Na última quarta-feira, 21 de maio, o espaço Villa H, em Belo Horizonte, foi tomado por emoção, escuta e empatia no evento “Mãe: uma Jornada de Coragem”. Reunindo mães com histórias potentes e reais, o encontro trouxe à tona reflexões profundas sobre os desafios cotidianos da maternidade — especialmente quando ela acontece em contextos de vulnerabilidade emocional, social ou neurológica.
Com mediação de Juliana Benício, mãe de quatro, a roda de conversa fluiu com leveza e verdade. Convidadas como Ivy e Isabella Bittencourt, Beth Baraúna, Samanta Moura e Dani Ezequiel compartilharam suas vivências com sensibilidade, trazendo olhares diversos sobre o que é maternar com coragem.
Entre os momentos mais marcantes da noite, uma fala específica tocou o público com força: o depoimento da mãe e assessora parlamentar Dani Ezequiel sobre o índice de suicídio entre mães autistas. Ao abordar a sobrecarga emocional enfrentada por essas mulheres, Dani deu voz a um pedido urgente por atenção, empatia e acolhimento.
Sem sensacionalismo, mas com a força da verdade, seu relato escancarou uma realidade muitas vezes silenciada: há mães que estão exaustas, doentes e sozinhas. E antes que essas histórias terminem em tragédia, é preciso escutar — e agir.
O evento, repleto de trocas emocionantes e olhares sinceros, não foi apenas uma homenagem ao amor materno, mas também um espaço de escuta ativa e de reconhecimento às múltiplas formas de ser mãe. Um lembrete de que coragem, às vezes, é apenas seguir mais um dia — e que nenhuma mãe deveria precisar fazer isso sozinha.