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Eletrobras implantará projetos de R$88 milhões para recuperação de nascentes e controle de erosão em Minas Gerais

Com recursos da ordem de R$ 88 milhões, oriundos da capitalização da empresa, a Eletrobras vai desenvolver quatro novos projetos estruturantes em Minas Gerais voltados à revitalização de bacias hidrográficas. As ações abrangem controle da erosão, recuperação de nascentes e matas ciliares, recuperação de áreas degradadas, além da promoção do uso racional dos recursos naturais.

As intervenções serão realizadas em cerca de 950 propriedades rurais distribuídas por 17 municípios, com o objetivo de mitigar os impactos da escassez hídrica e da degradação ambiental, fortalecendo a resiliência dos ecossistemas e contribuindo para a segurança hídrica e o desenvolvimento sustentável das regiões atendidas.

“Avançamos em mais esse projeto com o propósito de transformar positivamente os territórios onde a água nasce. Por meio dessas soluções buscamos proteger nascentes, conservar o solo e garantir mais segurança hídrica para as próximas gerações. A Eletrobras segue cumprindo seu papel, aliando a responsabilidade assumida na capitalização à entrega de resultados concretos para a sociedade brasileira”, destaca o diretor de Engenharia e Implantação de Fundos Regionais da Eletrobras, Domingos Andreatta.

Desde que se tornou uma empresa privada, a Eletrobras passou a cumprir compromissos assumidos em sua capitalização, entre eles o repasse anual de recursos para programas de desenvolvimento regional e revitalização ambiental, previstos em lei. A aplicação dos recursos é definida pelo governo federal, sob a coordenação dos Ministérios da Integração e Desenvolvimento Regional (MIDR) e de Minas e Energia e também está inserida no âmbito do Novo PAC. A ação representa uma resposta social à capitalização da empresa, alinhando desenvolvimento regional e sustentabilidade.

As intervenções
As ações envolvem técnicas para conservar a água, proteger o solo e recuperar áreas degradadas. Entre elas estão a construção de terraços em curvas de nível, que ajudam a reduzir a velocidade da água da chuva e evitam a erosão; e de bacias e caixas de contenção ao longo das estradas, que funcionam como pequenas represas para reter a água e evitar enxurradas. Em alguns locais também são instaladas lombadas para desacelerar o escoamento da água em estradas rurais e valetas de drenagem que direcionam o fluxo com segurança.

Áreas importantes como nascentes, margens de rios (matas ciliares) e topos de morro recebem cercamento para evitar o pisoteio de animais e permitir a regeneração da vegetação nativa. Em locais mais degradados, são aplicadas técnicas específicas como o uso das chamadas paliçadas para estabilizar voçorocas (erosões profundas) e a instalação de estruturas com pedras, conhecidas como rip-rap, que protegem o solo contra o deslizamento. Além disso, em alguns casos estão previstas a implantação de bebedouros artificiais para os animais, permitindo que não busquem água diretamente em nascentes em recuperação.

Os locais
No Norte de Minas, os projetos incluem ações nas bacias do Rio das Pedras e do Rio Riachão, com mais de 114 propriedades atendidas. Os municípios beneficiados são Bocaiúva, Glaucilândia, Guaraciama, Juramento, Montes Claros e Coração de Jesus. No Centro-Oeste do estado, na região do Alto São Francisco, serão executadas intervenções nas microbacias dos rios Samburá e Ribeirão dos Patos, com atividades em 113 propriedades localizadas nos municípios de Bambuí, Iguatama, Medeiros, Pains, Pimenta, Piumhi e São Roque de Minas. Já no Noroeste de Minas, o projeto na sub-bacia do Alto Urucuia alcançará 717 propriedades nos municípios de Arinos, Formoso, Unaí e Uruana de Minas.

Essas regiões estão inseridas em áreas de nascentes e cursos d’água estratégicos para o país, que abastecem importantes bacias hidrográficas, como a do São Francisco, essencial para a produção de energia, irrigação, abastecimento humano e atividades econômicas em diferentes estados brasileiros. A degradação ambiental nesses territórios compromete a quantidade e a qualidade da água disponível, afetando diretamente a geração de energia hidrelétrica e o equilíbrio de usos múltiplos da água. Por isso, investir na revitalização dessas áreas é também garantir maior segurança hídrica, estabilidade da matriz energética e sustentabilidade das atividades produtivas a jusante.

 

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