornais, 36 emissoras de rádio, uma rede de 18 estações de televisão, agência de notícias, revistas infantis, uma editora, além da mais influente revista ilustrada do país até a primeira metade do século XX, “O Cruzeiro”, lançada em 1928. Em 1930, Chateaubriand apoiou o movimento que levou Getúlio Vargas à Presidência do país, inclusive como soldado da Revolução de 30, e com ele manteve uma relação tumultuada.
Na década de 40, foi responsável por capitanear vários movimentos, entre os quais a “Campanha Nacional de Aviação” (1941), com o lema “Deem asas ao Brasil”, que provocou a criação da maioria dos aeroclubes do país, conforme reportagem do GLOBO de 11 de setembro de 1941. Polêmico e temido, foi acusado de supostamente chantagear empresários que não anunciavam em seus veículos.
Em 2 de outubro de 1947, Assis Chateaubriand fundou o Museu de Arte de São Paulo (Masp), com uma coleção de obras de grandes artistas, adquiridas na Europa do pós-guerra com a ajuda do italiano Pietro Maria Bardi, como também por meio de doações de milionários paulistas, que eram convencidos pelo empresário a colaborar com o acervo do museu. O Masp nasceu como o primeiro museu de arte moderna do país. Duas décadas depois, com a inauguração de sua sede modernista, um projeto de Lina Bo Bardi na Avenida Paulista, tornou-se um marco na história da arquitetura brasileira do século XX, cartão-postal da cidade e ponto de encontro de importantes manifestações populares, como a Parada do Orgulho Gay e atos em apoio à Operação Lava-Jato.
Assis Chateaubriand elegeu-se senador em 1952, pela Paraíba, e em 1958, pelo Maranhão. Em 1957, foi nomeado pelo presidente Juscelino Kibitschek embaixador do Brasil em Londres. Eleito imortal pela Academia Brasileira de Letras (ABL), ocupou a cadeira 37, em 1954, sucedendo Getúlio Vargas. Em 1960, o jornalista e empresário sofreu uma trombose, que o levou a uma paralisia parcial, mas nunca parou de trabalhar, escrevendo artigos diariamente.
No período que se seguiu, as vendas da revista “O Cruzeiro” — que chegou a vender 720 mil exemplares da edição sobre o suicídio de Vargas — começou a despencar, e seu império jornalístico entrou em declínio, envolvido por dívidas. Assis Chateaubriand morreu em 4 de abril de 1968, em São Paulo, aos 75 anos, em decorrência de sequelas da doença, deixando os Diários Associados para um grupo de 22 funcionários, que não souberam manter o império de pé.
Em sua primeira página, O GLOBO noticiou em 5 de abril a morte de Chateaubriand, na mesmo edição em que informava sobre o assassinato, na véspera, do pastor protestante Martin Luther King, nos Estados Unidos.
A vida de Assis Chateaubriand inspirou o jornalista Fernando Morais a escrever a biografia “Chatô, o rei do Brasil”, de mais de 700 páginas, lançada pela Companhia das Letras em 1994. O autor esmiúça a personalidade do jornalista chamado pela imprensa internacional de “Cidadão Kane brasileiro”, em alusão ao filme Orson Welles, de 1941, que conta a história de Charles Foster Kane, por sua vez inspirado no magnata da imprensa americana William Randolph Hearst.
Baseado na obra de Morais, o filme “Chatô, o rei do Brasil”, começou a ser produzido em 1995, tendo levado 20 anos para ser concluído, envolvido em polêmicas. Com direção de Guilherme Fontes, o longa-metragem, lançado em 19 de novembro de 2015, tinha previsão inicial de estreia para 1997, adiada para 1999, quando a produção foi interrompida sob diversas acusações, conforme reportagem do GLOBO de 13 de novembro de 2015 mostrou. No filme, Marco Ricca interpreta Chatô, enquanto Paulo Betti é Getúlio.
Fonte: https://acervo.oglobo.globo.com/em-destaque/polemico-chateaubriand-marcou-por-seis-decadas-imprensa-a-cultura-do-pais-22541740
Ana Cristina Tavares / com edição de Matilde Silveira