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sáb, 15 novembro 25

Umidade do ar em BH atinge nível crítico até o fim da semana

Condições de tempo seco exigem atenção redobrada com a saúde; especialista da Faseh orienta a população

Uma massa de ar seco que atua sobre Minas Gerais está derrubando os índices de umidade relativa do ar em Belo Horizonte. Segundo a Defesa Civil Municipal, os níveis podem chegar a cerca de 30% durante as tardes até o próximo domingo (17), o que é considerado estado de atenção pela Organização Mundial da Saúde (OMS).

“Quando a umidade relativa do ar fica entre 30% e 20%, como está previsto para Belo Horizonte, nossa saúde é significativamente afetada. A Organização Mundial da Saúde estabelece que o ideal seria manter a umidade entre 40% e 70%, sendo que índices inferiores a 60% já não são adequados para a saúde humana”, explica a médica clínica, pneumologista e professora da Faseh, Maria Luiza Azevedo.

A baixa umidade do ar afeta especialmente crianças, idosos e pessoas com doenças respiratórias. Os principais efeitos são a desidratação que pode causar tontura, dores de cabeça, cãibras e até desmaios, sendo mais grave em crianças pequenas e idosos, os problemas oftalmológicos e cutâneos, como o ressecamento dos olhos, coceira, vermelhidão e pele rachada são comuns e as complicações respiratórias, pois o ar seco inflama as vias aéreas, agrava doenças como asma, bronquite e rinite alérgica, aumentando o risco de infecções virais e bacterianas. “A tosse persistente, chiado no peito, sensação de falta de ar e desconforto respiratório são sintomas frequentes durante períodos de seca”, destaca a médica.

A especialista reforça que medidas simples podem minimizar os impactos do tempo seco. Confira as principais recomendações:

  1. Hidrate-se bem: beba pelo menos 35ml de água por quilo de peso corporal diariamente. Inclua sucos naturais e água de coco.
  2. Higienize o nariz: use soro fisiológico nas narinas diariamente para manter as mucosas úmidas.
  3. Umidifique o ambiente: use umidificadores por até 3 horas ou coloque bacias com água e toalhas molhadas nos cômodos.
  4. Evite exercícios ao ar livre entre 10h e 17h: prefira horários mais frescos e aumente a hidratação.
  5. Cuide da pele: evite banhos quentes e use hidratantes. Para os lábios, utilize protetores com manteiga de cacau.
  6. Use máscara: pessoas com doenças respiratórias crônicas, imunossuprimidos e idosos devem usar máscaras ao sair, para filtrar o ar seco e poluído.

A pneumologista alerta para procurar assistência médica imediata nos casos de tosse persistente com febre, falta de ar ou dificuldade respiratória, confusão mental em idosos e febre e vômitos constantes em crianças.

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