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Bloco de Belô comemora 10 anos no Carnaval de rua

Mauro Tramonte, Eduardo Costa, Aline Aguiar, Renato Rios Neto e o saudoso diretor do jornal Diário do Comércio, José Costa, foram os profissionais escolhidos para representar o bloco este ano na avenida

Há dez anos nascia pelas mãos do jornalista, especialista em marketing, influenciador digital e produtor cultural, Robhson Abreu, o primeiro bloco voltado aos profissionais de comunicação de Belo Horizonte, o Bloco de Belô. Em seu primeiro ano de cortejo, cerca 15 amigos foliões participaram do bloco que, hoje, é considerado um dos maiores da capital mineira. A ideia foi tão bem aceita pelos profissionais (jornalistas, relações públicas, publicitários, aposentados e estudantes) que a adesão cresceu, chegando em 2023 a arrastar mais de 300 mil pessoas pelas ruas da região central de BH, segundo a Polícia Militar de Minas Gerais.
Este ano o Bloco de Belô chega mais forte, com patrocínios de peso, tudo para oferecer uma ótima experiência momesca aos belôzêiros, como são chamados os foliões que seguem o bloco pelas ruas da região Centro-Sul. E o bloco vem cheio de novidades como a mudança do percurso. O Belô deixará o palco da rua da Bahia para desfilar na Avenida Afonso Pena no sábado, dia 10 de fevereiro. A concentração está marcada para as 15h e o cortejo vai das 16h até as 21h. O trio, batizado de “Belôzêiro”, seguirá em direção a Igreja São José, retornará e seguirá pela Afonso Pena, até parar em frente ao Automóvel Clube.
E para comemorar uma década de sucesso no carnaval de BH, o Bloco de Belô homenageará alguns jornalistas bem conhecidos do grande público: Mauro Tramonte, apresentador do Balanço Geral da Record Minas; Eduardo Costa apresentador do Boa Tarde Minas, da Band; Aline Aguiar do MG1, da Globo Minas; Renato Rios Neto, apresentador do Alterosa Alerta, da Tv Alterosa e o saudoso diretor do jornal Diário do Comércio, José Costa.
Cada profissional será retratado por um boneco, produzido pelo talentoso artista, bonequeiro e palhaço, Thiago Pindaíba. Foram dois meses criando os moldes, por meio de fotografias dos homenageados, com material reciclado dentro da pegada de compensação de carbono e sustentabilidade adotada pelo bloco dos comunicadores. “E o resultado está ficando incrível. Tenho certeza que os homenageados gostarão do trabalho final. Uma forma carinhosa e divertida que o Bloco de Belô encontrou de comemorar seus 10 anos”, diz o artista.
Além dos bonecos, outra novidade é o “Belôzêiro”, trio que o bloco usará no desfile deste ano. Com 22 metros de comprimento, a carreta vem com equipamento de som de última geração e iluminação cenográfica. “Tudo para que nossos belôzêiros tenham uma experiência momesca digna de nossos 10 anos. O bloco cresceu e só temos que agradecer a todos que nos prestigiaram ao longo dessa década” afirma Robhson Abreu, criador do bloco.
E o Bloco de Belô apresenta também a canção “Dez Anos”, composta pelo vocalista e puxador do bloco, Alex Rhodrigues, o baiano mais mineiro de BH. Há cinco anos ele está à frente da banda e sempre apresenta músicas que ficam na memória das pessoas como “Belôzêiro”, “Praça Sete” e “Linda BH”. “Vamos agitar a Afonso Pena com o melhor do axé retrô, do pop e de nossas canções autorais”, comenta o vocalista do bloco.

Um pouco de história!

Em 2016, o Bloco de Belô apresentou aos foliões a Bateria de Belô. Graças ao apoio financeiro de várias assessorias de comunicação, foram adquiridos trinta instrumentos de percussão. A Bateria de Belô é formada em sua maioria por comunicadores – jornalistas, publicitários, fotógrafos e relações públicas. Em 2018, os abadás do Bloco de Belô foram assinados pelo estilista mineiro Victor Dzenk, que imprimiu uma estampa exclusiva e super bonita. A intensão foi mostrar que Moda & Carnaval dão samba, alegria e muito axé! Os ensaios do Bloco de Belô foram promovidos durante dois meses no terraço do BH Othon Palace Hotel. Pela primeira vez, o grupo hoteleiro abriu suas portas para um bloco de rua na capital mineira. A iniciativa foi muito positiva, agregando ainda mais valor ao Bloco de Belô. Durante o período, mais de 10 mil foliões participaram dos encontros. Já em 2019, a camisa foi criada por Leandro Sá, estilista de acessórios da rainha do axé Daniela Mercury.
Em 2020, o Bloco de Belô chegou ao seu ápice, arrastando 250 mil foliões e se afirmando como um dos blocos mais queridos pelos foliões belo horizontinos e turistas. Não é à toa que seu hino “Belôzeiro”, composto pelo músico baiano, Alex Rodrigues, caiu no gosto da galera e até hoje é uma das músicas mais pedidas durante o cortejo. Desde de 2014, o Bloco de Belô mantém projetos sociais com oficinas de percussão para comunicadores e também para o Projeto Tocando Belô, onde crianças e adolescentes aprendem a tocar um instrumento de percussão. O projeto é promovido ao longo do ano no bairro Providência, na região norte de BH.

Compensação de Carbono

Todos os anos o Carnaval se transforma em um espetáculo vibrante de cores, alegria e ritmos. E nos últimos anos, o compromisso com o meio ambiente tornou-se uma peça fundamental para todos os fazedores da folia. E pensando nisso, para comemorar seus 10 anos de sucesso nas ruas da capital mineira, o Bloco de Belô promoverá uma série de ações de sustentabilidade e compensação ambiental como plantio de mudas de árvores e distribuição de sementes. Uma estratégia vital para compensar a pegada de carbono e fortalecer a biodiversidade local.
O Bloco de Belô sempre se preocupou em desenvolver ações e programas educativos antes e durante seu desfile. “Procuramos conscientizar nossos foliões sobre a importância da reciclagem, além da redução e do desperdício de itens utilizados na ornamentação do trio elétrico e demais itens utilizados em um bloco de carnaval. Lonas viram bolsas para os próximos kits de abadás e também souvenirs como pochetes”, conta Rangel Fernandes, diretor do bloco e profissional com formação em Ciências Biológicas pela Universidade Federal de Minas Gerais.
Segundo Fernandes, em 2024 o Bloco de Belô espera um público 20% maior que o registrado em 2023, que foi de 300 mil foliões de acordo com informações da Polícia Militar. E por isso, o bloco utilizará uma infraestrutura maior como trio-elétrico mais potente, lonas ortofônicas, além de adotar algumas estratégias sustentáveis. Uma delas, para compensar a pegada de carbono em uma época de emergência climática, será o plantio de árvores nativas de BH, contribuindo para a absorção de CO2 gerado durante o cortejo que este ano será realizado no dia 10 de fevereiro, a partir das 15h, na Avenida Afonso Pena, próximo ao Palácio das Artes. “Com o crescimento do bloco, tivemos que deixar a rua da Bahia, trajeto que fizemos durante nove anos”, afirma Robhson Abreu, diretor-presidente do Bloco de Belô.
Para saber como calcular a pegada de carbono, conta o diretor, foram utilizadas ferramentas de cálculo de carbono gerado que levam em consideração dados importantes como materiais usados, lixos recicláveis ou não, combustível utilizado pelo trio elétrico e caminhão de apoio, além da estimativa de público que acompanhará o bloco na Avenida Afonso Pena. “Assim soubemos o número exato de árvores que devemos considerar para compensar toda a emissão de carbono gerada, um total de 2.500 mudas. Acreditamos que o plantio dessas árvores, além de ser uma prática eficaz na absorção de dióxido de carbono (CO2), desempenha um papel fundamental na restauração ecológica. Algo positivo quando pensamos em educação ambiental”, pondera Fernandes.

COMPROMISSO COM AS ESPÉCIES NATIVAS 

Para garantir que o plantio seja benéfico para o ecossistema local, a escolha de espécies nativas para essa ação de compensação será essencial. As árvores estão adaptadas às condições climáticas e ao solo da região. Além disso, o uso de exemplares nativos ajuda a preservar a identidade única da flora de Belo Horizonte, promovendo a biodiversidade e protegendo espécies endêmicas, ou seja, de ocorrência local.
Os locais para o plantio serão cuidadosamente selecionados, priorizando áreas que tenham sido impactadas negativamente ao longo do tempo na Grande BH. A ideia é promover a ação em parques e áreas verdes urbanas, além de outras áreas degradadas. O objetivo é contribuir para a revitalização de ecossistemas locais, proporcionando benefícios duradouros à toda nossa comunidade.
De acordo com Rangel Fernandes, diretor do Bloco de Belô, o plantio de árvores será acompanhado por programas educativos. “Temos a intenção de firmar parcerias com alguns programas, envolvendo tanto os fazedores do Carnaval, incluindo a equipe do Bloco de Belô, quanto a comunidade em geral, nossos fornecedores e também foliões. Assim todas as iniciativas sustentáveis poderão ser replicadas por todos. As ações visam aumentar a conscientização sobre a importância da preservação ambiental, incentivando a participação ativa na construção de um futuro mais sustentável em nossa sociedade”, afirma Robhson Abreu.
E ao unir a celebração do Carnaval de rua com ações concretas de sustentabilidade, os dirigentes do Bloco de Belô acreditam estarem pavimentando o caminho para um futuro mais verde e equilibrado. Cada árvore que será plantada será um gesto que transcenderá a folia momentânea, deixando um legado duradouro para gerações futuras. “Que o ritmo contagiante desta grande festa, que é o Carnaval, seja a trilha sonora para uma transformação ambiental mais positiva e mais verde”, diz Abreu. “A ideia com tudo isto é celebrar a vida, a cultura e a natureza, inspirando mudanças significativas para um planeta mais sustentável”, completa Fernandes.
Em 2024, o Bloco de Belô tem patrocínio da Prefeitura Municipal de Belo Horizonte, por meio da Belotur; da empresa de apostas esportivas Bet7k; da revista PQN; Ousadia Ice; jornal Diário do Comércio; Quality Events; apoio de mídia do Jornal de Belô, revista digital Cenários, Contagem TV e Diário de Contagem; e apoio da Tia Lia Confeitaria e Buffet e também da Associação dos Bloco de Rua de Belo Horizonte (ABRABH).
SERVIÇO:
BLOCO DE BELÔ
Cortejo dia 10 de fevereiro, sábado a partir das 15h
Av. Afonso Pena, 1377 Centro, próximo ao Palácio das Artes

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